terça-feira, 30 de novembro de 2010

Jandira feghali "O povo não tem mais medo da policia"

A provocação irracional e inaceitável iniciada pelo crime organizado com a onda de violência desencadeada no dia 21, teve um desdobramento inesperado não só para os bandidos mas também para toda população.

Pela primeira vez houve uma ação coordenada das polícias fluminenses, das Forças Armadas e de forças policiais da União para não só reprimir a ação criminosa, como também, numa verdadeira operação de guerra, desalojá-los dos espaços que controlavam e que transformaram em bases de operação para distribuir drogas ilegais, esconder seus arsenais, encontrar repouso e atendimento médico quando necessário depois de conflitos com a polícia ou adversários de outras facções criminosas. Eles construíram, em favelas e outras comunidades pobres do Rio de Janeiro verdadeiros para-estados, à margem da lei e das instituições.

A operação coordenada desta semana indica que é possível combater o tráfico e o crime organizado a ele associado. Ela teve um êxito inicial e o mérito cabe ao governo do Rio de Janeiro e do governo federal.

Há notícias de que o descontentamento dos criminosos que degenerou naqueles ataques decorreria da implementação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), primeiro passo para a ocupação dos territórios antes entregues aos bandidos. Através das UPPs, o Estado retomou sua presença nas comunidades, seja através da prestação de segurança, como de outras políticas públicas, em benefício da população.

O apoio da população à ação bélica contra os bandidos (que pode ser medido pelo alto número de ligações anônimas feitas para o disque-denúncia, e que permitiu a localização e a prisão de inúmeros traficantes) revela o sucesso alcançado pelas UPPs, cuja mera existência passa a ser um sinal de reocupação pública de espaços dominados por facções. Para a deputada federal eleita Jandira Feghali (PCdoB-RJ), “antigamente a população tinha mais medo da policia do que dos traficantes e milícias, mas desta vez a população não apenas apoiou como colaborou”. E este apoio continuará sendo decisivo nesta etapa em que, ocupado o território, começa a varredura casa a casa para uma verdadeira “limpeza” do terreno e consolidação da “conquista”.

Vai durar? Esta é outra pergunta que está em muitas mentes. Setores conservadores se assanham com a presença das Forças Armadas nas ruas, mesmo que não tenham se envolvido no combate direto mas participado do apoio logístico e material e do controle do território tomado aos bandidos. Há, aqui, um eco de velhos sonhos antidemocráticos de “botar o Exército na rua” para ações policiais que não fazem parte de sua missão constitucional, que é a de defender a soberania e a integridade nacional.

A participação das Forças Armadas na operação ocorrida no Rio de Janeiro foi inestimável e merece elogios justamente pelo sentimento de respeito à lei demonstrado pelos militares, definindo claramente o papel e a função que tiveram na operação, manifestando a disposição de ir para o sacrifício e contribuir para consolidar a vitória obtida e subordinar-se ao comando civil da operação.

Foi essa participação que permitiu a vitória. E é possível imaginar que permitiu por várias razões que incluem o uso de veículos blindados, helicópteros, barcos, soldados e oficiais que se tornaram exímios em ações desse tipo. Mas há outra razão que precisa ser lembrada: a mera presença de oficiais das Forças Armadas nesta ação deve ter contribuído para encorajar os policiais honrados, que constituem a maioria, e intimidar a “banda podre” da polícia carioca, que a opinião quase unânime dos especialistas aponta como um dos principais fatores de existência e reforço do crime organizado com o qual mantém relações cúmplices de proteção e envolvimento em negócios altamente rentáveis como o tráfico de drogas e também de armas pesadas que asseguram o poderio bélico da criminalidade.

Vários especialistas opinam que a permanência do sucesso de uma operação dessa envergadura será consequência não do envolvimento das Forças Armadas no combate ao crime, mas de uma profunda reforma da polícia que elimine a “banda podre” formada por poderosos focos de corrupção e envolvimento com o crime. O antropólogo Luiz Eduardo Soares, que foi (em 1999/2000) coordenador de segurança, justiça e cidadania do Estado do Rio, usa palavras fortes para descrever a situação atual e justificar a necessidade de uma reforma profunda da polícia. Há uma “degradação institucional em curso”, diz ele.

Uma outra ponta do tráfico que precisa ser combatida com vigor semelhante ao demonstrado nesta semana no Rio de Janeiro é aquilo que se poderia chamar de “braço financeiro e institucional” do tráfico. Os financiadores do tráfico, de drogas e de armas, aqueles que se encarregam da lavagem do dinheiro, certamente não moram nas favelas nem nos morros, diz a deputada Jandira Feghali. Certamente eles sofrerão enormes prejuízos em consequência da operação militar desta semana. Mas é preciso ir além – identificá-los e submetê-los aos rigores da lei da mesma forma como se faz com os gerentes do tráfico e com a chefia intermediária, aquela que está nas favelas e nos presídios.

domingo, 28 de novembro de 2010

Basta de corrupção

Nos últimos dias, assistisimos indignados denuncias de corrupção na prefeitura de Tarauacá feita por um assessor do prefeito.


As declarações partindo de uma pessoa que convive cotidianamente ao lado do prefeito e da vice prefeita , assumi contornos gravissimo que afronta nossa consciência e exige uma apuração rigorosa.


A corrupção é decorrente da impunidade, aumenta as desigualdades sociais, a miséria, a fome e a pobreza. Atenda contra a justiça, a ética social, compromete a democracia e Instituições Públicas, bem como decepciona e afasta o povo da participação política.

Os que buscam o exercício da função pública, eleitos ou não, devem fazê-lo com uma profunda consciência cidadã, para a qual o exercício do poder, deve se traduzir num real serviço ao bem comum.

O PC do B Que sempre lutou contra a injustiça e a corrupção politica vai reunir sua direção e parlamentares para tornar publico seu posicionamento a respeito das denuncias. O cidadão e a cidadã Tarauacaense não aceita o silêncio ou meia resposta.

PAZ E HARMONIA NA COMUNIDADE

Neste fim de semana subi o Rio Murú acompanhado do Verador Manoel Monteiro. Reecontrei "velhos"amigos e conheci novos .

O destino da viagem foi seringal Transval. Fui participar do aniversário da Amiga Rosa, Mulher do Izomar.

Rosa é filha do Raimundinho e da professora Chinha, neta de Dona Raimunda, uma amiga que não está mais entre nós, mas que sempre é lembrada por todos que visitam a comunidadade.

