Ocorre que, na vida real isso não acontece. Em Tarauacá por exemplo, o cidadão só tem participação democrática no período eleitoral, ou seja, só tem direito de votar. Depois da eleição o povo não pode opinar sobre coisa nenhuma. Quem já tem dinheiro e poder sempre ganha mais. Enquanto que os fracos são esquecidos e desprezados A democracia dos fortes é o direito esbanjar fortuna, enquanto que o direito dos fracos é passar privações e não reclamar. Na sociedade capitalista, as pessoas não são iguais, tem diferentes demandas, diferente capacidade de articulação e diferentes chances de serem atendidas. Em tese, os governos democráticos, resolveria esta equação
Quando fui Vereador apresentei o projeto de lei que instituiu o orçamento Participativo. Embora sendo lei, nunca foi respeitada pelos governos do município .Se o orçamento participativo funcionasse, ele por si só não resolveria. Os grupos melhor articulados, estariam mais propensos a conseguir se fazer ouvir e teriam maiores condições de serem atendidos que outros menos articulados. Seria necessário capacitar os menos articulados, as comunidades mais pobres.
Para os conservadores, esse tipo de ideias não têm viabilidade e aplicação prática. Para esses seguimentos o melhor é deixar a "Caixa preta" fechada.
Estou na gerencia Seaprof de Tarauacá, ha menos de um ano. Nesse período, Foi possível exercitar duas ações simples, mas de um significado politico democrático, novo e de absoluta transparência. Primeiro foi a decisão de convidar todas as associações e lideranças rurais para prestar contas do Trabalho realizado no ano de 2011. Segundo, uma reunião semelhante, com a mesma composição. Desta vez, para apresentar e nosso planejamento para 2012.
Fiquei feliz, porque nas duas oportunidades recebemos forte apoio e elogios ao modo de gestão democrático que imprimimos num pequeno espaço de gestão publica. Acredito que este é o melhor caminho para avançar na construção de uma sociedade democrática
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