domingo, 31 de janeiro de 2010

sábado, 30 de janeiro de 2010

Minhas raízes e o fim do mundo
Em Santa Maria não existia comunicação com o resto do mundo, até o dia que meu pai que era seringueiro de crédito, conseguiu comprar um rádio de pilha marca telespak. Foi uma grande revolução e uma confusão; a gente não conseguia entender como aquele "bicho" tipo uma caixa de madeira conseguia falar.

As 5:oo horas da manhã, antes de sair para a estrada, minha mãe ligava o radio e sintonizava as rádios nacional, transmundial , Baré, Rio mar, Tefé e outras. Não faltava uma voz falando em espanhol e atrapalhando a sintonia. O povo na região dizia que eram peruanos que gostavam de se intrometer onde não eram convidados.

Na programação da madrugada sempre era transmitida uma tal profecia de Padre Cícero Romão e Frei Damião em versos de cordel. A mensagem anunciava de forma catastrófica e assombrosa os horrores do fim do mundo. Trechos da profecia:

Fei Damião nos avisa

Que ja estamos no fim da era

Precisamos se livrar

Dos laços da besta fera

pois ja está no mundo

Fazendo estrago de vera.

Essa é a lição pregada

Por nosso Frei Damião

Seguindo as lições dos mestres

Que provaram ter razão

Assim o mundo agoniza

Pra estourar num vulcão.

Pois Frei Damião lembrou

O fim do mundo presente

É em 2000, mais ou menos

Pra ateu e para crente

E quem sorrir do aviso

Vai se acabar no quente.

O locutor repetia a profecia todas as manhâs. Dizia que quando o sol começasse nesscer encarnado no poente, era começo do fim, o mundo acabara em fogo. Ouvindo aquilo a gente ficava tremendo de medo, saia para cortar seringa com medo de o mundo acabar e não encontrar mais a família.

Num determinado dia, por volta das 8:00 horas da noite, estavávamos todos na cozinha sentado na paxiúba fazendo o pirão para jantar, de repente... Um estrondo “vindo do céu” começa se aproximar. O barulho jamais ouvido na região, vinha chegando do alto por traz de um pé de cumarú. Naquele momento não tínhamos dúvidas, o mundo estava se acabando.

No desespero, meus pais chamaram todos filhos para ajoelhados, dar as mãos, recomendar-se a Deus se despedir. O estrondo foi chegando e cruzou por cima da casa que estremeceu os barrotes- e foi se distanciando, até desaparecer completamente. O silencio voltou a reinar. Os sapos, os grilos, os ratos coró e as corujas votaram a entoar seus cantos. Ficamos a noite inteira acordados e aflitos sem saber o que realmente havia acontecido.

No dia seguinte não saímos para o trabalho, ficamos a procura de informações no rádio e na vizinhança sobre o estrondo da noite anterior. O radio continua falando da profecia, mas não mencionou nada do que queríamos entender. Os vizinhos também mão souberam explicar.
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A situação só foi normalizada uma semana depois. Um marreteiro de couro de gato chegou a nossa casa e desvendou o mistério: O barulho que pensávamos ser o fim do mundo era um avião que cruzou o céu a noite na região . Tudo voltou ao normal e reiniciamos a peleja na floresta de Santa Maria.

MÚSICA DO DIA

Carta: Corte Internacional investiga o Brasil por assassinato de membro do MST

Aqui a Globo criminaliza o MST. Lá fora, os criminosos são outros

Saiu na Carta Capital que chega hoje às bancas, pág. 20, reportagem de Rodrigo Martins:

“Impunidade fardada – Direitos Humaos – Comissão Interamaericana acolhe nova denúncia contra o Brasil e contesta legitimidade das cortes militares para julgar polícias estaduais.”

“Novamente o Brasil terá de prestar contas à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Desta vez, pela omissão da Justiça brasileira diante de uma violenta repressão da Polícia Militar contra uma Marcha do Movimento Sem Terra no Paraná. O confronto, ocorrido em maio de 2000, resultou na morte do agricultor Antonio Tavares, de 37 anos, vitima de projetil disparado por um PM. O atirador obteve indulgência de um tribunal militar e conseguiu um habeas corpus para trancar a ação penal na Justiça comum … “

Nobel da Paz dos Mortos

POR MOISÉS DINIZ


Este artigo é motivado pela declaração da Prêmio Nobel da Paz de 2003, a iraniana Shirin Ebadi, de que “Lula não deveria fazer amizade com governos criminosos”, referindo-se ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.

Shirin Ebadi foi a primeira juíza e única representante feminina na corte do monarca Xá Reza Pahlevi, visto pela população como corrupto, que esbanjava gastos em festas regadas a champanhe francês enquanto os iranianos empobreciam.

A iraniana Shirin Ebadi não diz uma única vírgula contra a relação diplomática do Brasil com Israel e não escreve sequer uma poesia contra a declaração daquele mesmo Estado de que pode realizar um ataque aéreo contra o seu país, o Irã dos aiatolás que ela ajudou a construir.

Declarações desse tipo nos levam a olhar com mais profundidade para a história do Prêmio Nobel, especialmente o da Paz. Um olhar mais criterioso vai descobrir que, nem sempre, a paz foi a motivação verdadeira para a concessão de tão prestigiado prêmio.

O Prêmio Nobel, da Nobel Foundation, na Suécia, foi instituído por Alfred Nobel, químico e industrial sueco, inventor da dinamite, em seu testamento. Alfred Nobel deixou 32 milhões de coroas (atualmente uma coroa corresponde a R$ 0,25) para aplicação e distribuição aos laureados.

Numa indisfarçável contradição, o Prêmio Nobel da Paz é pago com dinheiro arrecadado de patentes da dinamite, artefato à base de nitroglicerina, que se tornou o núcleo tecnológico para a produção de material bélico que já exterminou milhões de homens, mulheres e crianças.

É como um criminoso que leva pão para a mãe de sua vítima e garante remédio para as dores terríveis que ela sente depois da morte de sua filha inocente. Alfred Nobel inventara a dinamite, núcleo tecnológico de todas as armas de destruição e morte.