O aniversário foi um grande encontro de família e amigos, com festa, churrasco, pamonha, cangica, milho cozido e assado.

A comemoração foi realizada um clima de completa harmonia e muita diversão, coisa rara, nestes tempos de violência e brutalização das ralações interpessoais. Parabéns a amiga rosa, sua maravilhosa festa, família e amigos que estiveram presente.


Rosa e Izomar


Vereador Manoel Monteiro e minha comadre Maria
Subindo um Igarapé estreito para chegar o local da festa
Velho amigo Zé Abilio
Amigos da cidade também foram pretigiar a festa Ela queria uma foto





Gladsom Cameli para Marcio Bitar:"Juntos, iremos travar muitas lutas"
Milhares de pessoas lotaram as dependências da Associação dos Empregados da Eletrobrás e Eletronorte (Aseel) neste domingo, 28, para participar da festa de confraternização do deputado federal eleito, Marcio Bittar (PSDB). Muitos viajaram cerca de 600 quilômetros para prestigiar o evento, animado por cantores acreanos, brinquedos infantis, palhaços, refrigerantes e churrasco.

Gladson: "Juntos, iremos travar muitas lutas para ajudar o povo do Acre"O deputado federal Gladson Cameli (PP) e sua esposa, Ana Paula Cameli, chegaram na festa junto com Marcio Bittar, que estava acompanhado da mulher Márcia e dos filhos Júlia e João Paulo.

“Estou feliz pela eleição do Márcio. Tenho certeza que ele será um grande parceiro em Brasília. Juntos, iremos travar muitas lutas para ajudar o povo do Acre”, disse Cameli.

Emocionado, Marcio evitou as lágrimas antes de falar às pessoas que participaram da festa organizada por sua mulher, Márcia Bittar. “Na verdade, essa é uma homenagem a todos que nunca me abandonaram, que têm me ajudado durante esses anos de luta”, disse. Leia mais

sábado, 27 de novembro de 2010

Antimicrobianos só com retenção de receita


Agora é pra valer, a partir deste domingo (28), farmácias e unidades hospitalares passam à reter uma via da receita médica de antibióticos. As novas regras foram impostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) com o objetivo de restringir a venda indiscriminada desse tipo de medicamento.

No Acre, uma série de dúvidas surgem a partir da publicação da nova medida, entre elas, se os registros devem ser feitos em livro ou pela internet. O ac24horas consultou a ANVISA, que através de Fernanda Moreira Coura, especialista em Regulação e Vigilância Sanitária, Unidade Técnica de Regulação – Untec, esclareceu nesta sexta-feira, 26, que o uso de livro farmacêutico para registro de medicamentos antibióticos será válido somente para localidades de difícil acesso que não disponham de internet, e somente a partir do próximo ano.


Somente em casos excepcionais, como localidades sem internet, a Vigilância Sanitária local deverá autorizar o controle da escrituração em Livro de Registro Específico para medicamentos antimicrobianos ou por meio de sistema informatizado, previamente avaliado e aprovado pela Autoridade Sanitária competente”, afirma Fernanda Moreira Coura.

Ainda de acordo com a especialista, as drogarias de Rio Branco não precisam realizar nenhum tipo de escrituração antes de 25 de abril de 2011. A partir desta data, deverão obrigatoriamente realizar via internet. Informações como nome do comprador, médico e antibiótico vendido deverão ser informados para Anvisa.

As regras vão valer para mais de 90 substâncias, entre elas amoxicilina, azitromicina, cefalexina e sulfametoxazol, princípios ativos de mais 1.200 medicamentos registrados no Brasil.


Da redação de ac24horas

MÚSICA DO DIA


Rio: as várias faces do crime

A evolução da violência no Rio, culminando na perplexidade que toma conta, hoje, dos cariocas, foi muito bem descrita na coluna da Leila Cordeiro. Neste primeiro momento, parece óbvio que os cidadãos conscientes têm que apoiar as medidas repressivas ao tráfico levadas a efeito pela nossa “polícia do bem” (ainda é preciso saber distingui-la), da mesma forma que foram aplaudidas as instalações das diversas UPPs, com seus esperados desdobramentos no campo social.

Nunca é demais, contudo, enfatizar que não estamos diante de um caso policial, mas de um muito sério problema estrutural de uma sociedade adoentada, cujas origens estão na miséria e na pobreza impostas a vastas camadas do povo, aliadas a uma postura de descomprometimento e abandono com que foram sendo tratados os menos favorecidos, ao longo de muitos anos. A exclusão é a mãe do crime, tendo como cúmplice a perversa convivência do poder público com a desigualdade social . Leia mais

sexta-feira, 26 de novembro de 2010


O Acre avança

O governador Binho Marques inspecionou nesta sexta-feira, 26, o resultado final das obras da 4ª Ponte Sobre o Rio Acre, que serão inauguradas neste sábado a partir das 18 horas. A ponte faz parte do Complexo Viário do qual faz parte a Avenida Amadeo Barbosa, obras que demandaram investimentos de R$72 milhões em recursos do Tesouro Estadual e do BNDES. Mais de 330 imóveis foram indenizados para implantação do projeto. A inauguração será marcada por um show com o cantor Latino, às 21 horas, no espaço de eventos da Arena da Floresta. Leia mais

MULHER NÃO SE BATE NEM COM UMA FLOR


O Ligue 180, central de atendimento à mulher do governo federal, superou a meta de 1 milhão de telefonemas, prevista para ser alcançada só em 2011. Foram 1.539.669 ligações até outubro, a maioria (407.019) com pedidos de informações sobre a Lei Maria da Penha. São Paulo responde por 17,9% dos atendimentos, e a Bahia (9,48%) vem em seguida.


A Secretaria de Políticas para as Mulheres diz que o grande número de atendimentos não reflete um aumento da violência, e sim do acesso a informações sobre o serviço. A central foi ampliada de 20 para 50 pontos e o tempo de espera caiu de 20 para seis segundos.

MÚSICA DO DIA

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Pombinha da paz vai detonar explosivos

"O HOMEM BOMBA" da prefeitura entrou num caminho sem volta, vai detonar os explosivos. A bomba vai estourar no segundo andar da casa Azul. O homem bomba vai entregar a justiça tudo que sabe sobre o que ele diz ser um esquema de corrupção patrocinado por Torquato e alguns de seus secretários, O delator da denuncia bombástica é o mesmo que em 2008 foi utilizado de forma suja e covarde por Vando e Marilete para atacar o deputado Moisés Diniz, o PC do B e interferir no resultado da eleição.

