quinta-feira, 21 de outubro de 2010


Imprensa golpista derrotada na eleição 2010

Caros leitores,

por motivos de força menor, hoje não estou disposto a atualizar o Balaio, mas queria falar apenas de dois fatos da quinta-feira que merecem registro:

* Confirmado: a terceira onda que favorecia Serra no começo do segundo turno virou marolinha.

O novo ibope divulgado pelo Jornal Nacional apenas confirma o que o Vox Populi já havia mostrado na véspera e que tanta indignação causou ao Sergio Guerra, o comandante da campanha tucana. Segundo os números apresentados por Fátima Bernardes, a vantagem de Dilma Rousseff sobre José Serra aumentou de 6 para 11 pontos (51 a 40, nos votos totais) e de 6 para 12 (56 a 44, nos votos válidos). Até o momento, Guerra ainda não se manifestou sobre o Ibope.

* A “agressão” a Serra foi uma farsa.

Imagens mostradas pelo SBT e linkadas pelos leitores aqui no Balaio provam que a tal da “agressão de petistas ao candidato Serra”, que até o levou ao hospital, quarta-feira, no Rio, não passou de uma pantomina muito mal ensaiada. Parece que foi só uma bola de papel enrolada em fita durex. Teve colunista da velha mídia que viu até uma bandeirada de petistas na cabeça de Serra. Se fosse isso, convenhamos, sobraria certamente ao menos uma foto, com tantos jornalistas seguindo o candidato. Foi apenas mais um factóide que não vingou, mas certamente será utilizado no programa de TV. Vai ficar conhecido como o “novo caso Rojas” (lembram-se do goleiro chileno que se “feriu” no Maracanã?).

***

Ganhe quem ganhar a Presidência da República no próximo dia 31, já dá para saber quais foram os grandes derrotados desta inacreditável campanha eleitoral de 2010: a imprensa da velha mídia, mais engajada e sem pudor do que nunca, e as igrejas em geral, com amplos setores medievais de evangélicos e católicos transformando templos em palanques e colocando a religião a soldo da política.

Por acaso, são as mesmas instituições que se uniram em 1964 para derrubar o governo de João Goulart e jogar o Brasil nas profundezas da ditadura militar por mais de duas décadas. Como naquela época, os celerados e ensandecidos combatentes das redações e dos púlpitos acenam com novas ameaças às liberdades democráticas, outra vez o perigo vermelho, de novo a degradação dos costumes. Só falta uma nova “Marcha da Família, com Deus pela Liberdade”.Leia mais do blog do Kotscho

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