sábado, 31 de julho de 2010

Música do dia

A mulher, o amor e a fidelidade

Mulheres traem pelo mesmo motivo que homens: por desejo, por vontade. A diferença é que elas costumam culpar o marido ou o namorado. “Ele não me dava mais atenção”, dizem. “Não era mais romântico, não me elogiava, nem sexo queria.”

O livro mais recente da antropóloga Mirian Goldenberg desfaz o mito de que o homem trai por sexo e a mulher trai por amor ou desamor. Se assim fosse, o homem seria sempre culpado: quando trai e quando é traído. Não é justo com eles.

Homens e mulheres gostam de acreditar que o marido é safado por natureza, e a mulher casada é santa por dedicação. Esses rótulos podem parecer convenientes, mas contaminam as relações amorosas. Trabalhando há 22 anos com dilemas de casais, Mirian diz, em seu livro Por que homens e mulheres traem?, que a maior diferença entre eles e elas não é o comportamento, mas o discurso.

“Em vez de assumirem o desejo, as mulheres preferem se fazer de vítimas. Sentimentalizam o caso extraconjugal e botam a culpa no marido. Os homens assumem ter sido infiéis porque quiseram. Raramente culpam a própria mulher.”

Cada vez mais, porém, a infidelidade feminina segue os mesmos padrões da infidelidade masculina. No livro da antropóloga, “Mônica” é uma mulher dos novos tempos. “Ela está muito bem em seu casamento e ama o marido. Mas surge um desejo sexual louco e novo em sua vida e ela se joga nele. Rompe a calmaria porque decide viver seu próprio prazer.”

O desejo de se sentir desejada conduz a pequenas e grandes infidelidades femininas. As mulheres escutaram, quando crianças, que seu maior objetivo na vida seria casar e ter filhos. No futuro, elas teriam um único homem para chamar de seu. E seriam únicas para um homem só. A idealização da monogamia romântica não mudou muito, mas a realidade a longo prazo é bem outra.

Mulheres são um pouco Leila Diniz no exercício da sedução, mas não necessariamente na transgressão. As obrigações sociais jogam sua libido num lugar invisível e inatingível. Várias sublimam o prazer ao assumir o papel de mãe. Isso não significa que abram mão de suas fantasias. Conheci mulheres absolutamente certinhas, monogâmicas, que casaram virgens e têm sonhos delirantemente libertários.

Algumas não se contentam em fantasiar. Catherine Deneuve, em A bela da tarde, de Buñuel, é uma das personagens mais enigmáticas do cinema. Bem casada, rica, belíssima, ela se entrega a desconhecidos após o almoço como prostituta de luxo. É um exemplo extremo de desvio.

Mas, se a infidelidade feminina fosse apenas um fetiche, Nélson Rodrigues não teria tocado com tanta propriedade a alma da classe média brasileira. Novelas como a atual Passione soariam falsas. Ali, as protagonistas traem compulsivamente, das cinquentonas às ninfetas. Traem por desejo, por sexo, por diversão.

O psicanalista Contardo Calligaris acha que as mulheres são tão infiéis quanto os homens. Não vê nisso um problema. “As mulheres só são campeãs na fidelidade companheira e solidária. Em hospitais ou presídios, os visitantes são mulheres. Mas, sexualmente, não vejo diferença. Caso contrário, existiria um problema lógico. Se os homens heterossexuais são infiéis, quem são suas amantes – todas solteiras e livres ou também casadas e namorando outros?”

Contardo acha a palavra infidelidade muito pesada para a traição puramente sexual: “Jamais deixaria minha mulher se ela me contasse algo parecido. Mas sou fiel. Acho um saco trair. Ter outra relação dá um trabalho horroroso”.

Nos tribunais do Rio de Janeiro, recentemente, o juiz Paulo Mello Feijó ignorou o pedido de indenização por danos morais de um marido traído. Para o juiz, marido traído é marido relapso. “Homens de meia-idade, já não tão viris, descarregam suas frustrações nas mulheres, chamando-as de gordas e deixando-lhes toda a culpa por seu pobre desempenho. E elas buscam o prazer em outros olhos, outros braços, outros beijos (...) e traem de coração.”

A ideia de que a mulher só trai por razões sublimes, “de coração”, não corresponde à realidade. Se ela for infiel, será por desejo e por vontade própria.



Ruth de Aquino é diretora da sucursal carioca da revista ÉPOCA

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Dilma lidera pesquisa Ibope com 39% das intenções de voto, contra 34% de Serra

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, lidera a pesquisa Ibope/Estado/TV Globo com 39% das intenções de voto. José Serra (PSDB) aparece com 34%. Marina Silva (PV) mantém 7%. Brancos e nulos são 7% e indecisos somam 12%.