A cidade foi "alagada" de panfletos terrorista com fotos do Jovem bom moço, pai de família, vitima de violência. Tentaram transformar num mártir da paz contra a ameaça de violencia do PC do B. Agora, nas eleições de 2010, aliados do prefeito tentaram colocar novamente o assunto em pauta, com intuito sujo de derrotar o deputado Moisés Diniz. Clique aqui.

O homem bomba está recebendo garantias de fortes aliados da prefeitura para detonar os disparos. Essa situação faz a gente crer ainda mais na máxima popular que diz: "Aqui se faz aqui se paga". Uma boa lição aos que vivem sustentado pela mentira e a maldade. CUIDADO!



quarta-feira, 24 de novembro de 2010

MÚSICA DO DIA


Lula fala com Altino Machado sobre a eleição no Acre

Altino Machado: Presidente, bom dia. Eu sou do Acre, que é um colégio eleitoral pequeno, o senhor conhece muito bem. E embora tenha pouco mais de 470 mil eleitores, o Acre, grosso modo, é um ícone para o PT, como é São Paulo para o PSDB. O José Serra venceu nos 21 dos 22 municípios do Acre. Jorge Viana não se tornou o senador mais votado, proporcionalmente, do país, perdeu na capital. Tião Viana foi eleito muito apertado, é...

Presidente: Marina teve (incompreensível) e teve só 3% dos votos.

Altino Machado: É. Então, esse... Por que o senhor não é “o cara” no Acre? Embora, embora tenha sido dito assim, o Tião Viana disse: “O povo do Acre foi injusto com o Lula”. O Aníbal Diniz, que vai assumir a cadeira dele no Senado, disse: “Nós temos que entender a hostilidade do eleitor acreano contra Lula e contra Dilma”, não é? Como é que o senhor interpreta tudo isso? Como é que... esse caso do Acre?

Presidente: Espera aí, eu quero te agradecer por essa pergunta, porque é uma coisa que eu trago desde a minha primeira eleição para Presidente, é uma coisa... Eu perdi para o Alckmin lá.

Altino Machado: Sim, no primeiro turno.

Presidente: No primeiro turno, eu ganhei no segundo. E eu tenho... eu visito o Acre desde 1979, ou seja, por causa do Acre eu fui condenado a três anos e nove meses de cadeia. Não cumpri a pena porque... por causa da morte do assassino no comício.

Altino Machado: Eu estava lá naquele comício que o senhor fez e foi, em seguida, para Brasiléia.

Presidente: Essa semana eu encontrei com o Jorge em um jantar da Câmara Brasil-França, eu falei: “Jorge, eu preciso sentar com você, porque eu preciso entender o que está acontecendo no Acre”. Veja, eu tenho a convicção de que se pegar... O Fernando Henrique Cardoso foi até um bom presidente, na relação com o Acre.

Altino Machado: Sim.

Presidente: Mas eu tenho a convicção de que se pegar tudo o que foi feito no governo Fernando Henrique Cardoso, governo Itamar, governo Collor, governo Sarney, se somar tudo não dá a metade do dinheiro que eu pus no estado do Acre para fazer as coisas. Inclusive, vocês vão ter o prazer de ver, no Acre, os cinco rios do Acre todos com ponte estaiada, que foi uma briga para a gente poder convencer o financiamento daquelas pontes, por causa que um paulista ou um cara de Brasília não tem noção da dificuldade do que é fazer uma obra no estado do Acre, que não tem pedra, é preciso trazer pedra de outros estados, pedra importada de outros estados, às vezes demora 40 dias para chegar, se não chover demora quatro meses, ou seja, é um dilema para fazer as coisas no Acre. E durante a campanha eu estava preocupado. Eu dizia para o Tião Viana e para o Jorge: “Olhem, eu gostaria de estudar profundamente o Acre, como é que funciona a cabeça do companheiro do Acre”. Sobretudo porque já havia um sinal muito forte de que mesmo o companheiro Jorge Viana sendo a liderança que é, o Binho sendo o quadro que é, tendo a prefeitura da capital e tendo o Tião Viana. Eu nunca vi ninguém trabalhar tanto como o Tião Viana. O Tião Viana saía daqui na quinta-feira, chegava lá, ia para todas as cidades. O PT governa 12 dos 22 municípios, tem mais cinco aliados e perdeu em quase todos, ou seja, é inexplicável. Eu acho que precisa um estudo sociológico sobre o Acre, ou o que os companheiros erraram na política do Acre. Tem erro, tem erro. Eu não ouso dizer aqui o erro antes de fazer... Mas daqui a uns seis meses, quando eu for ao Acre, sem ser presidente, eu me comprometo a te dar uma entrevista dizendo o que eu acho que aconteceu no Acre.

Altino Machado: Obrigado.

Presidente: Eu não quero ser grosseiro e fazer um julgamento precipitado. Mas certamente, certamente nós erramos no Acre por presunção. Não sei se você sabe, na minha opinião uma das razões pelas quais a Marina foi candidata a presidente é porque ela tinha convicção de que não se elegeria senadora pelo Acre, como aconteceu, de fato, uma votação pequena. Então, eu quero, eu quero aprender o que aconteceu no Acre, não apenas com a campanha majoritária, mas com os companheiros lá. Ou seja, o Jorge Viana quase que não se elege, o Tião Viana foi 50,04%, quando a gente imaginava que ele ia ter 80%, 90%. Então, certamente não é erro do povo. Posso te garantir o seguinte, eu quero começar dizendo o seguinte: se tem uma coisa certa lá é o povo. É preciso que, ao invés de a gente ficar culpando o povo, a gente sente, faça uma reflexão [sobre] onde é que nós pisamos na bola no Acre, porque certamente o erro é nosso. Ninguém apanha tanto se acertou. Então, nós temos erros. É só a gente ter humildade, ter humildade e descobrir o que está acontecendo no Acre, porque eu tenho convicção, Altino, e você também, de que os Viana fizeram um bem para o Acre muito grande. Eu conheço o Acre desde 1979.

Altino Machado: Inegável.