Um prêmio à paz tornava charmoso o seu criador e aliviava a culpa de ter inventado a morte que esfacela corpos e arrebenta lares inocentes. Alfred Nobel não imaginava, todavia, que sua fundação fosse tão longe, laureando criminosos e protegendo interesses econômicos e geopolíticos da velha elite.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Lula para Davos: Brasil será ator permanente no cenário do novo mundo

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, do ex-secretário geral das Nações Unidas Kofi Annan o prêmio de "Estadista Global" conferido ao Presidente Lula, no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça
Em discurso lido esta manhã pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, em Davos, na Suíça, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva agradeceu o prêmio de Estadista Global, concedido pelo Fórum Mundial, e lembrou que ''um outro mundo é possível''.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, recebe das mãos do ex-secretário geral das Nações Unidas Kofi Annan o prêmio de "Estadista Global" conferido ao presidente Lula

- Nos últimos meses, tenho recebido alguns dos prêmios e títulos mais importantes da minha vida. Com toda sinceridade, sei que não é exatamente a mim que estão premiando, mas ao Brasil e ao esforço do povo brasileiro. Isso me deixa ainda mais feliz e honrado - enfatizou o discurso de Lula.

O presidente lembrou ainda que o prêmio aumenta a responsabilidade dele como governante e a responsabilidade do Brasil como ator cada vez mais ativo e presente no cenário mundial.

- Tenho visto, em várias publicações internacionais, que o Brasil está na moda. Permitam-me dizer que se trata de um termo simpático, porém inapropriado. O modismo é coisa fugaz, passageira. E o Brasil quer e será ator permanente no cenário do novo mundo - ressaltou.

- O Brasil, porém, não quer ser um destaque novo em um mundo velho. A voz brasileira quer proclamar, em alto e bom som, que é possível construir um mundo novo. O Brasil quer ajudar a construir este novo mundo, que todos nós sabemos, não apenas é possível, mas dramaticamente necessário, como ficou claro, na recente crise financeira internacional, mesmo para os que não gostam de mudanças - prosseguiu Lula.

- O olhar do mundo hoje, para o Brasil, é muito diferente daquele, de sete anos atrás, quando estive pela primeira vez em Davos. Naquela época, sentíamos que o mundo nos olhava mais com dúvida do que esperança. O mundo temia pelo futuro do Brasil, porque não sabia o rumo exato que nosso país tomaria sob a liderança de um operário, sem diploma universitário, nascido politicamente no seio da esquerda sindical - acrescentou.

- No meu discurso de 2003, eu disse, aqui em Davos, que o Brasil iria trabalhar para reduzir as disparidades econômicas e sociais, aprofundar a democracia política, garantir as liberdades públicas e promover, ativamente, os direitos humanos. Iria, ao mesmo tempo, lutar para acabar sua dependência das instituições internacionais de crédito e buscar uma inserção mais ativa e soberana na comunidade das nações. E comentei que a construção desta nova ordem não seria apenas um ato de generosidade, mas, principalmente, uma atitude de inteligência política - recordou Lula.

O presidente foi enfático ao lembrar que o Brasil fez a sua parte: ''Sete anos depois, eu posso olhar nos olhos de cada um de vocês – e, mais que isso, nos olhos do meu povo – e dizer que o Brasil, mesmo com todas as dificuldades, fez a sua parte. Fez o que prometeu''.

A seguir, Lula fez uma pergunta: 'O que aconteceu com o mundo nos últimos sete anos? Podemos dizer que o mundo, igual ao Brasil, também melhorou?

E respondeu: 'Não faço esta pergunta com soberba. Nem para provocar comparações vantajosas em favor do Brasil. Faço esta pergunta com humildade, como cidadão do mundo, que tem sua parcela de responsabilidade no que sucedeu – e no que possa vir a suceder com a humanidade e com o nosso planeta'.

- Podemos dizer que, nos últimos sete anos, o mundo caminhou no rumo da diminuição das desigualdades, das guerras, dos conflitos, das tragédias e da pobreza? Podemos dizer que caminhou, mais vigorosamente, em direção a um modelo de respeito ao ser humano e ao meio ambiente? Podemos dizer que interrompeu a marcha da insensatez, que tantas vezes parece nos encaminhar para o abismo social, para o abismo ambiental, para o abismo político e para o abismo moral? - indagou mais uma vez.

- Posso imaginar a resposta sincera que sai do coração de cada um de vocês, porque sinto a mesma perplexidade e a mesma frustração com o mundo em que vivemos. E nós todos, sem exceção, temos uma parcela de responsabilidade nisso tudo. Nos últimos anos, continuamos sacudidos por guerras absurdas. Continuamos destruindo o meio ambiente. Continuamos assistindo, com compaixão hipócrita, a miséria e a morte assumirem proporções dantescas na África. Continuamos vendo, passivamente, aumentar os campos de refugiados pelo mundo afora. E vimos, com susto e medo, mas sem que a lição tenha sido corretamente aprendida, para onde a especulação financeira pode nos levar - criticou.

E Lula pergunta também quantas crises serão necessárias para mudarmos de atitude. - Quantas hecatombes financeiras teremos condições de suportar até que decidamos fazer o óbvio e o mais correto? Quantos graus de aquecimento global, quanto degelo, quanto desmatamento e desequilíbrios ecológicos serão necessários para que tomemos a firme decisão de salvar o planeta? - acrescentou.

Em uma referência à tragédia no Haiti, Lula também pergunta: quantos Haitis serão necessários para que deixemos de buscar remédios tardios e soluções improvisadas, ao calor do remorso?

- Todos nós sabemos que a tragédia do Haiti foi causada por dois tipos de terremotos: o que sacudiu Porto Príncipe, no início deste mês, com a força de 30 bombas atômicas, e o outro, lento e silencioso, que vem corroendo suas entranhas há alguns séculos. Para este outro terremoto, o mundo fechou os olhos e os ouvidos. Como continua de olhos e ouvidos fechados para o terremoto silencioso que destrói comunidades inteiras na África, na Ásia, na Europa Oriental e nos países mais pobres das Américas - criticou.

