sábado, 29 de janeiro de 2011

MÚSICA DO DIA


Um domingo para lembrar a voz inesquecivel de Jessé

Big Brother Brasil


Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Por Antonio Barreto*

Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.

Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.


A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…

* Antonio Barreto é cordelista, natural de Santa Bárbara (BA)



Para quem quer o exercício da função pública: A probidade em 18 lições

Os atores públicos devem possuir a exata noção entre o exercício da autoridade e aquele do poder.

Por Fausto Martin De Sanctis.

O tema corrupção ainda provoca muito alarde, um indicativo de que não é entendido como parte das “regras do jogo” ou da “manutenção de governabilidade” ou “em política quase tudo é permitido” ou, finalmente, como algo do senso comum, que “sempre foi e é assim”.

Trata-se de questão que está a exigir soluções. Para tanto, sugere um campo de compreensão social que deve se iniciar no indivíduo. Requer a adoção de uma forma de agir que nasça no âmbito de ação de cada um de molde a refletir-se no tecido social como um todo, inclusive no campo político-social. Algo a ser defendido contra a apropriação privada tendo por base o bem comum.

Os atores, quando públicos, devem possuir exata noção entre o exercício da autoridade e o do poder, caso em que passam a servir e não a ser servidos. O primeiro constitui a faculdade de fazer de boa vontade, como deferência aos atributos da honestidade, exemplaridade, respeito e atitude. Já o segundo significa a capacidade de exigir pela força, pela coação, devendo apenas ser exercido quando quebrado o uso legítimo da autoridade.

Os particulares, por sua vez, não podem compactuar com tolerâncias recíprocas, alianças e cumplicidades que acabam mantendo uma determinada ordem social, ao mesmo tempo em que comportam movimento de constante negociação e consentimento de acordo com as forças em disputa, até o momento em que o Estado se vê ameaçado mesmo em seus fundamentos.

Logo, a definição do que será ou não tolerado depende da posição de todos nós, agentes públicos ou não.

O exercício do “mal público” não seria, pois, exclusivo dos servidores, porquanto a troca de favor entre quem detém o poder econômico ou o de disposição de vantagem ilícita e aquele que possui o poder de decisão requer a atua-ção de alguém que almeja práticas ilegais e injustas.

A corrupção significa, claramente, o desprezo real pelo amor ao próximo, pelos valores permanentes de Justiça. É a coroação do egocentrismo. Compreende a perda da medida do que é vida justa em comum.

Suas causas são conhecidas com realce:- instituições deficientes, falta de transparência, brechas legais, mecanismos inadequados ou insuficientes de controle e avaliação.

Se a democracia significa um conjunto de regras fundamentais que estabelece quem está autorizado a tomar decisões, de que forma e em nome do interesse público, ela se vê ameaçada quando a corrupção apresenta-se sistêmica (“jeitinho” em todo lugar).

O Poder Judiciário assume importância crucial enquanto instrumento de controle diferencial das desigualdades, o qual não pode referendar a desordem calculada, ou seja, a relação instável entre o legal e o ilegal, uma vez que passaria a se constituir num instrumento que ratifica, dada a insegurança jurídica, a estratificação ou a desigualdade. Daí por que deve refletir o seu papel. Não se pode esquecer que um sistema judicial criminal tímido ou inoperante torna ineficiente qualquer mecanismo legal e institucional projetado para conter o crime de maneira eficiente e honesta.

O poder político (Executivo e Legislativo), por sua vez, deve se afastar das irresoluções políticas com a edição de leis, códigos ou regulamentos inadequados- ou ineficazes (complexidades para vender facilidades), numa equação em que o universal (a impessoalidade) é dirigido para o benefício de poucos.

A imprensa possui também papel primordial, já que, dentre outras funções, assume atividade informativa e, eventualmente, investigativa, quando da inércia ou do mau funcionamento dos órgãos competentes.

Se desejamos um país melhor, devemos tomar a luta para nós, denunciando, protestando, cobrando e, principalmente, servindo de exemplo.

É necessário fazer a polícia, o Ministério Público e o Judiciário trabalharem melhor, não com alterações risíveis do Código de Processo Penal, que visam amesquinhar a função judicial do compromisso com a verdade real- (estabelecendo um juiz autômato) ou torná-la de uma complexidade inútil e desnecessária com criação de mais um juiz atuando em primeira instância, com evidente perda de conhecimento sobre os fatos (juiz das garantias).

Apontam-se as seguintes sugestões:

1. Reforçar a liberdade de imprensa como preceito indispensável à sociedade democrática e instrumento vital ao Estado de Direito, vedando-se qualquer tentativa de manipulação e controle.

2. Reconhecer a legitimidade do uso das Técnicas Especiais de Investigação (Delação Premiada, Interceptação do Fluxo de Dados, inclusive telefônicos, Transferência de Sigilos, Ação Controlada etc.), bem como admitir denúncias anônimas, desde que consistentes, atendendo à Convenção da ONU contra a Corrupção.

3. Extinguir o Foro por Prerrogativa de Função, tanto nos casos de crimes propriamente ditos quanto para a apreciação da Ação de Improbidade Administrativa (nas hipóteses de crime de responsabilidade configurada), diante da notória complexidade e morosidade.

4. Premiar não somente o delator (Delação Premiada), mas também as pessoas que colaborarem para a recuperação de dinheiro desviado, com uma porcentagem sobre este.

5. Tipificar, atendendo à mesma Convenção da ONU, o crime de enriquecimento ilícito para o funcionário público que possuir, mantiver ou adquirir- para si ou para outrem de forma injustificada bens ou valores de qualquer natureza incompatíveis com a renda ou com a evolução patrimonial.

6. Criar a Ação Civil de Extinção de Domínio para recuperação no campo cível de valores ilícitos sem que haja necessidade de uma sentença penal.

7. Ampliar a Responsabilidade Penal das Pessoas Jurídicas para a Lavagem de Dinheiro como preconiza a Constituição Federal e recomenda o Grupo de Ação Financeira Internacional sobre Lavagem de Dinheiro (Gafi).

8. Extinguir a prescrição da pretensão punitiva intercorrente (que ocorre após o trânsito para a acusação).

9. Estabelecer a independência funcional e administrativa da Polícia Federal.

10. Redefinir o instituto do habeas corpus- para abarcar a possibilidade de impetração aos casos de violência ou coação da liberdade de locomoção nas hipóteses de nulidade manifesta e quando não previsto recurso com efeito suspensivo.