Em um eventual segundo turno, Dilma teria 46% dos votos e Serra, 40%. Nesse cenário, brancos e nulos somam 6% e indecisos, 8%. Serra tem a maior rejeição entre os presidenciáveis, com 24%. 19% dizem que não votariam na candidata Dilma e 13% dizem que não votariam em Marina.
Na pesquisa Ibope anterior, contratada pela Associação Comercial de São Paulo e realizada entre os dias 27 e 30 de junho, Dilma e Serra apareciam empatados, ambos com 39%.Marina havia registrado 10% na ocasião. Na simulação do segundo turno, Serra e Dilma
Direita tenta golpe a cada 24 horas, diz Lula


No comício de Dilma Rousseff (PT) e Tarso Genro (PT), no Ginásio do Gigantinho, em Porto Alegre (RS), o presidente Lula saudou a militância entusiasmada, de pelo menos 10 mil pessoas, lembrando que a campanha eleitoral está apenas no começo e é uma luta sem trégua.

Lula lembrou que, mesmo após vencer as eleições de 2002 e 2006, os adversários continuaram em campanha para derrubá-lo, e foi o apoio e a mobilização popular, que sempre garantiu sua sustentação política:

“... A esquerda pensa que sabe fazer barulho. Mas foi no governo que nós aprendemos que se a esquerda faz oposição, a direita tenta dar golpe a cada 24 horas neste país...

... Foram oito anos de provocações, de ataques, de infâmias. Essa elite brasileira que faz política às vezes de forma sórdida - não aquela que trabalha - ela agüentou o Getúlio Vargas governando esta país por 15 anos com autoritarismo, mas em quatro anos de democracia essa elite levou Getúlio a dar um tiro no coração...

... Mandei dizer a essa direita: Vocês mataram Getúlio, obrigaram João Goulart a renunciar, mas se vocês quiserem me enfrentar eu não estarei no meu gabinete lendo os jornais de vocês, estarei na rua conversando com o povo brasileiro”.

Lula disse também que os adversários estão tentando impedi-lo de fazer campanha para Dilma na TV:

“Vocês sabem que os meus adversários estão fazendo tudo para impedir que eu apareça na TV apoiando o Tarso e a Dilma. Tem adversário que fala, 'o Lula é tão bonzinho que não deveria se meter nas eleições, ele é presidente e tem que ser o magistrado'. Quando eles estavam tentando me derrubar não me achavam magistrado”.

O presidente falou ainda que é hora de eleger Dilma: "Esse país não pode ser governado apenas com a sabedoria da cabeça. Tem que misturar a sabedoria com a sensibilidade do coração. E ninguém tem mais sensibilidade do que uma mãe."
Prepare o agasalho

Nova frente fria deve chegar ao Acre neste domingo de até 8ºCA friagem deve ter intensidade tão forte quanto a da semana retrasada, e ser ainda mais duradoura.

A Expoacre está chegando ao fim e já é hora de trocar as roupas de cowboy por um bom agasalho. De acordo com o pesquisador David Friale, mais uma frente fria deve chegar a todo o Estado entre a madrugada deste domingo (1º) e a manhã de segunda (2º), o que deve tornar o encerramento da feira (show Maria Cecília e Rodolfo) bem frio.

A friagem deve ter intensidade tão forte quanto a da semana retrasada, e ser ainda mais duradoura. As duas cidades mais afetadas serão Rio Branco e Brasiléia. Até o domingo (1º), o dia deve amanhecer com muito sol e calor. À tarde, haverá riscos de chuvas com baixo volume (e esparsas). A partir da noite, a temperatura deve começar a despencar.

Conforme David Friale, a frente deve durar em torno de 7 dias, fazendo com que a temperatura na Capital caía para uma média entre 12ºC a 8ºC à noite e de 22ºC a 18ºC durante o dia. Como o fenômeno deve vir acompanhado de rajadas de vento de 40 Km/h, a sensação térmica (real temperatura sentida) deve variar entre 15 até 12ºC nas manhãs e entre as surpreendentes marcas de 4 até 1ºC durante as noites.

Aumentam ocorrências de queimadas – Com o indício de mais uma friagem rigorosa chegando à cidade, o risco das queimadas volta a crescer ainda mais nas zonas rurais e urbanas. Por isso, os órgãos de defesa ambiental estão enrijecendo a fiscalização contra a prática (ilegal). Contudo, nem isso tem inibido os incendiários da cidade.

No começo do mês, eram registradas entre 20 a 30 ocorrências de queimadas por dia no Ciosp. Nesta última semana, tal valor subiu à faixa de 40 a 50 notificações/dia (sendo que os bombeiros só conseguem atender cerca de metade destes chamados).

Conforme o secretário executivo da Coordenação Estadual de Defesa Civil (Cedec/AC), cel. José Ivo, o clima propício da estiagem (frio e seco) faz com que a incidência de queimadas se torne cada vez maior. Atualmente, incêndios em terrenos e quintais da área urbana têm sido mais freqüentes (quantitativos), porém, a intensidade e distância dos ocorridos na zona rural é que têm dado mais trabalho de apagar (qualitativos).