O presidente brasileiro também deu a receita para o desenvolvimento. - A melhor política de desenvolvimento é o combate à pobreza. Esta também é uma das melhores receitas para a paz. E aprendemos, no ano passado, que é também um poderoso escudo contra a crise. Esta lição que o Brasil aprendeu, vale para qualquer parte do mundo, rica ou pobre - afirmou.

Na conclusão do discurso, Lula enfatizou que está na hora do mundo recuperar sua capacidade de criar e sonhar.

- É hora de re-inventarmos o mundo e suas instituições. Por que ficarmos atrelados a modelos gestados em tempos e realidades tão diversas das que vivemos? O mundo tem que recuperar sua capacidade de criar e de sonhar. Não podemos retardar soluções que apontam para uma melhor governança mundial, onde governos e nações trabalhem em favor de toda a humanidade. Nós fomos eleitos para governar e temos que governar. Mas temos que governar com criatividade e justiça. E fazer isso já, antes que seja tarde. Não sou apocalíptico, nem estou anunciando o fim do mundo. Estou lançando um brado de otimismo. E dizendo que, mais que nunca, temos nossos destinos em nossas mãos. E toda vez que mãos humanas misturam sonho, criatividade, amor, coragem e justiça elas conseguem realizar a tarefa divina de construir um novo mundo e uma nova humanidade - concluiu.

Leia aqui a íntegra do discurso do presidente Lula lido por Celso Amorim em Davos

Fonte: JB Online

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Música do dia

Adeus amigo Vimar!

Faleceu nesta quinta feira (28) vitima de problemas cardiológicos e respiratório, o velho amigo e militante do PC do B Vimar. Neste momento de dor dos seus familiares e amigos, não encontro palavras para homenagear e reconhecer o elevado grau de compromisso que Vimar cumpria com a Partido e seus camaradas.

Vai em paz meu amigo... Nós ficamos por aqui carregando as bandeiras que você com firmeza enpunhava, lutando pelos objetivos que você lutava.
Abertura do ano legislativo

Escrito por Charlene Carvalho -
charlene@pagina20.com.br

Os deputados estaduais voltam ao trabalho na próxima terça-feira, dia dois de fevereiro, após 45 dias de recesso parlamentar. A abertura do ano legislativo de 2010 será realizada em sessão solene a partir das 10h no plenário da casa e reunirá as principais autoridades do Estado.

O principal ato da sessão solene será a leitura da mensagem governamental para o exercício de 2010 que deve ser feita pelo governador Binho Marques ou, em caso de viagem, pelo vice-governador César Messias.

A mensagem governamental está sendo elaborada pela equipe política do governo e deve contemplar temas como sustentabilidade, investimentos em infraestrutura, a implantação do programa floresta digital, avanços nas áreas de saúde e educação e, principalmente, os números da inclusão social.

Na primeira etapa da mensagem, o governador deve fazer um balanço dos investimentos realizados pelo governo do Estado nos últimos três anos, as conquistas e avanços em todos os setores da economia e da sociedade, o investimento nas zonas de atendimento prioritário, o crescimento da máquina administrativa através de concursos e o processo de modernização das secretarias.

Além disso deve apresentar as prioridades do governo para o exercício de 2010 e que estão contemplados no Orçamento Geral do Estado e no Plano Plurianual, com fortes investimentos nas áreas de inclusão social e expansão as ações do Estado nas regiões de difícil acesso.

O presidente da Aleac, deputado Edvaldo Magalhães, informa através de sua assessoria que, apesar da proximidade do carnaval, a casa não terá o chamado recesso branco nos próximos 10 dias e que as sessões ordinárias serão realizadas normalmente a partir da quarta-feira, três de fevereiro. Paralisação das sessões só mesmo na véspera do Carnaval.

Município - A Câmara de Rio Branco também inicia os trabalhos legislativos de 2010 na próxima semana com a leitura da mensagem governamental do prefeito Raimundo Angelim que deve contemplar, além do balanço das atividades realizadas pelo município em 2009, as prioridades as ações a serem desenvolvidas nos próximos meses.

Eles envegonham os Tarauacaenses


Bruno Damasceno : minha terra abandonada

Hoje tomei um grande susto, sempre escuto meus amigos de Tarauacá (minha cidade natal) dizendo que a cidade está completamente abandonada, fazem exatamente 15 anos que não visito a terrinha, mas hoje tive uma prova assustadora e triste da verdade que vive Tarauacá e seu povo, visitando o blog do Accioly. (http://sambandocombrunno.blogspot.com/2010/01/minha-terra-abandonada.html)

Esse lugar é a praça central de Tarauacá um dos lugares que tenho uma lembrança bem forte, foi nesse local que comecei a minha intimidade com a música, lá atrás onde tem aquela parede amarela ficava o restaurante de minha Tia Sirlânia, lá comecei minhas primeiras apresentações, ensaiava sempre com o meu Tio Badel, foi um grande aprendizado.
Notei que a Praça está completamente destruída, que tristeza!

MÚSICA DO DIA

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

FSM: Um novo mundo socialista possível, urgente e necessário


Quando, em 25 de janeiro de 2001, a bandeira que diz "Um novo mundo é possível" foi desfraldada em Porto Alegre (RS), a luta anti-neoliberal deu um passo decisivo ao juntar, num mesmo evento, milhares de militantes do largo espectro anticapitalista de todo o mundo.

Desde então, todos os inícios de ano aquela bandeira voltou a tremular, numa rica troca de experiências que, desde então, marca e aprofunda a resistência dos povos e dos trabalhadores. O Fórum Social Mundial surgiu como uma reação ao encontro anual em Davos (Suíça) onde magnatas mundiais debatem, desde 1971, os rumos da economia mundial.

E demonstra manter esse espírito quando, em sua 10º edição - aberta hoje em Porto Alegre -, aponta para a necessidade dos lutadores pelo progresso social encontrarem um caminho comum para enfrentar os problemas contemporâneos, neste mundo que parece deixar para trás aquele de 2001, quando o FSM começou a se reunir. A bandeira desfraldada em 2001 continua de pé!