11. Regulamentar o transporte de valores em espécie em âmbito nacional para as Pessoas Físicas.

12. Exigir a identidade completa dos beneficiários, a obtenção da qualificação dos reais investidores, ainda que pertencentes a empresas com sede no exterior, e a identificação dos sócios e administradores que se encontram ocultos em offshores domiciliadas em paraísos fiscais.

13. Incriminar a não comunicação de operação financeira, o seu retardamento, a prestação incompleta ou falsa, bem como a estruturação de transações ou operações para inibir comunicação obrigatória.

14. Estabelecer critérios de nomeação de ministros e conselheiros dos Tribunais de Contas e Superiores, bem como de advogados e membros do Ministério Público (Federal ou Estadual) ao quinto constitucional, para evitar tentativa de ingerências políticas, reforçando a credibilidade das decisões e prevalecendo o prestígio do cargo, que é público.

15. Criar forças-tarefas permanentes para estudo específico de informações obtidas, com regramento claro para seu funcionamento.

16. Obrigar que o mesmo membro do Ministério Público tenha atribuição para crimes de corrupção e para as ações de improbidade administrativa.

17. Aprovar lei que verse sobre intervenções de interesse (lobby), bem ainda conflito de interesses entre as atividades públicas e privadas dos agentes públicos.

18. Obrigar a comunicação de operações suspeitas pelos profissionais que prestam serviços não financeiros (contábeis, de assessoria etc.), bem como pelos Cartórios de Registro de Imóveis.

Os governantes devem entender que o único pronome possessivo a ser invocado nessa questão é o da primeira pessoa do plural, ou seja, o nosso, do povo brasileiro. Do contrário, não há defesa intransigente dos verdadeiros valores sociais.

Fausto Martin de Sanctis é juiz federal e escritor

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Prefeito recebe a visita do secretário-geral do Instituto Ecumênico Fé e Política do Acre

O prefeito em exercício Eduardo Farias recebeu ontem pela manhã, 27, em seu gabinete, o secretário-geral do Instituto Ecumênico Fé e Política (IEFP/Acre), Ma-noel Pacífico da Costa.

O secretário-geral do Instituto trouxe ao prefeito Eduardo Farias o convite e a programação da primeira reunião do instituto para 2011. O encontro da entidade acontece no sábado pela manhã, 29, na sala de reuniões do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac). Manoel Pacífico é ex-padre, ex-deputado estadual e um dos fundadores do PCdoB no Acre.


O instituto ecumênico foi criado em 2007 e é a principal ferramenta do Movimento Fé e Política no Estado do Acre. Trata-se de uma entidade civil, democrática e pluralista, que reúne pessoas de diversas igrejas e denominações religio-sas, como católicos, evangélicos, espíritas e daimistas.

A instituição tem a finalidade de promover atividades educativas de caráter ecumênico, a partir da cooperação entre igrejas e instituições religiosas. O instituto passa a ser um espaço para o aprendizado, a realização de seminários, de fóruns e de cursos destinados a construção de um novo modelo de sociedade mais justo e fraterno. (Ascom PMRB)

Meu comentário: Manoel Pacifico, ex-padre e ex-deputado do PCdoB é uma figura humana que tenho imenso respeito e admiração. Foi um dos principais responsáveis pela formação da minha comcepção e consciência politica. Um grande companheiro que continua com a mesma humildade e compromisso. Uma figura Rara. O encontro entre o prefeito Eduardo e ex-deputado pacifico simboliza o que existem de melhor. São dois militantes de causas.

MÚSICA DO DIA



Mais de 85% de jovens no Brasil creem em futuro promissor, diz pesquisa




BBC Brasil

A juventude brasileira é a segunda mais otimista em relação ao seu futuro pessoal e a terceira a considerar que as perspectivas de seu país são promissoras, segundo a pesquisa “2011 – A Juventude do Mundo”, divulgado pela Fundação para a Inovação Política (Fundapol) da França na noite de terça-feira.

A pesquisa revela as aspirações, os valores e as preocupações atuais dos jovens no mundo. Ela foi realizada em 25 países em cinco continentes, com 32,7 mil pessoas.

Segundo o estudo, 87% dos jovens brasileiros consideram que seu futuro será promissor, atrás apenas dos indianos (90%).

Em relação ao futuro de seus países, o otimismo dos jovens do Brasil fica em terceiro lugar: 72% acreditam que ele também será promissor. Na Índia, o índice foi de 83% e, na China, de 82%.

No entanto, apenas 17% dos jovens gregos, 23% dos mexicanos, 25% dos alemães e 37% dos americanos consideram que o futuro de seus países será promissor.

Os jovens das grandes potências emergentes também são os que mais têm confiança de que terão um bom emprego no futuro. No Brasil, esse índice é de 78%. No Japão, somente 32% acham que isso irá ocorrer.

A juventude da Índia, da China e do Brasil também é a que mais vê a globalização como uma oportunidade e não como uma ameaça. Os números são, respectivamente, 91%, 87% e 81%.

“De uma maneira geral, se considerarmos outros itens da pesquisa, podemos considerar que a juventude brasileira é de longe a campeã de otimismo”, disse à BBC Brasil Dominique Reynié, coordenador-geral do estudo e diretor do centro de estudos francês Fondapol.

Poluição

O vasto estudo, que totaliza mais de 26 mil páginas, abordou 224 temas variados, que vão desde questões econômicas, como emprego e aposentadoria, à confiança nas instituições políticas ou na polícia, além de assuntos ligados à religião, família, sexo, ecologia e internet, entre outros.

Alguns elementos dessa ampla pesquisa, que ainda está sendo compilada em um livro de cerca de 500 páginas, foram divulgados em um evento na noite de terça-feira em Paris.

Segundo a pesquisa, os jovens chineses são os mais preocupados com a poluição (51%). Em uma questão sobre as três maiores ameaças para a sociedade, a poluição, para os chineses, representa um problema maior do que a fome ou a pobreza (43%).

Já no Brasil, 61% afirmam que temem mais a fome ou a pobreza do que a poluição (45%), como na maioria dos países que integram o estudo.

A juventude brasileira é a quarta que se diz mais disposta a dedicar tempo à religião (58%), atrás do Marrocos (90%), da África do Sul (72%) e da Turquia (64%) e à frente de Israel (52%). Já na França e na Espanha, esse índice é de apenas 15%.