Presidente: Eles transformaram aquilo em um estado. Rio Branco virou uma cidade bonita. Mas você percebe que não basta obra, não basta obra. Eu tenho na minha cabeça há muitos anos, o povo não vota numa pessoa porque ele fez uma ponte, porque ele fez uma rua, não. O povo vota se o resultado daquilo teve uma explicação política convincente para as pessoas. E eu acho que a política está mal trabalhada no Acre. Você está lembrado? Chico Mendes virou herói mundial, mas foi candidato a prefeito em Xapuri, teve 300 votos. Osmarino saiu na capa do New York Times muitas vezes; foi candidato a prefeito em Brasileia, acho que não teve nem 100 votos. Você percebe? Há uma rejeição a um determinado tipo de discurso, que nós precisamos discutir como enfrentar isso. Me comprometo daqui a seis meses, Altino, a ter uma conversa contigo...

Confira as dicas do Procon para suas compras de Natal

Escrito por Annie Manuela, Assessoria de Imprensa PROCON/AC

Consumidores devem estar atentos e verificar se os preços e formas de pagamento estão de acordo com a propaganda


Consumidores devem ficar atentos a quesitos importantes na hora da escolha do presente (Foto: Gleilson Miranda/Secom) O Natal já está chegando, as vitrines do comércio se preparam com enfeites natalinos e muitas novidades para atrair os consumidores que buscam o melhor presente. Pensando em ajudar o consumidor a escolher o presente ideal e evitar problemas após as compras, o Procon dá algumas dicas.
No Natal, como em outros dias festivos, o consumidor é bombardeado com muitas propagandas sobre produtos e serviços, mas nem sempre o que pode ser interessante no momento vai ser realmente útil para ele, fazendo com que muitos comprem por impulso.

Antes de ir às compras pesquise o que as pessoas que você irá presentear gostariam de ganhar. Se sair às compras já com a ideia do que vai procurar fica mais fácil não errar no presente e acabar comprando o que não pretendia.

Pesquise bem antes de comprar. Nem sempre o primeiro lugar que você entrou tem o melhor preço. Se for presentear crianças, escolha os brinquedos conforme a faixa etária. Existem brinquedos que contêm peças pequenas que podem ser facilmente engolidas. Verifique sempre se o brinquedo tem o selo do Inmetro.

Nem sempre os produtos caros ou mais anunciados são adequados para quem você irá presentear. Toda oferta anunciada deve ser cumprida. Verifique se os preços e formas de pagamento estão de acordo com a propaganda.

Evite comprar produtos em camelôs, que não oferecem nenhum tipo de garantia. Nas compras pela internet tenha o cuidado de escolher sites de confiança. Para ter certeza de que uma loja existe, verifique se o número do CNPJ da empresa é verdadeiro no site da Receita Federal www.receita.fazenda.gov.br. Nunca pague compra com depósito em conta corrente de terceiros, ela deve estar no nome da loja virtual.

Exija sempre a nota fiscal, ela é sua única garantia caso ocorra algum problema.


terça-feira, 23 de novembro de 2010

EXTERMINADOR QUER PRESERVAR


Governadores Binho Marques e Arnold Schwarzenegger assinaram memorando de entendimento para possibilitar venda de crédito de carbono para a Califórnia

Aplaudidos de pé por uma plateia formada por lideranças ambientais, cientistas, acadêmicos e jornalistas de pelo menos 20 países. Assim foi o momento da assinatura do memorando que vai definir as regras para a comercialização de crédito de carbono entre Acre, Califórnia (EUA) e Chiapas (México).


Governador do Acre Binho Marques, governador da Califórnia e lideranças de diversas regiões do mundo celebram parceria importante para consolidação de uma economia verde e sustentável


No memorando, as partes definiram cooperações como a criação de um grupo de trabalho sub-nacional que se reunirá mensalmente entre dezembro de 2010 a outubro de 2011 para trabalhar no desenvolvimento de recomendações sobre Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD). O produto final do grupo será a recomendação para o acordo de conexão entre a Califórnia e os estados parceiros. LEIA MAIS

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

MÚSICA DO DIA

Frase do dia

Deus deve amar os homens medíocres. Fez vários deles. Abraham Lincoln
Dossiê na prefeitura de Tarauacá: Cobra entalada com o próprio rabo



A história do dossiê que foi preparado para detonar o prefeito Vando Torquato é uma espécie Cobra canibal entalada com o próprio rabo. Recebi informações de Varias pessoas do PC do B que o tal "homem bomba" no primeiro momento tentou vender o Dossiê, queria garantia financeira para detonar os explosivos.

Quando a conversa chegou ao partido fui radicalmente contra aceitar esse tipo expediente. Se existem tudo que o delator diz, Isso já é suficiente para a justiça agir e a câmara de Vereadores cumprir sua função e criar uma comissão especial inquérito, investigar essa denuncia de tamanha gravidade.

informação que após a venda do Dossiê ter sido recusada, uma pessoa com forte influencia na prefeitura e interessada na queda do prefeito incentivou a denuncia e deu garantias e proteção. A justiça e os nobres vereadores não podem deixar a sociedade sem uma resposta.

Depois que o Blog do Accioly publicou os detalhes do esquema, o "Homem bomba procurou o blogueiro para dizer que a publicação causou um verdadeiro alvoroço na prefeitura e que já foi chamado por um secretário que implorou para que ele desarmasse a bomba, mas não foi atendido.

"A guerra se deu entre o preconceito e a verdadeira informação"

Em entrevista à Carta Maior, Marilena Chauí avalia a guerra eleitoral travada na disputa presidencial e chama a atenção para a dificuldade que a oposição teve em manter um alvo único na criação da imagem de Dilma Rousseff: "o preconceito começou com a guerrilheira, não deu certo; passou, então, para a administradora sem experiência política, não deu certo; passou para a afilhada de Lula, não deu certo; desembestou na fúria anti-aborto, e não deu certo. E não deu certo porque a população dispõe dos fatos concretos resultantes das políticas do governo Lula". Para a professora de Filosofia da USP, essa foi a novidade mais instigante da eleição: a guerra se deu entre o preconceito e a verdadeira informação. E esta última venceu.


CARTA MAIOR: Qual sua avaliação sobre a cobertura da chamada grande mídia brasileira nas eleições deste ano? Na sua opinião, houve alguma surpresa ou novidade em relação à eleição anterior?