O FSM coroa o movimento que vinha crescento desde meados da década de 1990 contra a globalização neoliberal, marcado por protestos populares como ocorridos em outubro de 1993 em Bangalore (Índia) contra o neoliberalismo. Em junho de 1999 houve com manifestações em todo o mundo contra o FMI, e em novembro daquele ano ocorreu um verdadeiro levante em Seattle (EUA) contra uma reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), que se espalhou pelos EUA e outros países.

As reuniões anuais (algumas delas descentralizadas, como as que ocorreram em 2006, 2008 e agora, em 2010) acompanharam a elevação da luta dos povos e dos trabalhadores a um novo patamar.

Era uma outra etapa da luta contra o imperialismo e sua expressão, o neoliberalismo; hoje, a ofensiva progressista, democrática e nacionalista é mais forte do que em 2001. Com certeza o FSM contribuiu para essa mudança vitoriosa. Ao propiciar a rica troca de experiências, opiniões e informações, ajudou a fortalecer a luta dos povos. E passou de 15 mil participantes no primeiro Fórum, para 120 mil em 2009 - um crescimento que merece destaque.

Hoje surgem novas preocupações, decorrentes do próprio avanço da luta contra a globalização neoliberal. Um exemplo delas foi manifestado pelo sociólogo português Boaventura Sousa Santos, para quem a presença militar dos EUA na América Latina (particularmente na Colômbia) e a vitória da direita na eleição presidencial chilena sinalizam mudanças que a região terá que enfrentar para consolidar os avanços já alcançados. Esse temor tem sentido e sinaliza a necessidade da luta prosseguir.

Os cerca de 10 mil participantes da etapa Porto Alegre do FSM-2010 manifestam otimismo antes estes desafios, expresso nas faixas e bandeiras da marcha de abertura. Unidade na diversidade: este foi o tom que se pode notar, expresso também na afirmação de Francisco Whitaker, um dos idealizadores do FSM, de que o slogan "um outro mundo é possível" precisa ser atualizado, face à realidade atual, incorporando as palavras "necessário e urgente". E socialista, acrescentamos.

Lula foi recebido como herói pelos participantes do do Fórum Social Mundial

O ginásio Gigantinho ficou lotado e, entre uma atração e outra, os participantes do Fórum fizeram "ola" e entoaram cantos como "olê, olê, olê, olá, Lula, Lula"e "Lula, guerreiro do povo brasileiro". Antes falou presidente da CUT, Arthur Henrique, que criticou a grande mídia brasileira e a criminalização dos movimentos sociais que ela promove.

Bastou o presidente da CUT citar o nome da ministra Dilma Roussef para que o plenário respondesse em uníssono: "olê, olê, olê, olá, Dilma, Dilma".O presidente lembrou que seu governo e várias ações governamentais foram produto de formulações dos movimentos sociais, com quem sempre procurou governar de braços dados, mantendo boas relações e promoveu diversas conferências nacionais os movimentos sociais influírem no governo.

Emocionou a platéia quando disse que o Planalto passou a abrir as portas para gente do povo, e citou quando recebeu um grupo de vítimas da hanseníese para reconhecer o direito à uma pensão previdenciária, e beijou o rosto das senhoras que, sempre vítimas de preconceito, nunca imaginaram que um presidente da República iria cumprimentar de forma tão carinhosa pessoas que tinham sequelas no rosto.

Ida a Davos
Declarou que vai a Davos, para o Fórum Econômico Mundial, e levou deleite ao público constatando que aquele fórum "não tem mais o glamour que eles pensavam que tinha em 2003". Afirmou ainda que vai com orgulho ao Fórum de Davos, e argumentou as razões: ao invés de devedor, agora o Brasil é um credor do Fundo Monetário Internacional (FMI); segundo o presidente, o mundo desconfiava da sua capacidade de conduzir o Brasil, e, no entanto, "foi um torneiro mecânico quem mais fez escolas técnicas e universidades no Brasil"; o país possui a mais consolidada política de inclusão social do planeta; e, por fim, Lula lembrou que foi criticado quando disse que a onda da crise se manifestaria no Brasil como uma "marolinha", e agora "o resultado está aí", provoca Lula, citando os dados de 945 mil empregos com carteira assinada criados no setor produtivo privado neste ano, sem contar os cargos públicos.

O presidente aproveitou para anunciar que em março será lançado um segundo Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2. Sobre Conpenhagem, a defesa do presidente é que o Brasil levou uma proposta ousada, mas que o debate terá que ser refeito no próximo encontro, no México, e o compromisso deve ser "cada um limpar sua própria sujeira", referindo-se à pressão feita pelo Brasil e outros países para que os países do centro (Estados Unidos, Inglaterra e outros) assumam metas mais ousadas de redução da emissão de gases e desmatamento.

Visita ao Haiti

Lula aproveitou o espaço ainda para defender a posição adotada pelo Brasil no Haiti, anunciou que visitará o país no dia 25 de fevereiro, que foram reforçadas as tropas brasileiras no país e ainda fez um apelo, para que o Fórum Social Mundial tire uma resolução: que haja uma constante preocupação para cada participante por um ano, até a próxima edição: dedicação à reconstrução do Haiti. Lula provou um "aaahhhhhhhhhhhhh..." na platéia quando disse que seu governo estava acabando ... mas ... ele disse estar certo de que quem vem depois continuará e fará melhor... - quando o povo gritou "Dilma... Dilma..."Mas Lula não apenas de seu governo e relações internacionais. Fez questão de falar sobre o Fórum Social Mundial, dizendo que o FSM deve encontrar uma forma de fazer mais gente participar de suas atividades, e ressaltou que a crise do capitalismo que se abateu sobre o mundo em 2008 abre espaço para o Fórum crescer.



Encerrando seu discurso, Lula avaliou que o FSM mantém "a mesma saúde, o mesmo vigor de 2003, mas está mais maduro, mais consciente, mais sabedor do que precisa fazer" e valorizou ainda o papel do Fórum de alimentar utopias. Leia mais aqui.



terça-feira, 26 de janeiro de 2010

VEJA A DIFERENÇA...