Mais de um terço dos jovens brasileiros acha que as relações sexuais só devem ser permitidas no casamento, segundo a pesquisa. A média da União Europeia é de 20%.

Em relação às prioridades para os próximos 15 anos (o questionário permitia escolher três em uma lista de dez), 60% dos jovens indianos afirmam que querem ganhar muito dinheiro.

Mas apenas 24% responderam que ter filhos é um dos projetos importantes nesse período.

No Brasil, ganhar muito dinheiro também é uma prioridade para 47% dos jovens (média semelhante à da União Europeia).

E 39% afirmam que ter filhos é um dos três projetos prioritários nos próximos 15 anos, diz o estudo.

A pesquisa descobriu ainda que 39% dos jovens brasileiros dizem não estar dispostos a pagar pelas aposentadorias das gerações anteriores, somente 27% dizem confiar no Congresso e 62% preferem uma sociedade com distribuição de riquezas a uma sociedade que recompensa o esforço individual – índice próximo aos dos países escandinavos ou da França e bem acima dos outros grandes países emergentes.
Perpétua: O Código Florestal precisa mesmo ser mudado


A deputada Perpétua Almeida (PCdoB) chega a Brasília para cumprir o seu terceiro mandato como deputada federal eleita pelo Acre. A maior preocupação dela é a mesma dos mandatos anteriores – o desenvolvimento da região Amazônica, embora reconheça que está na Câmara dos Deputados para pensar nos problemas do País como um todo. Outra preocupação que manifesta no início dos trabalhos legislativos é não cair na rotina. “Vou buscar fazer um mandato como se fosse o primeiro”, afirma.

LEIA A ENTREVISTA DE PERPÉTUA NO PORTAL VERMELHO

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Moisés Diniz: É tempo de perceber a essência


Hoje eu acordei cedo para coordenar duas ações principais do dia: concluir a composição da chapa à Mesa Diretora da Assembléia Legislativa e mediar o diálogo entre PMs Voluntários e o Governo.


Logo cedo fui surpreendido pelo acampamento dos PMs Voluntários em frente à Aleac, o que provocou a suspensão do diálogo. É que não havia necessidade de pressão, já que a negociação estava aberta, inclusive com reunião agendada.


Mas, como se trata de sobrevivência, de luta pelo emprego, de sustento da família, de pessoas que cuidavam da nossa segurança, nós estamos trabalhando com o máximo de boa vontade e paciência. Acredito que amanhã chegaremos a um bom termo.


No meio dessas duas demandas principais, inúmeros problemas que chegam dos bairros, dos municípios, da sociedade que vive um momento de transição e de todo tipo de dor.


Dezenas de telefonemas que não pude retornar, porque o tempo não permitiu, pedidos inconfessáveis, demandas reprimidas, como se fosse possível atender todas as necessidades. E olhe que ainda estamos em recesso parlamentar.


Tem horas que dá vontade de desistir, voltar para a minha querida Tarauacá e, nos finais de tarde, poder jogar o meu futebol, visitar os amigos e não permitir que, cada vez mais, eu me distancie das pessoas que sempre me fizeram bem.


A luta política é inglória, você se esforça para ser honesto e não convence, luta pelo coletivo, mas ganha a imagem de que vive pelo individual, enxuga gelo todo dia, porque na manhã seguinte os problemas só mudam de nome, de endereço e de RG.


Hoje eu tratei de problemas tão variados que se fosse médico, não seria especialista, seria um clínico geral. E por ser assim, você fica na superficialidade, não tem tempo de dialogar melhor, de ouvir com atenção, de perceber a essência e, muitas vezes, comete injustiças, cuidando de quem não precisava de atenção.


Enquanto isso, os mais pobres ficam sem a minha visita, os mais distantes sem a minha presença e o tempo vai passando e a gente envelhecendo. Por isso que eu acho que precisamos despertar para novos horizontes, novas formas de fazer política e encontrar um novo jeito de cuidar das pessoas.


É preciso olhar para as nossas pegadas na areia e descobrir se estamos andando sozinhos, achando que estamos andando juntos, só porque conversamos ao telefone, no msn ou pelos jornais.


É preciso a gente encontrar um jeito de não andar só nesse mundo que se acha moderno e interativo, com internet e celular, mas assiste ao aumento de sofrimentos e doenças que a humanidade não conhecia nos primórdios.


O homem moderno está cada vez mais sozinho, mais angustiado, mais cercado pelos seus semelhantes que se tornaram lobos, apesar de usarem perfume francês.


Hoje foi um dia horrível, mas eu aprendi com ele que a gente precisa ter fé no futuro e olhar além do horizonte. Perceber a luz e a sombra em eterna disputa entre os nossos dedos.

E amar mais, mesmo que isso nos custe caro.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

As tragédias de janeiro e a demanda por uma reforma urbana


As cenas, infelizmente, se repetem a cada ano, todo mês de janeiro, são chuvas torrenciais (fenômeno natural do período) que provocam enchentes, deslizamentos de encostas, alagamentos, destruição de casas – e que levam consigo vidas humanas. No geral, ocorrem em áreas habitadas por populações pobres, sem maiores alternativas para a escolha de um lugar seguro de moradia, que enfrentam toda sorte de mazelas e descasos, como a ausência de uma adequada infraestrutura urbana.
O que ocorreu na Região Serrana do estado do Rio de Janeiro chamou atenção do país pelo violento impacto da destruição das cidades e pela quantidade do número de vitímas, milhares de desabrigados e centenas de mortos.

As medidas iniciais adotadas pelo poder público visam atender as consequências imediatas da tragédia, o que revelou também a falta de um mecanismo eficaz e permanente de enfrentamento de desastres naturais no país.

O que ocorreu no estado do Rio pode acontecer em qualquer capital ou região metropolitana do país, dada a dimensão alcançada das ocupações em áreas de risco. São milhões de brasileiros convivendo com o perigo constante e na maioria das vezes enfrentando ainda a hostilidade e o descaso do poder público.

Por uma reforma urbana inclusiva e democrática

No entanto, uma questão que precisa de um sério debate e de efetivas ações de políticas públicas está relacionada com a necessidade de uma reforma urbana no país, que reordene todo o marco legal do uso do solo e que forneça novas diretrizes, principalmente na esfera ambiental, para os planos diretores das cidades; e ao mesmo tempo, regulamente de fato os dispositivos preconizados pelo estatuto das cidades. Todos esses instrumentos legais esbarram na sua aplicação com os interesses de setores vinculados à especulação imobiliária e ao controle patrimonialista de bens e serviços urbanos.

