sábado, 30 de junho de 2012

LEALDADE: A CHAVE DA VITÓRIA


Numa manhã de 2005, no auge da crise do mensalão, o então vice-presidente, José Alencar, chegou contrariado ao seu gabinete. Ele estava irritado e repetiu algumas vezes que iria combater veementemente se quisessem tirar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva do cargo.

Quem conta isso é um amigo de Alencar, que disse ter presenciado a explosão daquele dia. "Ele deu a entender que tinha sido procurado por gente da oposição e também por gente de outros setores e que não aceitaria, que não entraria numa dessa e que combateria qualquer iniciativa de apear o Lula da Presidência", disse ao Valor esse interlocutor de Alencar que pediu para não ter seu nome citado.

A frase que o então vice-presidente (morto em 2011) usou naquele momento e que ficou na memória do amigo foi: "Tem gente da oposição e também mais gente querendo tirar o Lula". Quem ouviu isso naquela hora ficou com a sensação de que Alencar se referia aos partidos de oposição e a pessoas da área empresarial, lembra o amigo.

O episódio envolvendo Alencar foi relatado esta semana em um artigo escrito pelo ex-ministro de Lula e atual governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT). O texto foi veiculado pela agência "Carta Maior" sob o título "Um golpe de novo tipo contra Lugo". Genro fala do que chama de "uma conspiração de direita" que votou na semana passada pelo impeachment do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, e que, segundo o petista, deu um novo tipo de golpe de Estado, "pelas vias legais".

O governador compara a situação de Lugo com as pressões sofridas por Lula durante a crise do mensalão - o esquema de compra de votos de parlamentares que abalou o primeiro mandato do então presidente. E escreve que se tivesse isolado, Lula certamente teria sido afastado em meio ao uso político do mensalão.

E prossegue: "Acresce-se que aqui no Brasil - sei isso por ciência própria pois me foi contado pelo próprio José Alencar - o nosso vice-presidente falecido foi procurado pelos golpistas "por dentro da lei" e lhes rejeitou duramente."

Procurado pelo jornal Valor para dar detalhes sobre o que Alencar lhe disse, Genro não quis se pronunciar. O interlocutor de Alencar, ouvido pela reportagem, disse que nunca soube a quem exatamente Alencar se referia naquela manhã de irritação e quem o teria procurado para falar de um possível processo para afastar Lula - com a anuência do vice.

Fonte: Valor Econômico

sábado, 23 de junho de 2012

A oligarquia paraguaia depõe o presidente Fernando Lugo

 O Congresso paraguaio, formado por uma maioria de oligarcas cevados durante a longa ditadura de Alfredo Stroessner, inovou e, imitando a guerra relâmpago dos nazistas, inventou o impeachment relâmpago: entre o abandono do presidente Fernando Lugo pelos parlamentares que formavam sua frágil base parlamentar, o início do “processo” e a decisão de afastar o presidente não transcorreram sequer 48 horas!

O que ocorreu entre a manhã de quinta-feira (21) e a tarde de sexta-feira (22) em Assunção foi um golpe de Estado com disfarce de legalidade. Ele expõe, à luz do dia, a contradição larvar que havia desde a posse de Fernando Lugo, em 2008, entre o presidente que encarnava a promessa de mudança democrática e combate à pobreza e à desigualdade, e um parlamento raivosamente antidemocrático que sempre se pôs de joelhos perante os interesses dos EUA na América do Sul. Conclave de oligarcas saudoso da presença do imperialismo para assegurar seus próprios e anacrônicos privilégios e que foi entrave, por exemplo, à entrada da Venezuela no Mercosul, pois nunca votou a necessária aprovação para a incorporação da pátria de Hugo Chávez ao bloco regional – bem de acordo, é claro, com os interesses de seus patrões do hemisfério norte.