Fonte:A Gazeta do Acre

UM BRINDE AO CAMARADA PEREIRINHA

Nesta semana a direção do PC do B de Tarauacá reuniu-se para agradecer e fazer um brinde ao camarada Pereirinha militante aguerrido do Partido que decidiu transferi sua residência para o município de Capixada. Pereira reafirmou suas convicções socialistas e disse que vai se incorporar ao seu partido em outro lugar, mas deixou claro que vai mas volta, é só o partido chamar.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

No rumo da derrota, o direitista José Serra prega o medo


Bateu o desepero na campanha da oposição e o candidato da direita, o tucano José Serra, assumiu de vez sua face conservadora e retrógrada. A senha para a enxurrada de ameaças e mentiras foi a entrevista em que o vice Índio da Costa (DEM-RJ) acusou o PT de ligação com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e com o narcotráfico, mentira prontamente avalizada por Serra e pelo alto tucanato.

Os tucanos, que não tem sequer a coragem de deixar claro para os brasileiros o neoliberalismo e privatismo do programa que pretendem aplicar na remota hipótese de voltarem à Presidência da República, estão sem discurso. E a saída que encontraram é a difusão de acusações mentirosas para fomentar o medo e abocanhar, esperam, alguns votos a mais em outubro.

Não vai dar certo, até porque medo, mesmo, quem inspira é a direita neoliberal e seu candidato destemperado. Temor da volta ao Palácio do Planalto do mesmo programa nefasto que infelicitou o país nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, que foram de retrocesso, prostração nacional, em que aquele governo agiu como um autêntico vice-reinado colonial, subordinando o Brasil aos ditames dos governos dos EUA e da União Européia, com graves consequências para a economia, que estagnou, e para o povo, que empobreceu.

Não custa lembrar alguns episódios. Em maio de 2000, o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso, do qual José Serra era ministro, assinou em Washington um acordo cedendo aos Estados Unidos, por um aluguel irrisório, a base de Alcântara. Pelo acordo, abria mão da soberania nacional sobre o território da base, que passava ao controle estadunidense, e comprometia-se inclusive a só usar o dinheiro do aluguel em atividades autorizadas pelos americanos.

Foi a resistência das forças de esquerda que estavam em oposição ao governo neoliberal, como o PCdoB, o PT, o PDT entre outros partidos, aliados a militares nacionalistas e ao movimento social (UNE, MST, etc.), que impediu a consumação daquela infâmia, e o acordo acabou não sendo aprovado pelo Congresso Nacional, apesar de toda a pressão exercida pelo então presidente da República, FHC, sobre os parlamentares.

Outro episódio que ilustra a política antidemocrática e antipopular do governo neoliberal do qual José Serra fazia parte foi a severa repressão contra a greve dos petroleiros, em maio de 1995, só igualada à política antigrevista da ditadura militar. Foi tratada à base da demissão de grevistas e do estrangulamento econômico através da aplicação de inúmeras multas do sindicato dos petroleiros.

O governo do qual José Serra fazia parte repetia, no Brasil, a mesma tática usada na Inglaterra por Margareth Thatcher e nos EUA por Ronald Reagan para derrotar os trabalhadores e impor seus programas privatizantes - destruir os sindicatos, como Thatcher fez com os mineiros de carvão e Reagan com os controladores de vôo.

Um terceiro episódio é recente, mas demonstra a mesma sanha antidemocrática. No início de julho, o jornalista Heródoto Barbeiro foi demitido do programa Roda Viva, na TV Cultura. Existem fortes suspeitas de que sua cabeça foi decepada a pedido do campeão do medo. Afinal, ao entrevistar José Serra naquele programa, dois dias antes, Heródoto colocou o ex-governador paulista contra a parede ao inquiri-lo sobre as extorsivas taxas do pedágio nas rodovias de São Paulo - que aliás já valeram a Serra o apelido de "Zé do Pedágio".

São fatos, estes sim, de dar medo. E que, na improvável hipótese da vitória de Serra em outubro, passarão a comandar a ação do governo contra os movimentos sociais, os trabalhadores e a soberania nacional. É o que a atual safra de injúrias indica. Serra mostrou o desejo de criminalizar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra; de abandonar o Mercosul e reativar a Alca que foi congelada justamente como resultado de uma opção soberana do governo Lula; de investir contra a integração da América do Sul atacando a Venezuela, a Bolívia e o Paraguai; e por aí vai.

É um rumo que os brasileiros já experimentaram e não querem mais. A eleição de 2002 foi o pleito da esperança que venceu o medo; a de 2010 será a da confiança que derrotará o medo. Confiança na continuidade e no avanço. A agenda brasileira mudou desde 2003, com Lula na presidência. O crescimento voltou, mesmo com a grave crise econômica mundial; a renda do trabalhador cresceu, o mercado interno se fortaleceu e a produção alcança níveis inéditos nas últimas décadas. O Brasil expulsou o FMI, reassumiu sua soberania e é respeitado no mundo como nunca fora até então. Há um programa de desenvolvimento que promoveu as mudanças e, no próximo mandato, vai avançar. Os eleitores não vão trocar este programa marcado por êxitos pela pregação do falido medo que esconde o neoliberalismo. Vão eleger Dilma presidente. Editorial do Portal Vermelho
Site divulga nomes de políticos que atendem Lei da Ficha Limpa


Está no ar a partir de hoje um site com o cadastro de candidatos que atendem à Lei da Ficha Limpa.