Portanto, a luta por uma reforma urbana, requer além da vontade política dos governantes nos três níveis – federal, estadual, municipal – uma pressão organizada da sociedade, que assegure a amplas camadas da população, prioritariamente ao povo trabalhador, o acesso aos programas habitacionais, garantindo com isso moradia digna, aos serviços públicos essenciais e demais equipamentos urbanos.

Trata-se também de uma conquista civilizatória: humanizar as cidades! Afinal, os nossos antepassados gregos imaginaram as polis como grandes centros de convivência dos homens, espaços para o desenvolvimento das potencialidades humanas. As rápidas transformações urbanas do século passado e as inovações do presente exigem a recuperação desse imaginário, redimensionando as cidades como espaços do trabalho, da cultura, lazer e, fundamentalmente, da beleza.


*Milton Alves , jornalista,
VOCÊ É CAPAZ DE SE INDIGNAR COM INJUSTIÇA. VEJA AQUI

MÚSICA DO DIA

Um país de todos


Desde Vargas, nenhum outro Presidente viu o mapa do Brasil inteiro, diante de si, como Lula.

Lula acelerou dois movimentos de mobilidade: vertical, com a ascensão social; e na horizontal, com a integração do País, economicamente.

E o Farol de Alexandria continua a achar, na sua secundária perspectiva, que a Dilma e o Lula não tem estratégia – clique aqui para ver como Nassif disseca a subalternidade do pensamento do Farol de Alexandria.

JK levou o Brasil para São Paulo.

Lula levou o Brasil para o Brasil, inteiro
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ProUni já tem quase 784 mil inscritos; prazo termina nesta 3ª




O Programa Universidade para Todos (ProUni) registrou, até as 19h30 desta segunda-feira (24), 784 mil inscritos para as 123,1 mil bolsas de estudo — 80.520 integrais e 42.650 parciais (50% da mensalidade). Já eram seis candidatos para cada vaga ofertada. O prazo para inscrição acaba às 23h59 desta terça (25).


Para participar, o candidato precisa ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou em estabelecimento privado com bolsa integral, além de atender a alguns critérios de renda. As bolsas integrais são destinadas a alunos com renda familiar mensal per capita de até 1,5 salário mínimo. Já as parciais se destinam a candidatos com renda familiar mensal per capita de até três salários mínimos.

O estudante precisa ainda ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010 e atingido pontuação mínima de 400 pontos na média das cinco provas. O candidato não pode ter tirado zero na redação. Os interessados devem acessar a página eletrônica do Prouni (prouniportal.mec.gov.br) e informar o número de inscrição e a senha usados no Enem de 2010 e o CPF.

O candidato pode escolher até três cursos, elegendo uma prioridade. A lista dos pré-selecionados em primeira chamada será divulgada na próxima sexta-feira (28). Esses estudantes deverão comprovar informações nas instituições de ensino até 4 de fevereiro. No dia 11 de fevereiro, será divulgada a lista dos pré-selecionados em segunda chamada, com prazo de comprovação de documentos até 17 de fevereiro.

Caso ainda haja bolsas disponíveis, o Ministério da Educação abrirá um novo período de inscrições entre os dias 21 e 24 de fevereiro, com divulgação da primeira lista de pré-selecionados em 27 de fevereiro. Quem já tiver conseguido uma bolsa na primeira etapa de inscrições não poderá participar da disputa.

da Agência Brasil

domingo, 23 de janeiro de 2011

Tarauacá, problemas e respostas

A tragédia que se abateu sobre a região serrana do Estado do Rio de Janeiro, culminando com a morte de mais de 700 pessoas, é mais um dos capítulos de uma longa novela que vem se arrastando há décadas nas grandes e pequenas cidades do país.


Hoje quase todo debate sobre as relações entre causa e efeito desses acontecimentos dramáticos é feito com base nas teorias sobre o aquecimento global. Essa preocupação é necessária, entretanto acho que o mais urgente é enxergar melhor os problemas mais concretos tais como: Saneamento, habitação, planejamento, reforma urbana e inclusão social. Ao longo dos tempos prefeitos e administradores (quando fazem) priorizam obras visíveis como forma mais de promoção pessoal que social.

Em Tarauacá, uma cidade com 20 mil habitantes urbanos, a situação já é vexatória. Sofremos com enchentes e uma cruel falta de respeito ao direito a todos, uma cidade habitável e humana. Não temos nem obras de infra-estrutura urbana visíveis. Não houve e não hã planejamento urbano, saneamento, coleta de lixo adequada, espaços públicos que ofereçam a população cidadania e vida urbana decente. Além dos mais, temos um déficit habitacional e indicadores de exclusão social gigantesco.


Os desafios para reverter esses quadro requer imensos esforços e combate às desigualdades sociais, à brutal concentração da renda e um projeto de infra-estrutura que contemple as demandas de uma cidade habitável, humana e projetada para o futuro. São tarefas de enfrentamento aos problemas estruturais que jamais foram enfrentados e resolvidos.

Quem vai ao Bairro da Praia, Triângulo e mesmo o Bairro Novo, ver o quanto é preciso mudar. Essas regiões da cidade foram ocupadas pela população mais pobre sem nenhum planejamento e intervenção de obras de infra estrutura.

Sem dinheiro para comprar terrenos habitáveis e a necessidade imperiosa de morar próximo da margem do rio e do centro, inchou a cidade e virou um caos. Hoje necessita de urgentes reformas. A realidade atual impõe a necessidade de execução de um avançado projeto social.

Algumas imagens da paisagem urbana







DESCULPEM MINHA IGNORÂNCIA

Uma castanheira centenária situada na rua Dr. Sansão Gomes, ao lado da escola Tupanir Gaudêncio, foi destruída e transformado em lenha. A direção da escola me procurou para pedir informação sobre quem poderia recorrer para impedir a derrubada da Árvore.

Tentei ajudar ligando para algumas pessoas com intuito de obter informações e avaliar a possibilidade de paralisar a operação. Não teve jeito, fui informado que decisão de derrubar a castanheira estava amparada numa autorização da secretária municipal do meio ambiente. Eu não sabia que existia essa secretária, desculpem minha ignorância e da direção da ESCOLA.


