quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Inflação de Lula é 37% menor que a de FHC

Com a divulgação da inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 2009, ficam mais nítidos tanto o impacto social como o custo da estabilidade de preços dos sete primeiros anos de governo do presidente Lula.O índice fechou 2009 com taxa acumulada de 4,31%, abaixo do centro da meta estipulada pelo Banco Central para o ano, de 4,5%. Trata-se do segundo menor índice desde 2000, acima apenas dos 3,14% de 2006 .

Entre 1995 e 2002, durante o período de implementação do Plano Real, no governo Fernando Henrique Cardoso, o IPCA médio ficou em 9,1%. De 2003 a 2009, sob o governo do PT, o índice médio caiu para 5,7%. Ou seja: a inflação média anual dos sete anos de Lula é mais de um terço (37%) menor que a dos oito anos de FHC.O resultado de 2009 deveu-se principalmente à crise externa, que reduziu a demanda internacional por alimentos, elevou a oferta interna e barateou produtos. Além disso, o dólar, desvalorizado, derrubou o preço de itens essenciais.

Transferência de renda

Associada ao aumento do salário mínimo e a programas de transferência de renda, a inflação mais baixa funcionou como motor de redução da pobreza.Em 2003, com um salário mínimo, comprava-se pouco mais de uma cesta básica (1,5).Hoje, compra-se algo mais que duas (2,2) cestas básicas.Além disso, nesses últimos sete anos, o custo de vida das famílias de baixa renda foi menor do que a inflação dos mais ricos.

Segundo indicadores fornecidos pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), os bens e serviços que pesam mais no orçamento das famílias com menor renda em São Paulo subiram 45,18% entre 2003 e dezembro de 2009. Nesses mesmos sete anos, a cesta de consumo dos que ganham mais subiu 47,9%.

O IPCA é o índice oficial utilizado pelo BC para cumprir o regime de metas de inflação -o objetivo foi cumprido em seis dos últimos sete anos.

Para o presidente do BC, Henrique Meirelles, esse histórico trouxe mais previsibilidade para a economia, o que contribuiu para um crescimento mais acelerado do PIB e para o aumento da renda do trabalhador. "O Brasil inicia a segunda década do século 21 com respeito internacional e com a perspectiva de um crescimento sustentado por longo tempo."

Segundo a Fiesp, a política monetária do BC foi um dos fatores pelos quais, sob Lula, a distância entre a média de crescimento do Brasil e a dos emergentes subiu entre 2003 e 2008 (3,1 pontos percentuais) em comparação com o período 1995-2002 (2,2 pontos).Para os sem Folha, aqui o link

Arroz e feijão mais barato

Prato típico do brasileiro, o arroz com feijão e carne ficou mais barato em 2009, mas só para quem come em casa: a refeição fora do lar disparou e teve a alta mais significativa do IPCA do ano passado, segundo o IBGE.

A comida em restaurante subiu 9,05% e correspondeu ao maior impacto individual do índice: 0,37 ponto percentual. Já os preços nos supermercados de arroz, feijão e carnes caíram: -35,85%, -13,14% e -5,33%, respectivamente. Somados, os três itens contribuíram com -0,31 ponto percentual no IPCA de 4,31% no ano.

Segundo Eulina Nunes dos Santos, do IBGE, a boa safra de arroz e feijão ampliou a oferta desses produtos -voltados quase que exclusivamente para o mercado interno- e derrubou os preços.

Já a carne, diz, baixou por causa da queda das exportações, que levaram a um excedente do produto no mercado interno.

Santos diz que a refeição fora de casa não incorpora só a variação dos alimentos, mas a de custos que incidem sobre os serviços. Cita especialmente aluguel, energia, salário mínimo e gás de botijão. Todos os itens subiram mais em 2009 do que em 2008 e pressionaram as despesas dos restaurantes.

Além disso, ela afirma que o aquecimento mais recente da economia permite aumentos mais salgados dos preços de serviços, incluindo a alimentação.

Sob essa lógica, o lanche fora de casa subiu 5,26% e figurou também entre as maiores altas do IPCA -contribuiu com 0,09 ponto percentual no ano.
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