A página na internet (www.fichalimpa.org.br) foi idealizada pelas ONGs Abracci (Articulação Brasileira Contra a Corrupção e Impunidade) e MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral). A adesão dos candidatos é voluntária.


Todos os partidos foram informados da criação e iniciativa do site. As ONGs enviaram carta às legendas convidando-os a participar de sua divulgação. Na carta, disseram que a sociedade quer "fazer a lei pegar". (Folha de S. Paulo)
O Acre todo canta: "Eu vou perpetuar!

A Dilma é amiga do homem

Moisés fala de sua trajetória politica

A HUMILDADE É UM ATRIBUTO NOBRE

No longínquo ano dessa foto, 1988, quando eu conquistei honrosos 55 votos para Vereador em Tarauacá, os donos da cidade tratavam os comunistas à ferro e fogo.

Era um tempo duro, quase de chumbo.

Mas, como um curso intensivo, esse tempo nos ensinou a maleabilidade e a tolerância. E a respeitar sempre o contraditório.

Como a água, podemos fluir para as várzeas, para não sermos sufocados pelos barrancos. Outras vezes, quando a conjuntura permite e o tempo exige, quebrar os próprios barrancos.

Ser a chuva que fertiliza a plantação, tempestade que destrói, evaporar e voltar de novo como chuva, como medo ou como bênção.

Aquele tempo de guerra nos ensinou a ser como a água, que flui, destrói, alimenta, fertiliza, amedronta, muda de forma com o mesmo conteúdo.

Como a água, aprendemos a sobreviver, a nos desviar dos troncos no meio do rio, a ser leve e sólido.

Toda foto é um mundo para admirar, abraçar ou destruir.

Nesta eleição de 2010, disputando o terceiro mandato de deputado estadual, quero aprender com as dificuldades de 1988, para não subir no salto alto e ser pego de surpresa.

Farei uma campanha calçado nas sandálias da humildade

Defender o Governo de Binho Marques foi a tarefa que a Frente Popular me deu. Procurei honrar essa tarefa. Cuidei do governo que o povo acreano escolheu. Fui amplo e respeitoso com a oposição, mas não deixei nenhuma crítica sem resposta. Fui duro quando a situação exigiu.
Como candidato a deputado estadual, postulando o terceiro mandato, utilizo uma bandeira que representa o meu cotidiano como líder do governo na Assembléia Legislativa: a defesa do nosso governo.
Nosso mandato não foi partidário ou de grupo. Defendemos o governo e as suas conquistas para todos. Que o Acre continue sendo de todos e governado pela Frente Popular!
A partir de hoje utilizarei esse espaço para defender e debater idéias para o Acre. Não fareu uma campanha de bastidores. Vou dialogar com o povo do Acre sobre os imensos desafios que a história lhe reserva e as inestimáveis conquistas que o espera.
Defenderei as minhas idéias da mesma forma que defendo o governo de Binho Marques, de forma clara, corajosa, compartilhada, respeitosa e com o coração de professor. Acesse aqui 65789

quarta-feira, 28 de julho de 2010

PORQUE RAZÃO A MAIORIA DOS ACREANOS AINDA PREFEREM SERRA?

O Acre tem apenas 461.969 eleitores (0,34% do país), segundo dados deo TSE. A influencia do Acre na disputa presidencial é muito pequena, mas muito emblemática.O resultado da ultima pesquisa do Ibope indica que o candidato da Frente popular Tião Viana têm 63%, contra 18% do candidato Tucano. Em contraponto, o candidato Serra têm 39%, Marina 27% e a candidata Dilma. Essa é uma questão que precisa ser analisada e tratada com a maior atenção, não há justificativa simples para entender essa equação.

No Brasil Dilma já ultrassou Serra, até mesmo em estados governados pelos Tucanos a preferencia pela candidata de Lula já têm maioria, uma exemplo e Minas Gerais. O Acre é governado há 12 anos pelas forças aliada de Dilma, os resultados da parceria entre Lula e o Acre produziu os melhores indicadores e investimentos que não foram feitos nos 50 anos anteriores. Lula durante seu governo foi um verdadeiro pai para o os Acreanos. Sua candidata perder aqui para o serra considero um fato grave.

Veja o resulado de duas pesquisas publicada ontem pelo Vox Populi Na Bahia e em Minas

Dilma (PT): 50%
Serra (PSDB): 25%
Marina (PV): 4%


Em Minas Gerais, Dilma ultrapassa:

Dilma (PT): 37%
Serra (PSDB): 33%
Marina (PV): 8%

A rejeição ao demo-tucano aumentou de 12% para 19% no Estado e a de Dilma manteve-se estável, oscilando de 14% para 13%, desde maio.

ABRINDO CAMINHOS

QUEM PLANTA COLHE!