EVALDO FREIRE NO "CHEGA MAIS"


Evaldo Freire abriu a festa com essa música. O povo vibrou!

sábado, 22 de janeiro de 2011

Emir Sader: Os prostíbulos do capitalismo

Os chamados “paraísos fiscais” são verdadeiros prostíbulos do capitalismo. Nesses territórios se praticam todos os tipos de atividade econômica que seriam ilegais em outros países, captando e limpando somas milionárias de negócios como o comércio de armamentos, do narcotráfico e de outras atividades similares.

Os paraísos fiscais, que devem somar um total entre 60 e 90 no mundo, são micro-territórios ou Estados com legislações fiscais frouxas ou mesmo inexistentes. Uma das suas características comuns é a prática do recebimento ilimitado e anônimo de capitais. São países que comercializam sua soberania oferecendo um regime legislativo e fiscal favorável aos detentores de capitais, qualquer que seja sua origem. Seu funcionamento é simples: vários bancos recebem dinheiro do mundo inteiro e de qualquer pessoa que, com custos bancários baixos, comparados com as médias praticadas por outros bancos em outros lugares.

Eles têm um papel central no universo das finanças negras, isto é, dos capitais originados de atividades ilícitas e criminosas. Máfias e políticos corruptos são frequentadores assíduos desses territórios. Segundo o FMI, a limpeza de dinheiro representa entre 2 e 5% doi PIB mundial e a metade dos fluxos de capitais internacionais transita ou reside nesses Estados, entre 600 bilhões e 1 trilhão e 500 bilhões de dólares sujos circulam por aí.

O numero de paraísos fiscais explodiu com a desregulamentação financeira promovida pelo neoliberalismo. As inovações tecnológicas e a constante invenção de novos produtos financeiros que escapam a qualquer regulamentação aceleraram esse fenômeno.

Trafico de armas, empresas de mercenários, droga, prostituição, corrupção, assaltos, sequestros, contrabando, etc., são as fontes que alimentam esses Estados e a mecanismo de limpeza de dinheiro.

Um ministro da economia da Suíça – dos maiores e mais conhecidos paraísos – declarou em uma visita a Paris, defendendo o segredo bancário, chave para esses fenômenos: “Para nós, este reflete uma concepção filosófica da relação entre o Estado e o indivíduo.” E acrescentou que as contas secretas representam 11% do valor agregado bruto criado na Suíça.
Em um país como Liechtenstein, a taxa máxima de imposto sobre a renda é de 18% e o sobre a fortuna inferior a 0,1%. Ele se especializa em abrigar sociedades holdings e as transferências financeiras ou depósitos bancários.

Uma sociedade sem segredo bancário, em que todos soubessem o que cada um ganha – poderia ser chamado de paraíso. Mas é o contrário, porque se trata de paraísos para os capitais ilegais, originários do narcotráfico, do comercio de armamento, da corrupção.

Existem, são conhecidos, quase ninguém tem coragem de defendê-los, mas eles sobrevivem e se expandem, porque são como os prostíbulos – ilegais, mas indispensáveis para a sobrevivência de instituições falidas, que tem nesses espaços os complementos indispensáveis à sua existência.


MÚSICA DO DIA

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011


O nó dos médicos formados em Cuba

Médicos formados em Cuba

Laerte Braga

Cidadãos do Haiti (país ocupado pelos EUA com forças auxiliares dentre as quais brasileiras) preferem fazer longas filas diante dos hospitais de campanha montados pelos médicos cubanos logo após o terremoto que devastou o país, que enfrentar o risco dos médicos norte-americanos ou brasileiros.


O risco de médicos brasileiros e norte-americanos não diz respeito à competência, falo da barbárie instalada no país, seja pelo terremoto, é anterior a ele, seja pelas forças de ocupação. Não estão nem aí para a epidemia de cólera, o problema é outro, dentre eles, petróleo.


Cuba não integra o esquema decidido pela OEA – Organização dos Estados Americanos – e está lá por pura solidariedade.


Os médicos norte-americanos, todos formados em portentosas universidades, receberam ordens do comando militar dos EUA proibindo-os de recorrer aos cubanos. Se o paciente vai morrer, paciência; é um sacrifício em prol da “democracia”. Para os cubanos é uma vida que deve ser salva.

O Brasil discute a partir dos interesses dos grandes grupos que controlam a saúde e se beneficiam do festival de privatizações e terceirizações nos três níveis de governo, se o curso de medicina em Havana, onde estão centenas de jovens latino-americanos, preenche as exigências mínimas que o formando seja um bom médico.


Preenche sim, só não preenche os objetivos dos donos da saúde e seus cofres.


Os médicos formados em Cuba têm sido capaz de mostrar competência e eficiência em campos que médicos de faculdades centenárias dos EUA, ou qualquer outro país, não conseguem mostrar, ou mostram igual.


É preciso entender que um cirurgião do porte de Adib Jatene, por exemplo, é como se fosse um Picasso, ou Van Gogh na matéria. Essa é a exceção e não a regra. E Jatene tem consciência social, é bom que se diga.


Há uma diferença abissal entre o ensino de medicina em Cuba e o ensino de medicina no Brasil, se levarmos em conta o nível das faculdades privadas – em sua esmagadora maioria – a diferença fica insuperável.

Escuela Latinoamericana de Medicina - Cuba


É de formação, começa aí. O médico formado em Cuba, com um currículo que o torna apto a ser médico em qualquer parte do planeta, tem a visão de mundo a partir de políticas públicas de saúde, de saneamento básico. O médico brasileiro, se não for integrante das quadrilhas que dominam o setor, vai carregar uma cruz sem tamanho e sabe que vai trabalhar pelo menos doze horas por dia a troco de um salário de irrisório. Qualquer avanço que queira obter, especialização, pós, mestrado, doutorado, etc., vai depender dele, do esforço dele.

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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

FÉ NO SANTO E NO QUE VIRÁ


Ontem foi dias de festa e procissão nas cidades e comunidades rurais de todo Brasil em comemorações em homenagens a São Sebastião, o mártir e santo cristão, morto pelo império romano.

Em Tarauacá, decidir participar da festa do santo, na localidade Peserverança, uma comunidade que pertencia a cidade de Envira- Amazaonas e que foi anexada ao estado acre em 2007 por decisão da justiça Brasileira.