MARILENA CHAUÍ: Eu diria que, desta vez, o cerco foi mais intenso, assumindo tons de guerra, mais do que mera polarização de opiniões políticas. Mas não foi surpresa: se considerarmos que 92% da população aprovam o governo Lula como ótimo e bom, 4% o consideram regular, restam 4% de desaprovação a qual está concentrada nos meios de comunicação. São as empresas e seus empregados que representam esses 4% e são eles quem têm o poder de fogo para a guerra.

O interessante foi a dificuldade para manter um alvo único na criação da imagem de Dilma Rousseff: o preconceito começou com a guerrilheira, não deu certo; passou, então, para a administradora sem experiência política, não deu certo; passou, então, para a afilhada de Lula, não deu certo; desembestou na fúria anti-aborto, e não deu certo. E não deu certo porque a população dispõe dos fatos concretos resultantes das políticas do governo Lula.

Isso me parece a novidade mais instigante, isto é, uma sociedade diretamente informada pelas ações governamentais que mudaram seu modo de vida e suas perspectivas, de maneira que a guerra se deu entre o preconceito e a verdadeira informação.

CM: Passada a eleição, um dos debates que deve marcar o próximo período diz respeito à regulamentação do setor de comunicação. Como se sabe, a resistência das grandes empresas de mídia é muito forte. Como superar essa resistência?

MC: Numa democracia, o direito à informação é essencial. Tanto o direito de produzir e difundir informação como o direito de receber e ter acesso à informação. Isso se chama isegoria, palavra criada pelos inventores da democracia, os gregos, significando o direito emitir em público uma opinião para ser discutida e votada, assim como o direito de receber uma opinião para avaliá-la, aceitá-la ou rejeitá-la.

Justamente por isso, em todos os países democráticos, existe regulamentação do setor de comunicação. Essa regulamentação visa assegurar a isegoria, a liberdade de expressão e o direito ao contraditório, além de diminuir, tanto quanto possível, o monopólio da informação.

Evidentemente, hoje essa regulamentação encontra dificuldades postas pela estrutura oligopólica dos meios, controlados globalmente por um pequeno número de empresas transnacionais. Mas não é por ser difícil, que a regulamentação não deve ser estabelecida e defendida. Trata-se da batalha moderna entre o público e o privado.

CM: Você concorda com a seguinte afirmação: "A mídia brasileira é uma das mais autoritárias do mundo".

MC: Se deixarmos de lado o caso óbvio das ditaduras e considerarmos apenas as repúblicas democráticas, concordo.

CM: Na sua opinião, é possível fazer alguma distinção entre os grandes veículos midiáticos, do ponto de vista de sua orientação editorial? Ou o que predomina é um pensamento único mesmo.

MC: As variações se dão no interior do pensamento único, isto é, da hegemonia pós-moderna e neoliberal. Ou seja, há setores reacionários de extrema direita, setores claramente conservadores e setores que usam “a folha de parreira”. A folha de parreira, segundo a lenda, serviu para Adão e Eva se cobrirem quando descobriram que estavam nus.

Na mídia, a “folha de parreira” consiste em dar um pequeno e controlado espaço à opinião divergente ou contrária à linha da empresa. Às vezes, não dá certo. O caso do Estadão contra Maria Rita Kehl mostra que uma vigorosa voz destoante no coral do “sim senhor” não pode ser suportada.

Fonte: Carta maior


domingo, 21 de novembro de 2010

Em festa: Comunidade Indígena igarapé do caucho recepciona Deputado

A comunidade Indígena Igarapé do Caucho do povo Kaxinawá, Recepciona o Deputado Moisés Diniz em festa. A comunidade é composta por quatro aldeias com uma população de 700 habitantes, entre 120 famílias. Leia mais

Lula quer unir as esquerdas


Preparando-se para continuar desempenhando papel de destaque na luta política depois de 1° de janeiro de 2011, o presidente Lula vai dando sinais da disposição de avançar no trabalho que iniciou há décadas para afirmar, desenvolver e fortalecer a esquerda brasileira.

Pode-se dizer que ele despontou para essa função quando foi dirigente sindical e líder inconteste do movimento operário que teve papel decisivo na derrubada da ditadura militar. E, desde então, não parou mais. Ao contrário, acumulou credenciais para colocar-se à frente desse trabalho, como disse ontem (dia 18) na inauguração do Centro de Referência do Trabalhador Leonel Brizola, em Brasília.

Ao lado do histórico “Cavaleiro da Esperança”, Luis Carlos Prestes (que, na década de 1929, liderou a Coluna que atravessou o Brasil lutando contra as oligarquias e, depois, dirigiu o PCB - Partido Comunista do Brasil) Lula é com certeza a principal liderança popular de nosso país. Suas credenciais para trabalhar pela união das esquerdas incluem desde a passagem pela direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, depois o enfrentamento da perseguição policial e da prisão, a construção do Partido dos Trabalhadores, o mandato como deputado constituinte em 1987/1988, as inúmeras disputas presidenciais de 1989 até a vitória de 2002, os oito anos como presidente da República e a projeção internacional que seu nome ganhou.

Nesse longo período, teve a oportunidade privilegiada de ser o interlocutor de todas as forças de esquerda do Brasil, da América do Sul e do mundo. Ganhou prestígio e aumentou sua experiência pessoal em relação às agendas progressistas, às demandas do povo e dos trabalhadores, e ao trato com as organizações políticas que transformam essas demandas em propostas programáticas.

Lula tem consciência, como reconheceu, que esta não é uma tarefa fácil. Mas ela tem méritos que precisam ser reconhecidos e enfatizados. E a disposição do presidente precisa ser apoiada. Lula já havia defendido, há algum tempo, a constituição de uma “frente ampla” unindo os partidos de esquerda no Brasil que é, tudo indica, o caminho que ele pretende trilhar para unir a esquerda.

A vontade do presidente coincide, também, com o crescimento da consciência social entre os brasileiros, principalmente entre os trabalhadores que, até recentemente, eram relegados à margem das grandes decisões nacionais.

Transformar seus anseios em um programa capaz de unir as organizações políticas que exprimem a variedade dos interesses populares será uma tarefa hercúlea mas necessária. As campanhas eleitorais destas duas últimas décadas acumularam experiência e respeito mútuo entre as organizações, seus dirigentes e militantes, criando as condições para se sonhar com sua atuação conjunta. E revelaram a possibilidade de construção de articulações onde a adesão a um programa comum e avançado caminhe lado a lado com o respeito à integridade organizativa e à identidade ideológica e histórica de cada uma destas organizações.