Tião, Jorge e Edvaldo incentivam produtores

Um belo exemplo de produção agrícola com absoluto respeito ao meio ambiente foi visitado na manhã desta terça-feira 27 pelo candidato da Frente Popular do Acre (FPA) ao governo do Estado, Tião Viana. Acompanhado de Jorge Viana e de Edvaldo Magalhães, candidatos da FPA ao Senado da República, além de candidatos a Câmara Federal e à Assembléia Legislativa, Tião Viana esteve no quilômetro 49 da BR-317 no sentido Rio Branco à Boca do Acre (AM), na propriedade do comerciante e produtor Ezimar Fideles Maia, de 60 anos, líder de uma família e de uma comunidade que trabalha no local desde que viajar dali a capital era uma aventura capaz de durar até semanas.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Serra tem nojo de pobre

Depois, lá dentro, ele limpa a mão com álcool

Na foto tirada ontem enquanto José Serra fazia campanha no Paraná, os leitores podem notar o candidato tucano pega -sem muito entusiasmo- na mão de uma eleitora e beija a própria mão.. Perceba que Serra mantém distância do povo, lá no alto, enquanto lá em baixo uma filinha de senhoras tentam cumprimentar o candidato. Não é novidade para ninguém que o PSDB é o partido dos ricos, dos bancos, das classes altas e da massa cheirosa, como define a tucana Eliane Cantanhêde

Extraído do site Amigos do Presidente

Muita saudades do meu gury que retornou ontem para Rio Branco

segunda-feira, 26 de julho de 2010

PRIVATIZARAM NOSSO RIO



Essa imagem é de um corredor privado de desembarque de gado, ao lado da praia no porto da cidade, mais precisamente na boca do Rio. Segundo informações, vários barcos já se choraram na na cerca, especialmente durante a noite. algumas pessoas vieram me perguntar se cercar o Rio é permitido.
<>Em Tarauacá pode muita coisa que não pode no demais municípios Brasileiros. Disse aos solicitantes que, melhor forma para conseguir o esclarecimento "completo" seria procurar a prefeitura e a câmara de vereadores, pode ser que tenham privatizado o Rio Tarauacá sem ninguém testemunhar.
Candidatos da FPA são recebidos em festa e Jorge e Edvaldo já vivem a alegria de saber que estarão juntos no Senado.



Em Plácido de Castro, Tião Viana enumerou algumas perspectivas de governo para líderes comunitários Acrelândia, Plácido de Castro, Capixaba e Senador Guiomard foram os municípios que abraçaram os candidatos da Frente Popular do Acre (FPA) durante o último final de semana em encontros para debates em torno do plano de governo da coligação para o período de 2011 a 2014. Tião Viana, candidato ao Governo, Jorge Viana e Edvaldo Magalhães, candidatos ao Senado, acompanhados de candidatos a deputados federal e estadual, se encontraram com pelo menos duas mil pessoas nos quatro municípios. Em todos os locais, a recepção foi em clima de festa.

– Estou muito feliz com a campanha. Confesso que nunca vi algo parecido. Nem na minha primeira eleição nem quando fui reeleito – disse o ex-governador Jorge Viana.

Edvaldo Magalhães também destacou que, em todas as plenárias, encontrou pessoas felizes, com manifestações espontâneas. – Por onde passamos, não vi uma pessoa com a cara amarrada. Isso me traz a certeza de que, além de elegermos o Tião e o Jorge com a maior votação proporcional do país, vocês vão me levar para o Senado com uma votação expressiva, muita próxima dessa homenagem que o Acre está fazendo ao Jorge Viana – acrescentou.

Jorge Viana reafirmou que ficaria muito feliz se cada voto dado a ele também fosse estendido a Edvaldo Magalhães. – O Edvaldo é meu irmão político e só consegui fazer o que fiz como governador porque tinha ele lá na Assembléia defendendo cada projeto nosso – disse.


Clima em Senador Guiomard foi de alegria e entusiasmo com os candidatos majoritários da Frente Popular“Só ando em boa companhia”, diz Edvaldo Magalhães
Edvaldo Magalhães lembrou que, em algumas localidades, as pessoas o têm questionado por achar que ele está disputando a eleição com Jorge Viana, porque muitas pessoas não sabem que, nesta eleição, a disputa é por duas vagas no Senado. – O que eu tenho dito é que não sou doido para entrar num imprensado desses de disputar uma eleição contra o Jorge Viana. Quando alguém pensa em por em dúvida a nossa eleição, eu respondo com aquela música que diz: ‘Eu não ando só. Eu só ando em boa companhia’ – disse o candidato, ao se referir ao samba “Pra viver um grande amor”, de Toquinho, o parceiro do inesquecível poeta Vinicius de Moraes.

Tião Viana, por sua vez, elogiou a iniciativa da Frente Popular de promover em cada município as plenárias para debater o plano de governo que ele pretende executar, uma decisão tomada muito antes da campanha. – Quando nós o convidamos para ser nosso candidato ao governo, ele disse que aceitaria, mas estabeleceu que, antes de começar a campanha propriamente dita, queria percorrer o Acre, ouvindo o maior número de pessoas possíveis sobre o que fazer no governo – destacou Jorge Viana.

