terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Ato político encerra encontro dos prefeitos do PCdoB




 O Ato Político no encerramento do Encontro Nacional dos Prefeitos e Vice-Prefeitos do PCdoB, na tarde deste domingo (27), com a participação da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, serviu para reafirmar a aliança dos comunistas com o governo da presidenta Dilma. “O PCdoB é leal aos seus aliados e amigos e sabe qual o seu rumo e não abandonamos a nossa trincheira”, afirmou o presidente nacional do Partido, Renato Rabelo.


 A ministra disse que trazia aos prefeitos palavras de "otimismo e parceria"

A ministra Ideli Salvatti, por sua vez, disse que “o PCdoB é parceiro da primeira hora e de todas as horas”, destacando que o momento é delicado e que ”precisamos de muita sintonia e harmonia” para a adoção de medidas do governo Dilma que alteram dogmas, como a redução dos juros e a diminuição da tarifa de energia.“Ao longo dos últimos 10 anos demos uma guinada nas políticas públicas, derrubando dogmas, de que era preciso crescer para distribuir (a riqueza)”, afirmou, destacando que todas as políticas de distribuição de renda, inclusão social e abertura de oportunidade para ampla maioria da população para uma melhor condição do povo, mudou o dogma anterior de que era preciso crescer para distribuir.

Segundo a ministra, nos últimos dois anos outros dogmas estão sendo alterados, como a redução dos juros – que são interesses sagrados e que provocam reações porque mexem com a questão financeira – e a redução da tarifa de energia. Ela disse que todos pensavam que as concessões das companhias de energia elétrica seriam renovadas sem que se mexesse na lucratividade das empresas.

Ao propor parceria com os prefeitos do PCdoB para enfrentar os opositores da política de erradicação da miséria, redução dos juros e ampliação do emprego, ela admitiu que existem problemas nos municípios que o governo Dilma pretende ajudar a resolver.

Tarefa de todos


“A reação é contra a política para avançar para taxas de lucros comparáveis com o que acontece com a maioria dos países que adotam a política econômica que nós temos”, avalia a ministra, ao dizer que “vamos ter que enfrentar a tarefa juntos porque há redução da arrecadação do governo federal que acaba repercutindo nos municípios”, antecipando anúncio, que será feito pela presidenta Dilma no encontro com novos prefeitos que começa nesta segunda-feira (28), de novos programas e ações.

“Vamos ampliar uma série de políticas e programas e vamos também organizar uma rede de apoio à gestão para as prefeituras de menor porte que não têm equipe técnica para elaborar e acompanhar os seus projetos”, afirmou. A declaração foi acompanhada de aplausos e risos, diante do grito do prefeito de Pintópolis (MG), Arguimel Paixão, apontando a sua como a menor cidade administrada pelo PCdoB, de olho na ajuda anunciada pela ministra.

Ela disse que o governo quer renegociar das dívidas dos municípios com o INSS, oferecer empréstimos com taxas de juros baixos, reduzir o indexador da dívida das cidades com a União, insistindo em dizer que o governo federal não pode fazer sozinho e conclamando a todos os gestores a fazer obras e implementar programas para enfrentar a crise.

A ministra disse que a palavra do governo aos prefeitos é de “otimismo e parceria”. “O governo federal não consegue executar suas atividades na ponta sem parceria com os prefeitos e nem os prefeitos sem os recursos da União e quem ganha mais é a população brasileira e nós teremos o reconhecimento dela ao final do período”, concluiu a ministra.

Ajuda aos prefeitos



Para ele, no encontro vai ficar clara a situação de dificuldades dos municípios e o desejo do governo federal de resolver problemas mais candentes. Ele avalia que os anúncios do governo federal são tentativas de ajudar os prefeitos, porque o governo FHC desarticulou os órgãos de planejamento e os municípios ficam, hoje, à mercê de escritórios particulares.

Em resposta ao apelo da minista, o dirigente comunista disse que “o PCdoB sabe qual o lado e o rumo e não perdemos o rumo e nem a nossa trincheira”, reafirmando apoio à presidenta Dilma de levar à frente duas contendas – enfrentar crise econômica mundial e a defesa da democracia.

“Esse é um binômio fundamental da nossa atuação hoje. E a líder maior da nação é quem deve conduzir esse processo”, disse Renato Rabelo, para quem a presidenta Dilma demarca o nosso campo, diz quem é o campo adverso e conclama a união da nação, elogiando o pronunciamento em cadeia nacional de TV da presidenta Dilma anunciando a redução da tarifa de energia.

Minuto de Silêncio



O ato político começou com um minuto de silêncio em memória dos jovens que faleceram em incêndio de uma boate no município de Santa Maria (RS). O presidente da Fundação Maurício Grabois, Adalberto Monteiro, falou sobre a moção de pesar externando o sentimento dos comunistas aos familiares das vítimas e pediu um minuto de silêncio.

Em seguida, ele falou sobre a dinâmica e o significado do encontro dos prefeitos, dizendo que é uma prévia do encontro com a presidenta Dilma, economizando tempo e recursos dos gestores. E que, em 12 mesas temáticas, foram abordados temas como cultura, mulheres, comunicação, saúde, educação, turismo, esporte e ainda planejamento e orçamento de gestão.

Os oradores foram gestores do governo que atuam nessas áreas e gestores públicos do PCdoB que estão à frente de experiências exitosas em municípios administrados pelo Partido.

Segundo Adalberto, a presença da ministra coroa o encontro dos prefeitos que querem ajuda para honrar os compromissos assumidos com os seus eleitores e, para isso, querem contar com apoio do governo Dilma que a ministra representa.

De Brasília
Márcia Xavier



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