Os comunistas, que sempre trabalharam pela formação de frentes populares e democráticas, apoiam com vigor o esforço do presidente para unir e fortalecer a esquerda. Fonte: Portal vermelho

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

MÚSICA DO DIA

FESTA PARA COMEMORAR DIREITO A TERRA, ALIMENTAÇÃO E ENERGIA

A comunidade indigena Huni Kuin do Caucho está comemorando conquistas. A festa teve inicio no dia 17 quarta feira e será encerrada no sábado com uma grande manifestação cultural para expressar a alegria e agradecimento pela conquista da demarcação do seu território, a chegada da energia (programa luz pra todos) e construção quatro açudes comunitários.

A demarcação da terra aconteceu 20 anos, agora chegou energia e outros investimento de saneamento e construção de açudes para para criação de peixes e melhoria da alimentação. Neste sábado será comemorado com a presença de várias aldeias e autoridades politicas a "chegada da luz". O programa Luz pra todos colocou energia na casa de 130 famílias indígenas e 20 agricultores e fazendeiros da região.

A energia só chegou com mais rapidez porque a comunidade indígena se mobilizou e fez pressão. Os agricultores e fazendeiros reconhecem e agradecem aos índios pela ajuda e contribuição que deram para conquista desse direito. num gesto concreto de agradecimento, todos estão fazendo doação de um boi para a comemoração. Nesses quatros dias de festa deve ser abatidos mais 20 bois.

Durante os quatros dias festa é intensa, apenas um intervalo para tomar café, almoçar, jantar e tomar banho. Nas suas cantorias eles agradecem o "criador "por conceder saúde, terra e alimentação. Pedem que o milho, a macaxeira, o mudubim, a banana floresçam com vigor e produzam alimentos e
Vida em abundância . Segundo o cacique Naço, seu povo tem alcançado muitas conquistas porque na sua comunidade o interesse não é individual, é coletivo

Peixes dos primeiros açudes comunitários
Os homens na festa com trajes de japins

As mulheres representam as araras
é festa!

Com dois caciques. Biraci Yawanauwá e Naço caxinauwá


As irmãs Huni kuin

Na aldeia a gente pode escolher se toma banho no chuveiro ou no igarapé. preferi a segunda opção

Vídeo de apresentação, "as mulheres guereiras"

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A JUVENTUDE SEGUE

UJS de Tarauacá reorganiza-se para luta da juventude

Revolução cubana se move criticamente sobre si mesma

Aqui houve uma revolução de caráter eminentemente popular. A vitória estratégica, de Fidel, não fala de educação popular; mas se fez

Frei Betto

Em 2011 se completarão 30 anos da minha primeira visita a Cuba. Eu trabalhava no Brasil com o método de Paulo Freire. Queria trazer a Cuba essa contribuição, estava convencido da importância política da metodologia da educação popular. Quando cheguei, havia preconceitos não só para com esta metodologia, mas também em relação à figura de Freire. Seu primeiro livro tinha causado certo receio entre os companheiros do Partido Comunista de Cuba.

Um marxista cristão, soava então contraditório: o marxismo era considerado uma fé e não se podia ter duas.

Então propus em Havana um Encontro Latino-Americano de Educação Popular. Os cubanos prepararam tudo; mas no encontro não havia nem um cubano. Dois anos depois, consegui que a Casa das Américas organizasse um segundo encontro. Vários cubanos compareceram como meros assistentes, diziam que em Cuba tudo era educação popular e não havia necessidade de ter uma equipe para isso. No terceiro encontro, a participação cubana já foi ativa. Assim surgiu a equipe do Centro Martin Luther King.

Mas Paulo Freire não é o primeiro latino-americano a falar dessa metodologia. Para fazer justiça com a história, o primeiro que praticou educação popular foi José Martí. Martí dizia que era necessário levar os professores aos campos. E com eles, a ternura que faz falta aos homens. Seguramente o Che tinha lido essa frase quando disse que havia que endurecer, mas sem perder a ternura. Para Martí, “popular” não o era no sentido de pobre, mas de povo. A distinção rígida que se aplicava na Europa entre classe operária e burguesia, não se aplicava à América Latina. A luta aqui era entre aqueles que lutavam pela justiça e aqueles que tentavam manter a injustiça. Tudo não se explica por origem de classe. Se todos os pobres fossem revolucionários, não haveria capitalismo na América Latina.

Talvez vocês não saibam que é um fato biológico que as águias podem viver 70 anos no máximo. Mas quando chegam aos 30 ou 40, propendem à morte porque suas garras e seu bico já não são fortes para destruir as carnes com que se alimentam. E quando sentem que podem morrer, voam para o alto de uma montanha e arrancam as próprias garras e o bico. Esperam meses ali, até que voltem a nascer. Assim vivem outros 30 ou 40 anos mais. Hoje, a águia é Cuba. Digo-o porque acabo de ler os Lineamentos para o 6º Congresso do Partido Comunista: a Revolução Cubana tem a capacidade de mover-se criticamente sobre si mesma para sair adiante. Suas redes de educação popular têm muita importância nisso.

Assisti muito de perto a queda do Muro (de Berlim) e hoje muitos se perguntam: como é possível que depois de 70 anos de socialismo, a Rússia seja um país conhecido pela extrema corrupção? Algo não funcionou: o socialismo cometeu ali o erro de construir uma casa nova sem saber fazer novos habitantes. Não se fazem homens e mulheres automaticamente. Os que nascem numa sociedade socialista, não nascem necessariamente socialistas. Todo bebê é um capitalista exemplar: só pensa en si mesmo. O socialismo é o homem político do amor. E o amor é uma produção cultural. Seu objetivo final é criar uma comunidade amorosa entre si e o mundo. Às vezes olvidamos um princípio marxista. Eu, frade, fui professor de marxismo e não é a única contradição de minha vida. O ser humano não é mecânico. Há duas coisas que não podem ser previstas matematicamente: o movimento dos átomos e o comportamento humano.

O trabalho político deve ir para cada um dos homens. Por isso a Revolução Cubana resiste, porque não é uma peruca que vai de cima para baixo, mas um cabelo que cresce de baixo para cima. Aqui houve uma revolução de caráter eminentemente popular. A vitória estratégica, de Fidel, não fala de educação popular; mas se fez.