– Ele faz isso porque é do seu perfil profissional. Como médico, ele passou a vida toda escutando as queixas e as dores das pessoas, ouvindo até o que não queria ouvir. Como político, como o senador mais completo do Brasil e como candidato a governador, não está fazendo diferente – disse Magalhães.


Com Dilma presidente, Acre abrirá portas no Palácio do Planalto a qualquer hora
Do plano de governo que está sendo elaborado, Tião Viana já adiantou quatro itens importantes: pavimentação em asfalto e tijolo de todas as vias urbanas do Acre; a criação de uma secretaria para financiar e fomentar os pequenos negócios e a microeconomia; um programa chamado “Remédio em Casa”, que visa distribuir medicamentos nas residências de pessoas com deficiência física e com mais de 60 anos de idade, além de um forte programa de ensino em nível superior, inclusive em universidades particulares, com um programa de bolsas de estudo financiadas pelo Estado.

– Nós já temos as condições para isso e vamos cumprir rigorosamente, como a gente vem fazendo desde o governo do Jorge Viana e agora com o Binho Marques, tudo o que está sendo debatido aqui. Se tivermos a felicidade de termos a Dilma Rousseff eleita nossa presidente, aí é que as coisas ficarão mais fáceis. Votar em Dilma é o mesmo que votar em Lula de novo para presidente. Com a Dilma no Planalto, eu, o Jorge Viana, o Edvaldo Magalhães e o Aníbal Diniz, que vai me substituir no Senado, poderemos ser recebidos no Planalto a qualquer hora, do dia ou da noite, para defender as nossas causas – disse Tião Viana.

Fonte:Assessoria de Imprensa do Comitê de Campanha Tião Viana Governador
Cuba celebra revolução em Dia Nacional de Rebeldia

Os cubanos comemoram, nesta segunda (26), o 57º aniversário do assalto ao Quartel Moncada. A data, maior festa da Revolução, é conhecida como o Dia da Rebeldia Cubana. O presidente Raúl Castro comandou ato na Praça Ernesto Che Guevara, em Santa Clara, onde repousam os restos do guerrilheiro argentino. Fidel, contudo, não esteve presente. Ele participou, no sábado (24), de uma cerimônia em memória dos ex-combatentes da revolução.

Povo de Cuba celebra a revolução
No ato desta manhã. Raúl foi aclamado pela multidão que, com gritos e palavras de ordem, expressou seu compromisso com e revolução, o socialismo e com o líder histórico Fidel Castro.

UMA ANÁLISE PSICOLÓGICA: SERRA ESTARIA LOUCO?




Recife (PE) - Em Serra, olhem bem para os olhos. Eles vagam, fitam distante, como se pensassem em coisa diferente do que a boca fala. Quando dão presença, oscilam da fúria, arregalados, à retração nas órbitas fundas, com íris apagadas, parecendo reclamar de insônia permanente. O candidato não deve dormir bem nos últimos tempos, parece. Mesmo quando sorri, sorri só com a boca, fazendo com os olhos fixos uma composição de máscara. A quem sorri assim, só com os dentes, maxilar colado a maxilar, “com os dentes fechados”, o povo nordestino chama de gente falsa.

Mas não pensem que ele, apesar da própria cara, não se preocupe com uma boa feição. No Recife, durante uma entrevista coletiva, ao tossir muitas vezes, reclamou da garganta e pediu para não ser filmado nesse aperto: “Eu acho que os meus olhos ficam esbugalhados”. Será? Em sua imagem mais conhecida na web, bem humorado, ele “brinca” com um fuzil de mira telescópica, apontado para o fotógrafo, vale dizer, para todos nós. Aí vem bala, e nos baixamos, como se a imagem viesse com a desgraça de um projétil em três dimensões. No entanto, não precisamos de um novo Lombroso para ver no candidato ares de louco, de um indivíduo com os mais claros sinais de desequilíbrio mental. Basta ir ao que ele declara, de norte a sul do Brasil. Pior que seus olhos e expressões faciais, Serra é aquilo que ele declara.

Abrem-se as cortinas. Fala, Serra.

“Vou criar o Ministério do Acarajé”, ele falou, disse, e acrescentamos um futuro do pretérito, teria dito em Salvador. Inacreditável. Será mesmo verdade tal fala e ministério? Qualquer brasileiro pode imaginá-lo, melhor, esperá-lo a prometer um Ministério da Tapioca em Pernambuco, um do Tucupi, no Pará, e outro de Dois Pastel, em São Paulo. Em Goiânia, para não mencionar o Ministério do Pastelão, chegou a afirmar que construir um aeroporto é "como fazer um shopping center", assim, sem qualquer controlador de bobagem ou biruta. Na ocasião, ele ainda reclamou do sotaque local da repórter goiana. Como falam engraçado as pessoas que não são paulistas! Mais próximo de sua base, no Rio, entre oito promessas feitas em menos de dez minutos, como um louco rapidíssimo, assegurou mutirões para prevenir a hipertensão... Será possível que não exista um só fotógrafo para registrar a cara dos acompanhantes quando ele fala tais delírios?