A deposição de Lugo foi um golpe oportunista, que ocorreu no momento em que as atenções, e os principais dirigentes dos países do mundo, estavam no Rio de Janeiro, na Rio+20. E baseado numa alegação hipócrita: o conjunto de latifundiários que domina o parlamento paraguaio usou como bandeira o sangue derramado num conflito de reintegração de posse em Curuguaty, na semana passada, que deixou 17 camponeses e policiais mortos. Os trabalhadores rurais sem-terra lutam para retomar lotes onde suas famílias residem há mais de cem anos mas que, durante a ditadura de Stroessner, foram “doados” a um dos homens mais ricos do país, o latifundiário Blas Riquelme. Os camponeses expulsos querem suas terras de volta. Os camponeses paraguaios querem terra para trabalhar, e se chocam com a minoria extrema (2% da população) de ricaços que controlam 80% das terras do país, colocando o Paraguai entre as nações mais pobres do continente, com quase metade da população abaixo da linha de pobreza.

O convescote dos oligarcas confiscou o mandato de Lugo mas não teve a coragem de apresentar a violência cometida com o nome adequado para sua ação: golpe de Estado. Preferiu dar a ela o disfarce de uma legalidade esfarrapada.

Nas praças, desde a manhã da quinta-feira, os paraguaios demonstram seu inconformismo contra o golpe. Deixam claro que a Câmara dos Deputados e o Senado do Paraguai estão em oposição à nação e ao povo numa luta que, agora, extravasa as fronteiras nacionais e estende-se pelo continente. Ao rasgar os compromissos continentais pela democracia, ordem constitucional e defesa das instituições democráticas, o golpe de Estado é um claro rompimento às demais nações do continente e a busca de fortalecimento da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e do Mercosul. O confronto com a nova legalidade democrática que se firma no continente é inegável, e inaceitável.

O golpe abre uma nova etapa na luta dos paraguaios pela democracia, que impõe a derrota da oligarquia aliada ao imperialismo. E coloca um desafio institucional para a integração continental: as nações do continente não podem aceitar o rompimento de acordos regionais solenemente proclamados, e festejados pelos povos e pelos democratas.

Se cabe aos paraguaios derrotar os golpistas, cabe aos democratas e aos governos da região agir para destruir a serpente da desunião e da traição aos povos. É preciso combater com toda a força, veemência, e com os instrumentos conquistados na última década, toda ilegitimidade institucional no continente. Basta de golpes! Basta de interferências externas. Basta de alinhamento com os interesses do imperialismo e do latifúndio atrasado! O governo ilegítimo que nasceu do golpe precisa ser isolado e derrotado, e esta tarefa cabe a todos os democratas do continente. Fonte: Portal vermelho


sexta-feira, 1 de junho de 2012

UM DIA QUE PODE VALER POE DÉCADAS


Amanha pode entrar para a história de Tarauacá como o dia do começo da reconstrução de Tarauacá. Em que pese o tema  focado ser o mais importantes no processo civilizacional, o que está em jogo é algo muito maior. É a possibilidade do despertar de uma forte consciência de luta pela reconstrução de uma nova cidade, uma nova mentalidade, capaz de unir amplos seguimentos para foi fim ao atraso politico, social e cultural do nosso município.  

O movimento em defesa do ensino superior como está sendo chamado, pode ser um marco na nossa história. Amanha pode descortinar muitos horizontes, inclusive iniciar a mudança mais profunda que precisamos fazer, não apenas na educação.  A expressão desse movimento pode detonar outros processos de conteúdo popular e de transformação. O dia primeiro de junho de 2012, pode representar mais de uma década em termo de avanços políticos e sociais.  

1º de junho pode também ser chamado de “movimento de reconstrução” pela liberdade, por um Tarauacá livre da corrupção, do fisiologismo politico, das “panelinhas”, do desrespeito a nossa juventude, nosso idosos todos nós. O dia do firmamento com novos valores. Parafraseando o poeta digo que, posso ser um sonhador, mas não sou o único, estou muito otimista, vejo luzes, muitas luzes, no MPR-1. Movimento pela reconstrução 1º de junho. Vamos juntos amanha,  de caras pintadas e a certeza  de vitória .  Como disse hoje a uma amiga, eu não vou pintar a cara porque tenho barba e de certo modo, isso já expressa rebeldia.