Termino com uma parábola: havia um homem muito formado ideologicamente, poderoso em seu sistema; mas muito infeliz. Saiu pelo mundo na busca da felicidade. Chegou a um país árabe – onde se dão sempre as boas lendas – e quis comprá-la em seus mercados. Disseram-lhe que essa mercadoria não existia, mas por um jovem soube de uma tenda no deserto onde podia encontrá-la. Saiu em sua caravana de camelos, atravessou o deserto e viu a tenda com um cartaz que dizia: “aqui se encontra a felicidade”. Disse à vendedora: “diga-me quanto custa”. E ela respondeu: “não, senhor, aqui não vendemos felicidade, aqui a damos gratuitamente”. E lhe trouxe uma pequena caixa de fósforos com três pequenas sementes: a semente da solidariedade, a da generosidade e a do companheirismo. “Cultive-as – disse – e será feliz”. Muito obrigado.



Frei Betto é escritor, autor de “Cartas da Prisão” (Agir), entre outros livros.

Sombra adverte aos futuros adversários: “O velho Chico voltou!”.
Chico Sombra diz que é a opção do PP para a prefeitura de Tarauacá. Leia mais
Quem vai pagar por isso?

Vai Fechar: Servidores da Creche de Tarauacá estão sem receber salários há seis meses e diretora diz que instituição vai fechar suas portas.


Equipe sem condições de trabalhar

A Creche Criança Feliz em Tarauacá, mantida pela Prefeitura, pode fechar suas portas no próximo dia 30 de novembro. A informação é da Diretora da Instituição Professora Francisca Rodrigues.

Segundo a diretora a situação é caótica pois mais de 30 servidores dos 45 lotados na creche, estão com salários atrasados há seis meses (meio ano). Desses, 16 já pararam de trabalhar e 17, ainda sonham em receber seus vencimentos.
"Se ninguém tomar providências nós vamos parar no próximo dia 30 pois, não sou irresponsável e não vou arriscar em funcionar a instituição nas atuais condições que se encontra. É um risco para as crianças e eu tenho um nome a zelar" Desabafou a diretora. A Creche atende cerca de 240 crianças. Leia mais aqui e aqui

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Blocão, bocão!

PMDB monta "blocão" mas tergiversa sobre disputar Câmara com PT

Mesmo antes da posse dos novos deputados, marcada para 1º de fevereiro de 2011, cinco partidos oficializaram nesta terça-feira (16) a formação de um blocão, que contará com 202 deputados federais, 55 deputados a menos que a maioria da Câmara. O bloco será formado por partidos de centro-direita PMDB, PP, PR, PTB e PSC. Leia mais

Moisés na academia


"O tempo da delicadeza não pôde ser experimentado"

Por Moisés Diniz


Acabo de participar de um encontro muito especial, uma Sessão da Academia Acreana de Letras, intitulada 'PANEGÍRICO', do grego πανηγυρικός. O termo designa o discurso que exalta as qualidades de uma pessoa recentemente falecida.

Hoje a Academia Acreana de Letras homenageou os imortais Josué Fernandes, através do professor Carlos Alberto e Luiz Cláudio, através da professora Robélia Fernandes, a minha madrinha, que me indicou para a Academia.

Tive ainda o prazer de conviver, por algumas horas, com personalidades ilustres como Luisa Lessa, Florentina Esteves, Jorge Arakem, Clara Bader, Álvaro Sobralino e Clodomir Monteiro.

O ponto alto ficou por conta do discurso (panegírico) da professora Edir Figueira, que homenageou o ex-Governador Geraldo Mesquita. Um texto longo, profundo e irreverente, na palavra leve de uma educadora espetacular.

Hoje reproduzo aqui o belo discurso de Edir Figueira sobre o barão socialista,

GERALDO GURGEL DE MESQUITA
Uma leitura para elevar o espírito

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

MÚSICA DO DIA

Endenda o que é a guerra cambial e como ela afeta o Brasil

A TV Vermelho selecionou alguns vídeos para ajudar a explicar o que é a guerra cambial e como ela afeta o mundo e, consequentemente, o Brasil. Além disso, você vai saber mais sobre o encontro dos G20, que terminou dia 12 na Coréia do Sul, e que buscou medidas para evitar um impacto ainda mais desastroso na economia mundial após o início da guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos.

Via de regra a TV Globo insiste em esconder que os EUA são os verdadeiros culpados pela guerra cambial, colocando no alvo a gigante economia da China. Porém, a reportagem abaixo destoa um pouco desta linha editorial. De maneira muito didática e precisa explica como começou a guerra cambial e por que você deve se preocupar com ela:


Já a reportagem da TV Record esclarece quais foram os resultados do encontro das 20 maiores economias do mundo, o grupo dos G20, para tentar enfrentar a guerra cambial:

domingo, 14 de novembro de 2010

Encontro de Raízes na curva do Rio

Como havia prometido, publico em vídeo, parte do papo agradável e divertido com o Cacique Bruno Brandão no ano do centenário de sua existência. Bruno nasceu no seringal Tamandaré alto Rio Tarauacá, lugar onde eu também nasci. Aos 100 de idade bruno demonstra uma lucidez impressionaste, melhor, uma saúde de ferro. veja

sábado, 13 de novembro de 2010

MÚSICA DO DIA

"UM FEROZ PRECONCEITO CONTRA A CIDADANIA DOS MISERÁVEIS"

Por Inés Nassif

O Brasil elegeu, por dois mandatos, um ex-metalúrgico como presidente da República. Agora elege uma mulher. Ambos de centro-esquerda. Para quem assistiu de fora a eleição de Dilma Rousseff e os dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pode parecer que o país avança celeremente para uma civilizada socialdemocracia e busca com ardor o Estado de bem-estar social. Para quem assistiu de dentro, todavia, é impossível deixar de registrar a feroz resistência conservadora à ascensão de uma imensa massa de miseráveis à cidadania.

Ocorre hoje um grande descompasso entre classes em movimento e as que mantêm o status quo; e, em consequência de uma realidade anterior, onde a concentração de renda pessoal se refletia em forte concentração da renda federativa, há também um descompasso entre regiões em movimento, tiradas da miséria junto com a massa de beneficiados pelo Bolsa Família ou por outros programas sociais com efeito de distribuição de renda, e outras que pretendem manter a hegemonia. A redução da desigualdade tem trazido à tona os piores preconceitos das classes médias tradicionais e das elites do país não apenas em relação às pessoas que ascendem da mais baixa escala da pirâmide social, mas preconceitos que transbordam para as regiões que, tradicionalmente miseráveis, hoje crescem a taxas chinesas.