Peserverança é uma comunidade de gente simples, humilde e acolhedora, com predominio de uma família tradicional que habita no lugar há mais de 50 anos, a família Moura. Antes amazonenses, agora Acreanos a população da região quer mais atenção do estado e do município para que possam viver melhor e ter mais orgulho de ser Acreano e Tarauacaense.










GÉNIO BRASILEIRO

Há 150 anos nascia o brasileiro que inventou o rádio

Nesta sexta-feira, 21 de janeiro, o Brasil celebra o sesquicentenário de nascimento do padre-cientista Roberto Landell de Moura, inventor brasileiro do rádio e Pai das Telecomunicações. Uma série de atividades foi programada para este dia, entre elas o lançamento de selo e carimbo alusivos ao tema pelos Correios nas cidades de Porto Alegre, Campinas e Brasília. LEIA MAIS

BOM ARTIGO: "ERRO DE DILMA"

Por Eduardo Guimarães


O governo Dilma foi mal em seu primeiro grande teste. Ao menos do ponto de vista político. Amedrontado pela dimensão da tragédia nas serras fluminenses, comunicou-se mal e anunciou providências futuras que deixam a impressão de que foram engendradas apenas para acalmar a imprensa oposicionista.

Doce ilusão. A grande imprensa tucana não se deixará acalmar simplesmente porque está calmíssima. Segue um plano claro. Tudo o que fará será explorar o cada vez mais evidente medo do governo Dilma diante dessa besta midiática que tudo fez para inviabilizar o governo épico de Luiz Inácio Lula da Silva.

O primeiro grande erro do recém-empossado governo federal foi deixar que a imprensa jogasse em si a culpa pelas desgraças que se abatem sobre vários municípios por absoluta responsabilidade deles e dos governos estaduais, pois são as instâncias que podem atuar diretamente nas cerca de cinco mil cidades brasileiras.

De que adianta o governo federal prometer um sistema de informações metereológicas para antecipar às populações anualmente atingidas pelas tragédias de que devem fugir se o que precisam não é uma estratégia para antecipar a ocorrência das calamidades e, sim, para impedir que ocorram?

O fato é que Estados e municípios não apresentaram ao governo federal projetos de maior envergadura contra os desastres anuais provocados pelas chuvas de verão. Aliás, é um mistério a razão pela qual essas administrações parecem ter se acostumado a esperar que as desgraças ocorram.

Por razões políticas ou por prioridades diferentes das autoridades estaduais e municipais – sejam do partido que forem -, elas não consideram possível dar soluções imediatas às desgraças que as chuvas de verão causam todos os anos. Assim, continuam no mesmo passo de tartaruga de piscinões ou construção de casas populares fora de regiões de risco.

Se houvesse o mínimo risco de os Jardins paulistanos ou a Barra da Tijuca carioca serem atingidos por uma hecatombe que matasse centenas de dondocas e seus coronéis ou a mauricinhos e patricinhas, sem falar nas crianças bem-nascidas, o Brasil já teria se livrado desse problema há muito tempo.

É o mesmo que aconteceria com a Saúde ou com a Educação se não existissem planos de Saúde ou escolas particulares – hospitais e escolas públicos chegariam rapidamente ao Primeiro Mundo. As classes abastadas não aguentariam meia hora num hospital público dos que temos no Brasil, por exemplo.

Ao assumir o ônus político da desgraça, o governo Dilma ainda deseduca a população, que continuará sem saber de quem cobrar os transtornos que está sofrendo. Prefeitos e governadores continuarão apostando suas fichas em obras visíveis, entre as quais não estão obras contra enchentes e deslisamentos de encostas.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Centrais fazem ato e prometem “acampar em Brasília” em fevereiro

As cores da democracia assumiram tonalidade de pressão social nesta terça-feira (18). As seis centrais sindicais realizaram um ato unificado em frente ao prédio da Justiça Federal em São Paulo. A diversidade de cores de camisas e bandeiras apenas reforçava a unidade das três reivindicações: salário mínimo de R$ 580; aumento real de salário para os aposentados e correção da tabela do Imposto de Renda.


Por Luana Bonone

A diversidade de cores e bandeiras mostra a força da unidade das centrais. Não foi por acaso que o ato de hoje foi realizado em frente à Justiça Federal. Na terça-feira passada (11), o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, havia dito que "se o governo não começar a negociar até segunda-feira, na terça-feira vamos entrar na Justiça com milhares de ações". Após a mobilização que reuniu cerca de mil pessoas, os presidentes das centrais protocolaram uma ação pela correção de 6,47% na tabela do Imposto de Renda (IR) que, defasada desde 1995, vem causando graves prejuízos financeiros aos trabalhadores.

O representante da União Geral dos Trabalhadores (UGT) no ato, Candidé Pegado, explica que “salário não é renda... renda têm os empresários. Salário é para garantir alimentação, habitação e transporte para o trabalhador”.


Wagner Gomes (CTB) garantiu que, se a presidente Dilma não receber as centrais, haverá novo ato na reabertura do Congresso Nacional, em fevereiro.
As centrais pautam também a garantia de aumento real das aposentadorias. A bandeira é que o reajuste seja 80% do reajuste do salário mínimo. Quanto a este, as centrais não arredam o pé: tem que ser R$ 580. “Se não mudar o valor do salário mínimo, a partir de fevereiro nós vamos acampar em Brasília”, convoca o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes.

Reunião com Dilma

Para pressionar pelas pautas, as centrais reivindicam uma reunião com a presidente da República: “quem ajudou a eleger, ajuda a mobilizar para garantir os direitos dos trabalhadores” , lembra Wagner, que em seguida chama os percussionistas presentes à passeata a “esquentar os tamborins”, afinal, esta é apenas a primeira passeata do ano.

A Força Sindical também reclamou da dificuldade das centrais em conseguir uma conversa com o novo governo. “Se a presidente Dilma ficar ouvindo seus burocratas, terá muito trabalho com os trabalhadores”, alertou Paulinho, reafirmando que as centrais não aceitarão o reajuste de 6,45% para os aposentados nem a Medida Provisória que apresenta um salário mínimo de R$ 545, o que seria apenas a reposição da inflação, segundo o sindicalista.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, lembrou que “os únicos que estão saindo prejudicados com a crise são os trabalhadores”. O cutista argumenta que os empresários foram beneficiados com políticas de crédito e que a resposta que deve ser dada aos trabalhadores é a valorização do salário mínimo, com garantia de aumento real.