Afrânio Lessa rompeu com o prefeito

A prefeitura de Tarauacá só contratou Edgar porque rompeu com o empresário Afrânio Lessa. Segundo Afrânio a prefeitura lhe deve mais de R$ 100.000,00 (cem mil reais). Afrânio trabalhou cinco anos alugando seu som para todos os eventos da prefeitura e na hora de acertar as contas o prefeito não quis nem conversa.
Edgar só assinou o contrato com a prefeitura depois de assinar a ficha de filiação do partido do Prefeito. A prefeitura garantiu ainda um emprego para sua esposa.
Edgar esclarece.

Edgar assinado a ficha do PP

"Trabalhei muitos anos para o PCdoB e para a Frente Popular nas campanhas eleitorais e eles sempre honraram seus compromissos comigo".
Quanto ao PCdoB tenho muitos amigos, o partido sempre que teve condições, me ajudou e o que foi publicado recentemente sobre mim não é verdade".
"Eu nunca disse ao repórter que o PCdoB fez promessas pra mim e não cumpriu ou que havia me traído, já falei inclusive isso para o repórter e tenho testemnhas".
"Eu quero mesmo é trabalhar com meu som, ganhar meu dinheiro de forma correta, sustentar minha família e ajudar o Prefeito a realizar um grande carnaval", finalizou Edgar.
Blog do Accioly

Comentário do blog: Os esclarecimentos do técnico de som Edgar merece de minha parte consideraqção e respeito. Ele repôe a verdade sobre os reais motivos que levou o prefeito perseguidor chama-lo para trabalhar na prefeitura. Um calote em um ex-aliado e uma filiação de um militante do PC do B

Com esses esclarecimentos, em que pese a humilhação, Edgar faz justiça com o PC do B e mantêm sua dignidade , continua sendo uma pessoa que no meu conceito merece respeito. Ao contrário do prefeito Caloteiro

Desejo a Edgar muito sorte, afinal, como ele mesmo disse, precisava trabalhar para sustentar sua família. NADA MAIS DIGNO.

Lula é modelo de estadista, diz presidente do Fórum Econômico

prêmio "estadista global", de Davos, oferecido a Lula é eleitoreiro

O Presidente Lula receberá na próxima sexta-feira o prêmio especial de "estadista global", criado pelo Fórum Econômico Mundial de Davos (WEF) para sua 40ª edição. Segundo Klaus Schwab, fundador do fórum, Lula é um "modelo de estadista global".


Ao analisar a escolha do chefe de Estado brasileiro, Klaus Schwab considerou que Lula "mostrou um verdadeiro compromisso com todos os setores da sociedade". "Esse compromisso foi mantido com um crescimento econômico integrador e justiça social", afirmou Schwab.

Os poderes de Lula, no entanto, não são ilimitados. Se, para o presidente, o trânsito entre os dois fóruns é livre, é porque a distância entre os jovens de aparência desleixada de Porto Alegre e os engravatados elegantes de Davos não é tão grande assim, afirmou Schwab.

O ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan entregará o prêmio, em nome do conselho diretor da fundação Fórum Econômico Mundial, ao Presidente Lula na sexta-feira, 29 de janeiro.

A elite mundial se reúne a partir de quarta-feira em Davos com a reconstrução do devastado Haiti, a reforma do setor financeiro e a ameaçadora crise social que surge após a recessão como grandes eixos.

Para Lula, no último ano de seu segundo mandato, será a última visita como chefe de Estado brasileiro a Davos, onde chegou pela primeira vez em 2003, quando a elite que hoje o celebra pelo êxito econômico do País o encarava com desconfiança e suspeita por seu passado sindical.

Antes de ir à Suíça para receber o prêmio de Estadista Global, o presidente Lula visita Porto Alegre, onde participará do Fórum Social Mundial, no painel “Diálogos com o presidente”.

Ele fará uma prestação de contas do seu governo. Está prevista também a presença da ministra Dilma Rousseff.

Enviar por e-mail: Por: Zé Augusto .

domingo, 24 de janeiro de 2010


A bandeira do meu partido - Jorge Mautner - 12 º Congresso PCdoB - São Paulo 2009. Eu estava lá. Cantei, dancei e me emocionei sentido o calor e batida de centenas de corações socialistas.

Um partido para defender Tarauacá

Na noite do ultimo sábado, o PCdoB de Tarauacá promoveu um ato político para receber novos filiados. A solenidade foi realizada na sede do partido, contou com a presença dos principais dirigentes e os novos filiados.

O Presidente Chagas Batista deu boas vindas aos novos camaradas e falou, em nome das direções municipal e estadual , expressando a satisfação de receber nos quadros do partido pessoas tão importantes.

Entre os novos filiados estão professores, advogados, empresários, religiosos, comerciantes, servidores públicos, jovens, mulheres e trabalhadores de diversas áreas.

O PCdoB de Tarauacá conta hoje com mais de 2.000 (dois mil) filiados, sendo o maior partido político do município. O Partido prepara-se para a luta popular em 2010 e para os grandes embates que se avizinham.
Chagas Batista disse que Tarauacá vive um momento político que exige atitudes ousadas e corajosas. É preciso mobilizar amplos setores da sociedade para defender nossa cidade e nosso povo.

" Tarauacá vive um dos maiores retrocessos da sua história política social e de valores éticos. O segundo mandato do atual prefeito, composição da câmara de vereadores e sua aliança de sustentação, representa o que há de mais retrógrado e fisiológico . O resultado da administração PP-DEM- PMDB, vem sendo um desastre para nosso município e nossa gente. Com isso Tarauacá vem perdendo uma grande oportunidade de se desenvolver e melhorar qualidade vida seus habitantes.