A onda de preconceito contra os nordestinos, por exemplo, é semelhante ao preconceito em estado puro jogado pelos setores tradicionais no presidente Luiz Inácio Lula da Silva e na própria eleita, Dilma Rousseff, durante a campanha eleitoral. É a expressão do temor de que os "de baixo", embora ainda em condições inferiores às das classes tradicionais, possam ameaçar uma estabilidade que não apenas é econômica, mas que no imaginário social é também de poder e status.

São Paulo foi a expressão mais acabada da polarização eleitoral entre pobres de um lado, e classe média e ricos de outro. Os primeiros aderiram a Dilma; os últimos, mesmo uma parcela de classe média paulista que foi PT na origem, reforçaram José Serra (PSDB). A partir de agora, pode também polarizar a mudança política que fatalmente será descortinada, à medida que avança o processo de distribuição regional de renda e de aumento do poder aquisitivo das classes mais pobres. A hegemonia política paulista está em questão desde as eleições de 2006 - e Lula foi poupado do desgaste de ter origem política em São Paulo porque era também destinatário do preconceito de ter nascido no Nordeste; e, principalmente, porque foi o responsável pela desconcentração regional de renda.

Com a expansão do eleitorado petista no Norte e no Nordeste do país, houve uma natural perda de força dos petistas paulistas, diante do PT nacional. Do ponto de vista regional, o voto está procedendo a mudanças na formação histórica do PT, em que São Paulo era o centro do poder político do partido. Isso não apenas pelo que ganha no Nordeste, mas pelo que não ganha em São Paulo: o partido estadual tem dificuldade de romper o bloqueio tucano e também de atrair de novos quadros, que possam vencer a resistência do eleitorado paulista ao petismo.

No caso do PSDB, todavia, a quebra da hegemonia paulista será mais complicada. Os tucanos continuam fortes no Estado, têm representação expressiva na bancada federal e há cinco eleições vencem a disputa pelo governo do Estado. No resto no do país, têm perdido espaço. Parte do PSDB concorda com o diagnóstico de que a excessiva paulistização do partido, se consolida seu poder no Estado mais rico da Federação, tem sido um dos responsáveis pelo seu encolhimento no resto do Brasil. Mas é difícil colocar essa disputa interna no nível da racionalidade, até porque o partido nacional não pode abrir mão do trunfo de estar estabelecido em território paulista; e, de outro lado, o partido de Serra tem uma grande dificuldade de debate interno - como disse o governador Alberto Goldman em entrevista ao Valor, é um partido com cabeça e sem corpo, isto é, tem mais caciques do que base. Não há experiência anterior de agregação de todos os setores do partido para discutir uma "refundação" e diretrizes que permitam sair do enclave paulista. Não há experiência de debate programático. E aí o presidente Fernando Henrique Cardoso tem toda razão: o PSDB assumiu substância ideológica apenas ao longo de seu governo. É essa a história do PSDB. A política de abertura do país à globalização, a privatização de estatais e a redução do Estado foram princípios que se incorporaram ao partido conforme foram sendo assumidos como políticas de Estado pelo governo tucano.

Todos os partidos, sem exceção, estão diante de um quadro de profundas mudanças no país e terão que se adaptar a isso. Fora a mobilidade social e regional que ocorreu no período, houve nas últimas décadas um grande avanço de escolaridade. A isso, os programas de transferência de renda agregaram consciência de direitos de cidadania. O país é outro. Não se ganha mais eleição com preconceito - até porque o voto do alvo do preconceito tem o mesmo valor que o voto da velha elite. Se os grandes partidos não se assumirem ideologicamente, outros, menores, tomarão o seu espaço.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

MÚSICA DO DIA

Seminário internacional trará experiências indígenas de nove países da amazônia


Encontro será realizado no Acre entre 15 e 19 deste mês


Debate pretende promover um avanço na agenda da autonomia dos povos indígenas na gestão de seus territórios Com o objetivo de promover um balanço das experiências de mapeamentos participativos e de gestão territorial conduzidas na Amazônia Brasileira e hispânica, o Seminário Internacional: Mapeamentos Participativos e Gestão de Territórios Indígenas na Amazônia pretende reunir entre os dias 15 e 19 deste mês representantes do movimento indígena, da sociedade civil e de governos do Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Suriname, Guiana Inglesa e Guiana Francesa em Rio Branco, para discutir essa agenda. O estado da arte e os aprendizados das iniciativas, bem como abordagens, conceitos e metodologias empregadas avaliando suas repercussões para a garantia do bem-estar e da autonomia dos povos indígenas, são questões que deverão ser abordadas no encontro.

O seminário é uma iniciativa de um amplo conjunto de organizações indígenas e não-indígenas da Amazônia. O comitê executivo do evento é composto pela Comissão Pró-Indio do Acre (CPI Acre) e o Governo do Estado do Acre, por meio da Assessoria Especial dos Povos Indígenas (AEPI), e de Meio Ambiente (SEMA) e pelo Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB). A atual conjuntura socioambiental dos povos e territórios indígenas nos países que partilham o bioma Amazônia tem características semelhantes: os movimentos indígenas amazônicos vivem hoje a transição da exclusiva luta pela terra para a consolidação do controle territorial. Por um lado demandam reconhecimento, visibilidade e respeito para suas práticas e saberes associados ao manejo de recursos naturais e, por outro, buscam ampliar habilidades para lidar com os desafios da gestão territorial. Para debater o impacto desses desafios, à escala da Amazônia, é indispensável trocar experiências e conhecimentos entre os povos indígenas e as políticas públicas desenvolvidas em cada país.

Durante o encontro, representantes de associações indígenas e técnicos de organizações parceiras irão apresentar conceitos e metodologias empregados nos processos de gestão territorial indígena nos diferentes países. O debate pretende promover um avanço na agenda da autonomia dos povos indígenas na gestão de seus territórios. A proposta é também contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas, que devem ter como eixo principal a garantia da titularidade e a integridade dos territórios indígenas na Amazônia.

Um dos pontos altos da programação é a Feira de Exposição de Experiências. A atividade, que acontece no Centro de Formação dos Povos da Floresta, é um espaço para que os participantes troquem informações, materiais e produtos relacionados aos conhecimentos acumulados de cada país.

Agencias de notícias do Acre