Antes do Acarajé na Bahia, em Curitiba prometeu dar enxoval às grávidas. E se possível, acreditamos, assumir a paternidade também. De quantas mulheres no Brasil? De todas, fôlego e saliva no candidato não sobram. Há loucos que babam, dizem. Mas não se espantem de tamanha potência e generosidade varonil. Em matéria de paternidade, antes dos filhos de todo o Brasil, ele andou furtando paternidades de outros que não foram seus, como os projetos de lei dos remédios genéricos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador.

Observo agora que escrevi acima que no Rio ele estava mais próximo de sua base. Mil e um perdões, porque o candidato José Serra é, pelo que fala, pelo que procura fazer crer, natural de qualquer estado brasileiro ou cidade por onde ande. Entendam, não é só um em Roma como os romanos. Em Pernambuco ele é pernambucano. “Cresci na política aqui em Pernambuco”. Logo... Quando ele viaja para outros estados do Nordeste, tem até um genérico de naturalização, tipo, como dizem os adolescentes, tipo ninguém é mais nordestino: “O político que mais fez pelo Nordeste fui eu”. Um autêntico filho de uma mãe nordestina, poderíamos dizer.

Os sintomas do mal não apareceram agora, é claro. Lembram-se do conselho do mago médico Serra, quando se anunciou a gripe suína? Um primor: "Ela, a gripe suína, é transmitida dos porquinhos para as pessoas só quando eles espirram. Portanto, a providência elementar é não ficar perto de porquinho nenhum". Viva. A esta altura, há quem diga que o candidato, submetido a fortes pressões, de partido, projetos e destinos, pirou de vez. Daí os sucessivos desvarios, dizem, os olhos que perambulam, imigrantes e fugidios. Especula-se até de tratamentos secretos a que ele se submeteu, com remédios prescritos pela medicina mais confiável, nas últimas semanas.

Eu, do meu canto, sem ser alienista, penso que a realidade do mal é mais simples. Serra, o nordestino, nortista, sulista, mineiro, criador de ministérios para todos os gostos do mundo, apenas afundou o juízo nas órbitas diante da última pesquisa Vox Populi: Dilma Rousseff tem 43%, Serra, 37%. Em queda, não há lucidez que aguente.
FONTE: DIRETO DA REDAÇÃO

Fichas sujas: Justiça eleitoral do Maranhão pede a impugnação de dois candidatos a governador e Três ao senado. Sobrou só um ficha limpa



fichas sujas: Impugnações de Jackson e Roseana devem ser julgadas essa semana


ficha Limpa: Flávio Dino- PC do B, candidato a governador

O ex-governador teve sua candidatura questionada pelo Ministério Público Eleitoral; já Roseana foi alvo de ação impetrada pelo PSD

Wilson Lima, iG Maranhão

Durante essa semana, deverão ser julgadas as ações de cassação de registro de candidaturas do ex-governador Jackson Lago (PDT), que tenta voltar ao Palácio dos Leões, e da governadora Roseana Sarney (PMDB), candidata à reeleição. A informação é do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão.

A candidatura de Lago foi impugnada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) por enquadramento da Lei Complementar 135/2010, o Ficha Limpa. Lago foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em abril de 2009, por crime de corrupção eleitoral. Já a candidatura de Roseana Sarney foi impugnada pelo PSDB também sob a alegação de enquadramento no Ficha Limpa. O PSDB argumenta que Roseana foi condenada em duas ações civis e foi multada recentemente pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) por abuso de poder econômico.


A defesa de Lago argumentou, na semana passada, que a lei viola o art. 16 da Constituição Federal. Dessa forma, conforme a defesa do ex-governador, a alteração da legislação não se aplicaria à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. Eles também argumentam que o ex-governador não possui condenação transitada em âmbitos da Justiça porque ele aguardaria julgamento do caso no Supremo Tribunal Federal (STF).

Já a defesa de Roseana Sarney argumenta que uma multa do TRE não a torna inelegível e que nas duas ações referidas pelo PSDB, a governadora é apenas citada, não sendo ré em ambos os processos. "O que existe é uma tentativa desesperada de falsear fatos tentando levar a justiça a erro, incidindo em ação temerária, e por isso, deve ser punido implacavelmente pelas aleivosias perpetradas", alegou os advogados na defesa da governadora.

Além de Roseana e Lago, também devem ser julgadas essa semanas as impugnações de José Reinaldo Tavares (PSB) e de João Alberto (PMDB), candidatos ao senado e de Sarney Filho (PV), candidato a deputado federal. Tavares é enquadrado no Ficha Limpa por condenações do TRE-MA. Alberto foi impugnado por problemas na sua desincompatibilização de cargo de vice-governador. Sarney Filho também foi enquadrado no "Ficha Limpa". Ao todo, dos 621 pedidos de registro de candidaturas, 115 foram impugnados tanto pelo MPE, quanto por partidos ou representantes partidários.


sábado, 24 de julho de 2010

A casa de um dos homens mais importante da terra

A casa do Luiz Inácio

A casa de taipa onde o Presidente Lula nasceu, na cidade de Caetés (20 km de Garanhuns), virou ponto turístico da região. Segundo moradores da localidade, seguidamente aparecem curiosos para fotografar o local.