O PC do B, durante seus 25 anos de existência em Tarauacá, sempre esteve posicionado ao lado dos trabalhadores, da juventude e da população mais excuída. Vocês que se incorporam hoje ao nosso partido, chegam com a responsabilidade de ajudar na confecção de um projeto novo, tranformador e alternativo, que expresse o sentimento mais elevados da maioria dos Tarauacaenses. Ninguém veio hoje filia-se ao PC do B em troca de cargos ou interesses menores, vieram porque querem mudanças e justiça. portando, sejam todos bem-vindos! Finalizou Batista.

Novos filiados também manifestaram satisfação e alegria.




Maria do Carmo recepcionou as mulheres filiadas ao partido


Viva o PC do B cada vez mais forte e renovado!!!

" muito tempo venho conversando com dirigentes do PC do B e hoje sei que tomei uma decisão importante no sentido de contribuir para que Tarauacá possa melhorar". Francisco Sena- diretor da Escola Eduardo Morais

Empresário Gilvan

jorverlei Pereira (Lei): Operário

Dahya: Evangélica e empresária

Liliane: Universitária

"Estou me filiando ao PC do B a convite do Vereador Manoel Monteiro, mas também porque vejo que é um partido sério". Zé Dias: Empresário.


Manoel Pereira: Estudante e Desportista

"Eu era do PSDB, já estive do lado lá e minha profunda decepção me fez fazer outra escolha partidária". Cleane Monteiro


Marcelo: Servidor Público

Chaga do Vale: Comerciante

Me aproximei do PC do B na eleição passada, foi quando também conheci melhor o Batista que me convenceu fazer minha filiação". Dorian: Empresário

Eu era do PT, mas sempre admirei o PC do B, recebi o convite do vereador Meleiro e aceitei, estou feliz pelo convite, vocês podem contar comigo". Celio Frazão: Advogado


Bubu: Empresário


Ismael: Juventude
Naida: Juventude
Estou muito muito feliz, sou militar aposentado, advogado e sempre detestei partidos e políticos. confesso que votei duas vezes nesse prefeito que esta ai, assumo que contribui com essa sujeira que se encontra em Tarauacá, agora no PC do B quero contribuir ajudando fazer a limpeza". Edson Craveiro: Militar Aposentado e Advogado

Clemilson: Servidor Público

"Acompanho a história do PC do B em Tarauacá desde minha infância e sempre admirei o partido e suas lideranças, hoje estou muito feliz por também fazer parte deste partido" Yonara Machado: Professora

"Eu nunca me filiei a partidos politicos, agora decidi me filiar ao PC do B, podem contar comigo". Nelci Moura- Empresário
Marcondes: Dirigente evangélico

Blog Terra Firme

MÚSICA DO DIA


Ótimo domingo!

sábado, 23 de janeiro de 2010

Solidariedade internacional que vai daqui: Associação Médica Nacional Maira Fachini está solidaria ao Haiti e oferece ajuda


Sr. Presidente da Republica
Luiz Inácio Lula da Silva

Frente o tão grande desastre ocorrido com os irmãos haitianos, queremos parabenizar ao governo brasileiro pelo constante apoio que vem dando no sentido de diminuir o sofrimento incalculável daquele povo. Aproveitamos para apresentar nossa inteira disposição de prestar serviço médico com experiência em desastres, como demonstração de nosso compromisso humanista e internacionalista ao povo haitiano.
Jenilson Lopes- Coordenação Nacional da AMN-MF

A Coordenação da Associação Medica Nacional é convidada a participar das reuniões do Conselho Nacional de Saúde.

Durante os dia 13 e 14 de Janeiro a coordenação da AMN esteve em Brasília junto a mais de 40 conselheiros do CNS e representante dos mais diferentes movimentos sociais, participando de reunião para discutir os rumos da saúde no país, a implementação e defesa do SUS. Durante a fala do coordenador da AMN-MF Janilson Lopes , o mesmo reafirmou o compromisso da associação com a defesa do SUS e a luta por saúde gratuita de qualidade a todos os brasileiros.

O Presidente do CNS Junior Batista parabeniza a todos os membros da AMN-MF pela defesa ao Sistema Único de Saúde

Revalidação de diplomas de médicos formados no exterior

Ministério da Educação e Ministério da Saúde abrem edital do projeto Piloto de Revalidação de Diplomas de Médico Obtidos no Exterior. Inscrições até 12 de fevereiro em 22 universidades. Médicos de Associação de formados no exterior se dispõem a seguir para o Haiti em ajuda humanitária.

“A criação do Projeto Piloto representa uma luta do profissional médico formado no exterior e um compromisso do governo Lula”, afirma Janilson Lopes Leite, brasileiro formado em medicina em Cuba. leia mais em:site da UNE

Coordenação da Associação Medica Nacional AMN-MF Visita Cuba


O Coordenador da Associação Medica Nacional Visita Cuba AMN-MF, Janilson Leite, esteve em Cuba neste inicio de ano em visita ao seu centro de formação. No momento aproveitou para reunir com os mais de 600 estudantes de Medicina na Ilha e com autoridades cubanas e brasileiras, como com o Reitor da Escola Latinoamericana de Medicina e vice- ministro de Saúde, Carrizo Gonzales, com o Conselheiro da embaixada brasileira em Cuba Sr. Albino, e com a representação do Instituto Cubano de Amizade ao Povos - ICAP.

Estudantes são informados da criação da mais nova e humanista Associação Medica no Brasil, a Associação Medica Nacional _Maira Fachini e dos acontecimentos sobre a revalidação do diplomas médicos no Brasil.


Blog da UNE

Minhas raízes e a semente que quase me tira vida

Em Santa Maria, onde nasci, apesar da exploração brutal do barracão, da ausência completa do estado e de serviços públicos, a gente tinha de tudo que uma família sem seringais e propriedades podia ter. Aos seis anos de idade enfrentei o mais doloroso sofrimento. Uma semente de melancia entrou no meu nariz e subiu no gurgumim( ulvula ).

Na medida em que o tempo ia passando aumentava a dificuldade de respiração. Não havia barcos motorizados para chegar até a cidade. Era necessário pegar o remo e o varejão para fazer a viagem. Dependendo do volume das águas do Rio Tarauacá, demorava três a quatros dias. Meu pai teve que improvisar um barco com um casco (canoa) e uma cobertura de japá (palha e cipó).