Quem concorda com esta linha de defesa é o Luiz Gonçalves, presidente estadual da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST): “cansamos de enfiar dinheiro nos cofres públicos para salvar a imprensa e os banqueiros”, bradou o líder da Nova Central.

Artur Henrique apresentou, ainda, o salário mínimo como o “principal instrumento” que o governo Dilma deve utilizar no combate à misér

O consenso do êxito que a unidade das centrais representa foi sintetizado pelo presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antônio Neto: “essa unidade fez o salário mínimo ter 54% de aumento real, venceu o atraso nas últimas eleições, e vai fazer o Brasil crescer, se desenvolver com salário digno para todos os brasileiros”.

Neto ressaltou ainda, que a decisão da presidente Dilma não é econômica, mas política.


Wagner Gomes, que integrou a comissão que entrou no prédio da Justiça Federal para protocolar a ação judicial movida pelas centrais pela correção da tabela do Imposto de Renda, disse que se a presidente Dilma não receber as centrais até o dia 1º de fevereiro, para retomar a negociação sobre o valor do salário mínimo com as centrais sindicais, os trabalhadores recepcionarão a abertura do Congresso Nacional com uma grande mobilização e pretendem ficar acampados em Brasília até que as negociações obtenham êxito.

Este foi apenas o primeiro ato unificado das centrais em 2011. No fim-de-semana, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) aprovou a bandeira de 10% do PIB para a Educação. Na segunda-feira (17), o presidente da UNE disse que os estudantes farão pressão pelas suas bandeiras, com mobilizações já marcadas para março. E o MST já iniciou ocupações de terras em São Paulo. O mês de janeiro tem sido agitado. E, pelo visto, 2011 promete.

Governador incentiva grupo de jovens a montar cooperativas

Grupo procurou o governador Tião Viana para conhecer as políticas voltadas para a juventude

Emprego é um fator condicionante para a inclusão social e acesso à qualidade de vida. Mas ingressar no mercado de trabalho nem sempre significa patrão e carteira assinada. Ser dono do próprio negócio e trabalhar por meio de cooperativas e receber apoio do governo para o pontapé inicial. Este é o incentivo que o governador Tião Viana deu a um grupo de jovens da Igreja Católica do Bujari, que o visitou esta semana. Através do trabalho integrado de várias secretarias, o apoio à implementação de pequenas atividades comerciais, que vão desde a plantação de tomates até uma rede de entregas de mercadorias, será um dos pontos fortes da gestão Tião Viana.

Os jovens procuraram o governador para conhecer as políticas de governo voltadas para a juventude e conversaram sobre a possibilidade de melhorias para o município que beneficiem os jovens, como um centro poliesportivo.

“A gente fica muito feliz em ver que o governador está disposto a oferecer recursos que nos permitam montar um negócio. Não esperávamos por isso. Achamos, na verdade, que iríamos chegar aqui, reivindicar algumas coisas e ouvir a posição do governo. A falta de renda para nossos jovens está gerando criminalidade. Eles terminam o ensino médio e ficam sem opção de emprego, de lazer”, disse Edna Alves, uma das líderes do grupo.

Durante a conversa, o governador sugeriu vários pequenos negócios que podem ser montados inclusive para criar opções de entretenimento no município, como uma sala de cinema. “São essas coisas que nós podemos fazer juntos. Temos disposição e condições de ajudar, eu só peço que vocês se organizem em cooperativas para que possam ser ajudados. Nós temos como orientar esse processo também”, disse Tião Viana.

Para incentivar os jovens, Tião citou o exemplo de um grupo de costureiras de Cruzeiro do Sul, que se organizaram em cooperativa, receberam apoio do Governo e hoje costuram uniformes para Brasília e têm renda superior à dos maridos.

O assessor especial de Juventude, Thiago Higino, vai auxiliar os jovens a formar as cooperativas. “O governador Tião Viana está de parabéns por essa iniciativa e pela preocupação em fomentar os pequenos negócios. É uma forma de a juventude entrar no mercado de trabalho e conquistar renda que vai garantir novas possibilidades”, destacou.

Agencia de noticias

MÚSICA DO DIA

A VIDA É FEITA DE ESCOLHAS


A vida é feita de escolhas é um livro de Dalcides Biscalquin, ex-padre, 43 anos, hoje casado, o autor é mestre em Comunicação, licenciado em Filosofia e bacharel em Teologia,


Abaixo reproduz o primeiro capítulo do livro. vale apena ler.

Sobre os grandes ideais

O meu coração vai ao encontro daquele coração que neste momento se sente abandonado, sozinho, sem esperança, sem vida. A minha palavra segue na direção daquele coração que sofre.

Junto-me àqueles que sentem uma dor do passado. A dor de uma perda. A dor de uma rejeição. A dor de um fracasso. A dor de uma injustiça. A dor de uma ausência.

Coloco todo o meu amor em cada palavra, pois o amor tem o poder de curar. Lembro-me com saudade da infância, quando a gente, brincando, caía e se machucava. Todos tínhamos a mesma reação: voltar correndo na direção da mãe. E quantas vezes a mamãe dizia: “Vem cá, vou dar um beijinho e vai sarar. Pronto, já passou. Pode voltar a brincar”.

Até hoje eu me pergunto sobre o poder que havia naquelas palavras. Como num passe de mágica a dor ia embora e a gente voltava a brincar alegremente.

Passei a acreditar que a palavra nascida de um coração que ama pode ser o bálsamo que acalma e alivia a dor. Com a mesma ternura que eu ouvia aquelas palavras na infância, hoje quero lhe dizer: “Pronto, já passou. Volte à vida”.

Talvez você tenha perdido muito tempo com lamentações, tido muitas noites maldormidas atormentado pelas suas preocupações e amedrontado pelos seus fantasmas interiores.

Hoje é o dia de voltar à vida. Despedir-se de tantas culpas do passado. Todo mundo erra, e quem não errou que atire a primeira pedra, como já disse Jesus. Comece a dar o primeiro passo: perdoe a si mesmo. Não importa o tamanho da sua culpa, dos seus erros, há um amor maior que tudo, capaz de invadir seu coração e devolver-lhe a vida. Dar o perdão a si mesmo é se dar o direito de sorrir novamente. E é preciso paz interior para poder sorrir de verdade.

