quarta-feira, 7 de julho de 2010

Oposição cega

O debate na Aleac ontem girou em torno do decreto presidencial que cria a Zona de Processamento de Exportação no Estado. O deputado Luiz Calixto (PSL) questionou a capacidade do Governo de vencer todos os trâmites operacionais para instalar a ZPE em doze meses. Segundo o parlamentar da oposição, o decreto prevê a perda da sua validade se isso não acontecer no tempo determinado. A tese foi rebatida da tribuna pelo presidente da Casa, deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), que alegou que serão necessários 18 meses até a instalação das primeiras 15 empresas previstas na ZPE de Senador Guiomard.

Calixto fez questão de frisar que não é contra a ZPE. “Não estou fazendo crítica a ZPE. Estou alertando que o Governo está criando um factóide político às vésperas das eleições para motivar o eleitorado. Ele está escondendo que a ZPE tem doze meses para ser implantada caso contrário o decreto caducará e a ZPE será extinta. Não há prazo de prorrogação. Portanto, um Estado que não instalou a sua indústria de álcool, que demorou seis anos para funcionar a sua fábrica de piso e quatro para a fábrica de camisinhas, não instalará uma ZPE em doze meses”, questionou.


Ele explicou os motivos para não acreditar na instalação da ZPE. “Não temos os suprimentos necessários. Falta energia para funcionar as geladeiras e televisões em Rio Branco. Pergunte se nós teremos energia para movimentar um parque industrial. Nesses 12 meses eles vão instalar essa infra-estrutura? Vão resolver o problema da energia do Acre?”, indagou.

Edvaldo Magalhães: “não concordo com a política de São Tomé”

O presidente da Aleac, deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), criticou a postura da oposição em relação a ZPE. “Não concordo com a política do São Tomé de querer ver para crer. Fazer essa torcida contra algo que deveria estar sendo celebrado e comemorado. Eles deveriam estar cobrando para que se implante imediatamente. A ZPE é maior conquista para as perspectivas de industrialização do Acre de todos os tempos. Uma conquista como essa precisa de todas as forças puxando para o mesmo lado para que a gente possa cumprir todos os prazos que serão cumpridos. Nós votaremos, na Aleac, em menos de três meses a criação da empresa que será a gestora da ZPE. O prazo de 12 meses para a construção do espaço será cumprido bem antes porque 70% já está pronto. É só visitar Senador Guiomard e ir à área onde está sendo construído o Porto Seco de 130 hectares. O prazo é de 18 meses para instalação das indústrias”, rebateu.


Segundo Magalhães, a ZPE mudará o perfil econômico do Estado. “Pelos menos 15 empresas estão previstas para se instalarem na ZPE. Portanto, nós temos que gastar a nossa energia política a favor desse projeto. É uma porta que se abriu para o Acre. As carretas passarão por aqui rumo ao Pacífico carregadas de componentes e riquezas para a exportação. O presidente Lula deu um grande presente para o Acre. Nos colocou numa condição de competitividade que nós não tínhamos para poder atrair para cá as empresas para gerar os empregos que a juventude deseja. Várias empresas já estão fazendo sondagens junto ao Governo do Estado para fazerem os seus estudos para se instalarem. Teremos grandes novidades sobre as empresas que se instalarão na ZPE”, garantiu.


Para Edvaldo a geração de empregos será grande a partir da instalação da ZPE. “Há uma meta de instalação de 15 indústrias na primeira fase. Uma construção que vem sendo gestado pelo Governo com o apoio do gabinete do senador Tião Viana (PT-AC) há mais de dois anos. A ida dos empresários e do governo à China faz parte do convencimento desses investidores do diferencial em se apostar na ZPE. Se conversar com qualquer industrial do Acre ele está comemorando. Eu só estranho que ao invés de comemorar a oposição está questionando e criticando. Ela deveria fazer feito torcedor de time adversário que aplaude o gol foi de placa”, concluiu. fonte: Agazeta


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