Quando chegamos a cidade eu já não conseguia dormir. O mais difícil quando minha mãe que acompanhava no hospital foi informada que em Tarauacá não havia solução para retirar a semente. Era preciso viajar para Rio Branco. “Como a vida de um seringueiro dependia ‘sensibilidade” do barracão seringalista, para viajar e não morrer a míngua, era preciso esperar um avião da FAB – Força Aérea Brasileira, que só vinha à cidade uma vez por mês.

Esperamos mais de uma semana para o avião chegar. No dia de partir para Rio Branco, no caminho para aeroporto, minha mãe a presa carregava uma mala de pau em uma mão e na a outra, segurava meu braço. Correndo e cansando quase sem poder respirar, tive que parar para respirar, fiz um esforço, enchi o peito de ar e dei um espirro... A semente voou fora. Não era mais uma semente era quase um pé de melancia.
O alivio das minhas narinas e meu peito foi imenso, a felicidade da minha mãe maior ainda. Peguei mala que minha mãe carregava, coloquei nas costas e voltamos para organizar nosso retorno a Santa Maria.

Quando chegamos de volta em casa foi uma festa. Minha família havia recebido a noticia que havia viajado para Rio muito mau. Uma semente no nariz quase interrompe minha vida. Contudo, adoro melancia.

Mais de 11 milhões de empregos foram criados no Brasil em 7 anos

Entre 2003 e 2009 o Brasil gerou 11.752.763 novos postos de trabalho, entre vagas celetistas e estatutárias, calculados com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Em 2003, o número de trabalhadores no País era de 29.544.927, passando para 40.437.076, um aumento de 36,86%. Considerando apenas os trabalhadores com carteira assinada, calculados pelo Caged, nesse período foram gerados 8.716.082 postos de trabalho. O número de trabalhadores com carteira assinada no Brasil nesses sete anos teve uma elevação de 32%, passando de 24,9 milhões para 32,9 milhões de pessoas.

O número de admitidos desde 2003 foi de 93,3 milhões e de desligados 84,5 milhões. Nesses sete anos, o saldo de empregos gerados durante o ano só ficou abaixo de um milhão de vagas em duas ocasiões: 2003 e 2009.

Em 2009, foram gerados no Brasil 995.110 novos empregos formais. “O Brasil é o País que mais gerou empregos em 2009 entre os integrantes do G-20, o que nos dá certeza de termos acertado nas políticas públicas de combate à crise econômica mundial. Estados Unidos e Europa estão apresentando saldos negativos, e os países da América Latina estão nos procurando para aprender como fizemos para escapar da crise que afetou o mundo todo”, afirmou o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.

A previsão do ministro para janeiro é que sejam criados cerca de 100 mil empregos formais. Para 2010, Lupi mantém a previsão de geração de 2 milhões de novos postos de trabalho.

Apesar de ter registrado perda de 415.192 postos de trabalho, o número de admissões de dezembro de 2009, que chegou a 1.068.481, foi o maior para o mês em toda a série histórica do Caged. “Apesar da crise, a Indústria da Transformação fechou o ano de 2009 com saldo positivo, e este setor será um grande gerador de empregos em 2010, ao lado de Serviços. Teremos o melhor ano da história em número de empregos gerados, uma prova do sucesso das políticas públicas econômicas e sociais”, afirmou o ministro.

Região Norte gerou 37.241 postos de trabalho formal em 2009

Rondônia gerou 24.875, empregos formais, equivalente à expansão de 14,88% de assalariados com carteira assinada de dezembro de 2008. O resultado é o melhor da Região Norte e da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados para o período, em números absolutos e relativos. Em termos relativos, o resultado é o melhor do país em 2009. Em Rondônia, Entre 2003 e 2009 foram geradas 57.577 vagas formais de trabalho em Rondônia.

O estado do Pará também apresentou expansão no nível de emprego no ano de 2009: 1,34% em relação ao número de assalariados com carteira assinada de dezembro de 2008, ou mais 7.380 empregos gerados. Em números absolutos e relativos o resultado foi o segundo melhor da Região Norte. No período de 2003 a 2009 foram gerados 133.386 postos de trabalho formal.

No Acre, a expansão de assalariados com carteira assinada foi de 3.54% com a criação de 1.969 empregos com registro em carteira, em relação aos assalariados de dezembro de 2008. Em números relativos e absolutos esse resultado foi o segundo melhor da história do Caged para o período. Entre 2003 e 2009 foram gerados 6.555 empregos no Acre.

O Amapá criou em 2009, 191 empregos formais, expansão de 0,35% em relação a dezembro de 2008. De 2003 a 2009 foram criados 9.234.

Roraima e Tocantins geraram, respectivamente, 1.189 e 3.045 empregos celetistas, equivalente à expansão de 3,76% no primeiro e 2,84%% no segundo, em relação a dezembro de 2008. Em números absolutos e relativos o resultado apresentado por Roraima foi o terceiro melhor da série histórica do Caged, para o período. Em termos absolutos, o resultado apresentado pelo Tocantins foi o terceiro melhor da série histórica do Caged, também para o período. Ente 2003 e 2009, os estados de Roraima e do Tocantins geraram, respectivamente, 6.397 e 22.823 postos de trabalho formal.

Apenas o estado do Amazonas fechou postos de emprego formal em 2009: 1.408, equivalente à redução de 0,40% no número de assalariados com carteira assinada de dezembro de 2008, devido principalmente ao desempenho negativo da Indústria de Transformação no estado (-6.464 postos). No período de 2003 a 2009 foram criados 95.723 postos de trabalho formal no estado do Amazonas.

Considerando-se apenas o mês de dezembro, fatores sazonais como a entressafra agrícola, férias escolares, as chuvas do período e a diminuição natural do consumo nessa época do ano, foram os responsáveis pelo declínio do nível de emprego amazonense: 2,23% ou menos 7.982 postos de trabalho.

