sexta-feira, 31 de julho de 2015

Governador do RS confirma que servidores terão salários atrasados


Governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB)


Rio Grande do Sul 247– Para enfrentar a crise financeira, o governo do Rio Grande do Sul, comandado por José Ivo Sartori (PMDB), anunciou nesta sexta-feira (31), o pagamento parcelado dos salários de julho dos servidores estaduais do Estado. Receberão os vencimentos integrais os funcionários que recebem até R$ 2.150.

Para os cerca de 168 mil servidores (48% dos 350 mil) que recebem acima desse valor, o salário será pago em mais duas parcelas: R$ 1.000 até 13 de agosto e o restante até 25 de agosto. A terceira parcela será depositada com quase um mês de atraso, seis dias antes da data de pagamento do salário de agosto, que também deverá ser parcelado.

"Não é chororô, é falta de dinheiro", afirmou o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, em coletiva de imprensa. O dirigente admitiu que o Estado não deverá quitar o pagamento da dívida com a União. Nos dois últimos meses, o governo gaúcho atrasou o pagamento, mas honrou o compromisso. "Pode ocorrer que, nos próximos meses, não conseguiremos pagar a dívida para União", acrescentou Feltes.
Com o calote, a União pode bloquear repasses financeiros ao RS. "Torcemos para que não haja bloqueios, mas é muito provável que possa ocorrer", disse.

O parcelamento afeta somente os funcionários do Poder Executivo. Com a decisão, os professores da rede estadual decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir de segunda (3). Os policiais da Brigada Militar também decidiram que só atuarão nas ruas apenas em caso de emergência.

De acordo com o secretário, faltaram R$ 360 milhões para pagar a folha de julho, faltaram. Feltes informou, ainda, que foi preciso sacar R$ 200 milhões dos fundos destinados a depósitos judiciais. O secretário afirmou que a crise foi agravada em consequência da queda da arrecadação estadual e da redução das transferências da União.

domingo, 26 de julho de 2015

Papa condena o 'novo colonialismo'

Na semana passada, o papa Francisco visitou Equador, Bolívia e Paraguai. Em seu estilo profético, deixou clara a opção pelos mais pobres.


Por Frei Betto


Papa Francisco e Evo Morales  
Papa Francisco e Evo Morales  

Na periferia de Assunção, esteve com as 23 mil famílias que ocupam a área de Bañado Norte e, há 30 anos, lutam pelo título de propriedade. Francisco se declarou feliz por estar "em sua terra”, em explícito apoio à reivindicação dos ocupantes.

Na Bolívia, pediu perdão aos povos indígenas pela cumplicidade da Igreja Católica com o genocídio provocado pela colonização europeia: "Muitos pecados foram cometidos contra os povos latinos em nome de Deus.”

Em crítica ao pietismo vazio, o papa enfatizou que "não importa a quantas missas de domingo você foi, se você não tem um coração solidário. Se você não sabe o que está acontecendo em sua cidade, sua fé é muito fraca, está doente ou morta.” Fez eco à Carta de Tiago, no Novo Testamento, que frisa ser inócua a fé sem obras solidárias (2, 14-17).

As injustiças causadas pelo capitalismo global foram o tema recorrente de Francisco na viagem aos três países. "Em um mundo onde há tantos agricultores sem terra, tantas famílias sem casa, tantos trabalhadores sem direitos”, onde explodem "guerras insensatas” e a terra é devastada, isso significa que "as coisas não estão indo bem” e é preciso "uma mudança”.

Ressaltou que opressão, exclusão e degradação ambiental "respondem a um sistema que se tornou global”, e "impôs a lógica do lucro a todo custo”. Por trás de "tanta morte e destruição, sente-se o fedor daquilo que Basílio de Cesareia chamava de ‘esterco do diabo’.”

Em Santa Cruz de la Sierra, recebeu mais de 1.500 representantes de movimentos populares. Saudou-os como "semeadores de mudanças” e "poetas sociais”. Declarou que a Igreja está disposta a "acompanhar aqueles que buscam superar as graves situações de injustiça que sofrem os excluídos em todo o mundo.” E valorizou o protagonismo dos movimentos sociais: "Atrevo-me a lhes dizer que o futuro da humanidade está, em grande parte, em suas mãos, na sua capacidade de se organizar e promover alternativas criativas.”

Para o papa, a economia "não deveria ser um mecanismo de acumulação, mas a adequada administração da casa comum.” E frisou: "Quando o capital se converte em ídolo e dirige as opções dos seres humanos; quando a avidez pelo dinheiro tutela todo o sistema socioeconômico, isso arruína a sociedade, condena o homem, converte-o em escravo, destrói a fraternidade intra-humana, joga povo contra povo e, como vemos, põe em risco até essa nossa casa comum.”

Francisco observou que, para uma vida digna, é necessário garantir os três T – teto, trabalho e terra. E em referência aplicável à Grécia e ao Brasil, qualificou de "novo colonialismo alguns tratados denominados de ‘livre comércio’ e a imposição de medidas de ‘austeridade’ que sempre apertam o cinto dos trabalhadores e dos pobres.” 

quinta-feira, 16 de julho de 2015

AFINIDADE E INTIMIDADE

PC do B de Tarauacá tem raízes profundas com a luta do povo, em especial, com a luta dos trabalhadores, da juventude e povos indígenas.

São 30 anos dividindo e compartilhando sonhos de justiça e igualdade de direitos.
Com a população indígena começou com a luta contra a discriminação, depois pela identificação e demarcação de seus territórios. Mais adiante veio a luta pelo direito à saúde, educação, produção e outros serviços.

Quando a maioria da sociedade dizia que os índios eram preguiçosos e traiçoeiros , nós dizíamos: Não! Eles apenas têm modos de viver diferentes do nosso. São muito leais quando percebem que eles podem confiar . Quando diziam que eles tinham muita terra e eram improdutivos, nós dizíamos: Não! Eles com certeza são capazes de produzir com inteligência e sabedoria sem agredir a natureza. 

Quando diziam que eles eram incapazes para o ajudar no desenvolvimento econômico e social do país, nós dizíamos: Não! Eles são tão capazes quanto os não indígenas, eles têm inteligência e seus filhos também podem ser doutor. Como de fato já são. Temos aqui no nosso município, indíos que residem nas comunidades e aldeias do Caucho, Gregório, Pinuya e Carapanã, que são professor, engenheiro , médico e doutor.

Essa semana em uma reunião com lideranças das aldeias Caucho e 27, quando eles decidiam pela filiação de suas lideranças ao PC do B, ouvi de um de seus líderes a seguinte frase: " No atual momento nenhum outro partido é capaz de nos animar por uma filiação partidária, nossa decisão de filiação ao PC do B tem duas importantes razões : A afinidade com nossa causa e a honestidade. Nesse momento em que os partidos estão quase todos envolvidos com corrupção, o PC do B não está sendo acusado desse problema".

A coerência e a relação íntima com os sentimentos da população é a única alternativa para manter acesa a esperança do povo na política.



segunda-feira, 13 de julho de 2015

PAPA CRITICA CONCENTRAÇÃO DA MÍDIA: “COLONIALISMO IDEOLÓGICO”