Deixe de lado o pessimismo. Abandone todo pensamento de derrota. Não consuma mais os seus dias com sentimentos mesquinhos. Busque grandes ideais. Inspire-se no poema de dom Helder Câmara: “Gosto de pássaros que se enamoram das estrelas e caem de cansaço em busca delas. Nada de ideais ao alcance das mãos”.

Em outras palavras, nada de coisas fáceis. Busque na vida coisas que valham a pena. Gaste as suas palavras com conversas que edifiquem, com diálogos que construam. Não perca nenhum dia da sua vida com mesquinharias.

Busque fazer o bem a cada momento. Faça com muito amor o que tem de ser feito. Doe o melhor de si aos outros. Não pense pequeno. Não viva fazendo críticas. Não viva julgando os que estão mais próximos de você.

Estenda a sua mão. Faça o seu trabalho com amor e dedicação. Não dê ouvidos às más notícias. Espalhe informações positivas. Fale boas palavras. E jamais, em momento algum, se canse de conjugar, diariamente, em todos os modos e pessoas, o verbo amar.

Tem a dor da gente e tem as dores dos outros. Uma não anula as outras e vice-versa.

Convido os leitores esquecer um pocuco as agruras e pensar nas sábias palavras de Dalcides Biscalquin sobre as escolhas da vida.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

FÉ EM DEUS E PÉ NO CHÃO

LIDERANÇAS RURAIS E EVANGÉLICAS DAS COMUNIDADES TAQUARI, BOTO E FORTALEZA ACREANA
Lembrar para não acontecer jamais !


A HISTÓRIA DO MASSACRE DE ÍNDIOS NO ACRE
Pedro Biló: O massacre do lago Arapapá (*)

Sérgio Aparecido Dias (**)


Pedro Biló foi o responsável direto pelo decréscimo desse expressivo número de nativos, dizimando-os a tal modo que, em 1976, os dois aldeamentos principais dos Caxinauá se resumiam em algumas poucas dezenas de índios, a maioria já corrompida pela bebida e pela prostituição. E, apesar de seus quase 70 anos, a simples pronúncia de seu nome fazia os índios tremerem de pavor. E as lendas o tornavam mais e mais misterioso.

- Pedro Biló tem parte com o cão, seu moço! Rasteja igual cobra e ninguém vê ele de noite, não! Só enxerga, quando ele já tá enfiando a faca na goela, que Deus me livre e guarde!

- Ele tem reza braba e se apega com São Cipriano, cruz credo!!!

- O Biló? Ah, o seu Pedro é gente boa, é só não bulí com ele!

Opiniões contraditórias sobre um homem contraditório, cujas ações são louvadas por uns e repudiadas por outros. Quem era Pedro Biló? De onde viera até chegar ao Acre? Uns diziam que era cearense, já outros juravam que ele era acreano da gema mesmo, cobra criada da região.

Quanto ao próprio Biló, limitava-se a sorrir de modo enigmático, alimentando ainda mais as lendas em torno de sua pessoa. E as histórias que se contavam sobre ele eram de arrepiar e impunham respeito e medo.

Uma certa vez, num tempo qualquer do passado, necessitaram de seus serviços. Um determinado seringalista precisava de uma área que pertencia aos Caxinauá, cuja aldeia ficava no centro da terra em questão. Não havia sido possível um acordo com o chefe, que não aceitou trocar as terras por outra área num outro local, embora mais vantajoso, do ponto de vista do homem branco, é claro. E Pedro Biló foi chamado para resolver o problema.

- Seu Pedro, os caboclos não trocam aquela terra por nenhuma outra! E nós sabemos que lá tem muitas seringueiras boas de corte, daquelas que dão borracha de primeira! E se eu não posso ter aquelas terras por bem, então que seja por mal mesmo!

- Se voismecê garantí as minhas costa, entonce pode contá comigo e com os meus rapaiz. A gente arresorve isso bem rapidinho.

- Nem fique ressabiado, óxente! Além de mim, ainda tem o coronel Zeca Rabêlo, meu amigo e protetor, que é a lei aqui do alto Envira! Pode fazer o trabalho, que eu garanto que ninguém vai meter o focinho por aqui, num sabe? E se meter, a gente corta na bala, pois não?!?

- Apôis, o senhor pode contá com o meu papo amarelo, meu patrão!

- Isso mesmo que eu esperava ouvir, seu Pedro! E eu fico devendo mais esse favor ao Zeca. Adespois a gente se acerta, no final do fábrico. Vai ser aquele festão, com muita mulher e cachaça! E essa indiarada dos infernos que vá conseguir terra lá com o capêta, ora pois!

E Pedro Biló ajuntou seus homens de confiança. Com a garrafa de cachaça passando de mão em mão, iniciou um pequeno discurso, tendo à mão o seu temido rifle papo amarelo. A visão de Pedro Biló, atarracado e forte, empunhando o seu temível papo amarelo, gelava o sangue de qualquer um. E olhando fixamente aqueles rudes pistoleiros, colocou-os a par da situação:

- O seu Nezinho contratou a gente prá mode arretirá aqueles caboclo lá da terra firme do Arapapá. É serviço garantido, mais eu preciso que todo mundo se agaranta na pontaria. Se a gente se arresguardá, entonce tudo vorta vivo. Mais se argum morrê, entonce que morrido fica, ocêis tão me entendendo?

- Tamo sim - responde um dos capangas - Mais num vai sê fácil tirá os caboclo de lá! O Arapapá é quase uma serra, cheio de furna, parece mais é morada de onça, aquilo lá! Sei não Biló, mais eu acho que é bão tomá cuidado! Aquela cabocrada pode armá cilada prá cima de nóis!

- Óxente Evaristo, mais que cagança é essa?!? Nóis aqui tudo é gente do gatilho, num tem medo de cabra nenhum, quanto menos de índio, que só tem arco e flecha?! E adespois, tu tá te esquecendo do meu São Cipriano? Vou fechar meu corpo com a oração da cabra preta e com a oração do sapo seco, que eu quero ver a indiarada me enxergar! Num carece de se preocupá, não! Só quero que cada um faça a sua parte, que a reza braba e as mandinga são por minha conta, tá combinado?

- Combinado e meio, Biló! Pode contá com nóis!


LEIA M AIS

sábado, 15 de janeiro de 2011