Fonte: Em Questão

A fé que move rios e fortalece o povo

Mais uma vez o povo da Capela e redondeza realizaram um bonito Novenário, onde a maioria foi para rezar e se divertir. A violência foi zero praticamente. Tudo isso graça ao empenho e competência do Comando de Operações Especiais (COE) que prestou todo o trabalho de segurança aos fiéis e a população de modo geral.

Por Isac Melo

A única exceção que fazemos, diz respeito a alguns políticos, que de uma forma mesquinha e hipócrita se apropriaram do púlpito da igreja para tentar justificar o injustificável, aquilo que eles deveriam ter feito na Câmara de vereadores durante o ano inteiro e não fizeram. Em nenhum momento, em nenhuma das celebrações foi citado nome de político. Evangelizar é profetizar. Jesus nunca fez exceção, cobrou dos pequenos e dos grandes, denunciou as injustiças e expulsou do templo aqueles que queriam fazer do lugar uma casa de comércio. E hoje devemos fazer o mesmo com aqueles que querem fazer da casa de Deus um palanque para justificar a pequenez de seus atos e a mediocridade de suas vidas. Antes de prestar contas a Deus, deve-se prestar ao povo.

Se o Novenário foi um sucesso foi graças ao povo, que participou, colaborou e há mais de meio século se reúne em plena selva amazônica para se encontrar e reencontrar com Deus, louvá-lo e agradecê-lo, por intermédio de São Sebastião. Este nos livre da peste, da fome e da prepotência! Amém.

Quase 20 anos... Cazuza por seu pai

Fui talvez o último a saber do talento de Cazuza. Ele costumava se trancar no quarto para trabalhar e escrever suas letras. Para não ser invasivo, eu respeitava o espaço dele e me mantinha afastado. Também nunca tinha ouvido Cazuza cantar em casa. Por isso, me surpreendi quando o vi cantando Edelweiss num espetáculo no Rio de Janeiro. Nunca pensei que ele tivesse extensão vocal para cantar.

Por: João Araujo, pai de Cazuza





Mais tarde, ao voltar de uma viagem, fiquei novamente surpreso quando Lucinha me disse: "Cazuza vai estrear numa boate em um show com o Barão Vermelho". Foi um susto maior ainda. Nem sabia que ele tinha entrado para um grupo de rock. Fui ver o show e levei Moraes Moreira comigo. Era tudo muito ruim, o som era de garagem, mas senti que ali naquele palco havia algo mais, um talento, algo mais que um menino curioso para trabalhar com música.

Como pai, é muito difícil obter distanciamento para julgar o trabalho de um filho. A gente acaba embaralhando um pouco as coisas. Mas percebi, como profissional do disco, que Cazuza era talentosíssimo. A época - os anos 80 - ajudou um pouco Cazuza a mostrar esse talento. Era uma época brava, difícil. E a impressão que eu tenho é que, em todos os tempos, o criador se sente muito mais estimulado quando tem algo contra que protestar. Cazuza já era um rebelde por natureza. Um rebelde "sem calça", como ele mesmo brincava. E a época o ajudou, pois, apesar de não demonstrar, Cazuza era um ser político por excelência, e aquele momento formava um cenário político que lhe permitiu desenvolver uma obra que vai ficar.

Eu me surpreendi foi com o estilo romântico da sua obra. Mas era, na verdade, um lado que Cazuza sempre teve: o da identificação com a música popular brasileira. Eu e Lucinha respirávamos música brasileira. E Cazuza participou de alguma forma disso, o que o levou a buscar como referência autores que não tinha conhecido, como Cartola, Nelson Cavaquinho, Dolores Duran, Lupicínio Rodrigues... Mas, de qualquer forma, levei um susto quando ele compôs canções como Codinome Beija-Flor.

Como pai, tenho profundo orgulho de Cazuza em qualquer tempo ou lugar. Fico feliz quando ouço uma música dele ao entrar no elevador, ao viajar de avião, ao ligar o rádio do meu carro... Ou então quando alguém faz uma menção a mim como o "pai do Cazuza". Tudo a respeito dele me emociona, e me dá orgulho, esse trabalho que o meu menino fez quase sem a gente ter percebido. Eu gostaria muito de entrar na máquina do tempo e voltar alguns anos, até os anos 80, para poder dar valor mais de perto à obra dele no momento em que ela foi criada. Mas a história nunca é assim. A gente quase sempre passa pela história sem se dar conta de que está vivendo nela.

Fui muito resistente à idéia de Cazuza gravar na Som Livre com o Barão Vermelho. Teve dia em que os produtores Guto Graça Mello e Ezequiel Neves chegaram a ir cinco vezes à minha sala para tentar me convencer. Naquela época, eu ainda não tinha olhado com a devida atenção o trabalho de Cazuza. Ainda não tinha parado para observar a profundidade de suas letras e a consonância política com a época em que elas foram criadas. Só pensava que, como pai, seria cabotino se eu gravasse o Cazuza. Até que Guto e Zeca me venceram pelo cansaço. E o mais gratificante de tudo isso é que nunca houve questionamento sobre o fato de Cazuza ter começado a gravar na Som Livre. Isso me deu o conforto de saber que em nenhum momento eu fui um protetor de Cazuza, mas apenas um instrumento inicial para a veiculação do seu talento.

Quase 20 anos depois sua obra está aí, agora documentada neste livro. E só posso repetir, mais uma vez, que tenho um orgulho grande como pai e profissional. Assim como Renato Russo, Cazuza virou uma referência da geração 80, do rock. E uma referência para as gerações que estão por vir. Com energia e coragem impressionantes, ele inscreveu sua obra no primeiro time da música brasileira. E o tempo, que não pára, se encarregou de provar o talento que já existia desde o seu primeiro show.

P.S. Indispensável registrar a meu ver a importância, entre outros, de Rimbaud, Kerouac, Roberto Frejat, Clarice Lispector, Allan Ginsberg, Ezequiel Neves, Billie Holliday, Chet Baker, Ney Matogrosso, Janis Joplin, Carlos Drumond de Andrade e Caetano Veloso no desenvolvimento da carreira do Cazuza
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