Ciro Gomes declara apoio a Dilma



Ciro Gomes diz que, mais importante do que a candidatura dele, é o Brasil, e o governo Lula tem que continuar com Dilma Rousseff (PT), a quem ele apoia de forma decisiva.

O Ciro é autor de duas frases definitivas sobre o jenio:
- Serra numa campanha é garantia de baixaria (por exemplo, o Índio.

- Serra não tem escrúpulos. Se preciso for, passa com um trator por cima da mãe.

Na campanha de 2002, depois de fazer o desmanche da candidatura Roseana, Serra desmanchou a do Ciro.

Isso não se esquece.
Fonte: Conversa afiada
Serra é recebido com ovo em caminhada em Santa Catarina

Foto do dia


Uma visita aos irmãos do Caucho
Vox Populi: Serra cai, Dilma sobe e abre 8 pontos de vantagem.







Pesquisa realizada pelo instituto Vox Populi e divulgada nesta sexta-feira pelo Jornal da Band mostra a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, com 41% das intenções de voto, contra 33% de José Serra (PSDB) e 8% de Marina Silva (PV). Num eventual segundo turno, a petista venceria o ex-governador de São Paulo por 46% a 38%. leia também:
DataSerra arruma um empate

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Venezuela x Colômbia: quem ganha, quem perde?



Principalmente a partir de novembro de 2009, a crise entre Venezuela e Colômbia está completamente aflorada desde que os dois países seguiram caminhos distintos, um em oposição aos Estados Unidos, outro em aliança ao país do Norte.

Álvaro Uribe vê Hugo Chávez como uma ameaça a seu plano de reduzir os índices de violência no país assolado há décadas pelos combates entre narcotraficantes, fortemente ligados ao poder, e as guerrilhas. Chávez, por sua vez, vê Uribe como uma ameaça militar devido à estreita relação com os Estados Unidos e que oficializaram a presença de seus soldados no território colombiano.

O que está em jogo são projetos distintos de concepção das relações sul-americanas. Chávez tenta, utilizando um pouco de retórica, evitar que um país muito forte, hostil a ele, com um projeto bastante diferente, seja uma ameaça. Não só ele, na verdade, mas nenhum país sul-americano tem interesse em presença militar muito forte dos Estados Unidos.

De um lado, os Estados Unidos gostariam de ver a assinatura de tratados de livre comércio (TLCs) com o subcontinente e têm para isso a Colômbia como grande aliada. De outro, o Brasil gostaria da integração sul-americana sem a presença estadunidense, e é essa a visão que interessa à Venezuela.

Nesse aspecto, é importante destacar que Colômbia e Venezuela têm balanças comerciais fortemente dependentes e complementares.

No início dos anos 90 Colômbia e Venezuela estabeleceram uma zona de comércio livre no âmbito da Comunidade Andina de Nações (CAN). O comércio bilateral tem sido impulsionado, desde a criação da zona de comércio livre.

Venezuela gerou superavits consecutivos com a Colômbia de 1993 a 1998, a partir deste ano até 2003, o resultado de excedentes foi alternadamente partilhado entre os dois países. No último período de 2004-2009, o resultado da balança comercial binacional virou deficit para a Venezuela em grande parte porque as importações aumentaram significativamente, enquanto que as exportações para a Colômbia foram reduzidas.

Atualmente, a Colômbia é o segundo destino das exportações não-petrolíferas da Venezuela. Os produtos vendidos ao país vizinho foram de produtos de ferro, aço, alumínio à produtos químicos.

Em relação às importações, houve um aumento acentuado das importações provenientes da Colômbia desde 2004. O país vizinho tem sido o segundo maior fornecedor de mercadorias estrangeiras à Venezuela desde o acordo de livre comércio e, particularmente, tem sido importante no fornecimento de commodities agrícolas e produtos manufaturados, esse tipo de bens representam 78,4% das importações venezuelanas.

Os itens mais relevantes são: carne bovina, cacau, chocolate, produtos de confeitaria e leite, produtos têxteis, como vestuário, couro e de fiação e tecelagem, bem como sapatos, sabão e detergentes, plásticos, produtos químicos, entre outros. 25% das importações venezuelanas são de origem colombiana, enquanto que as exportações colombianas para Venezuela representam 20% das receitas comerciais internacionais.

Neste sentido, do ponto de vista das relações comerciais, ambos os países perdem, pois enquanto a Venezuela, ainda completamente dependente do petróleo, necessita dos produtos colombianos; a Colômbia necessita das aquisições venezuelanas para manter superavits comerciais.

Do ponto de vista político, no subcontinente sul-americano, a Colômbia sairá perdendo, uma vez que, a política implementada por Álvaro Uribe só encontra simpatia na América do Sul com seu colega peruano Alan Garcia.

Já Hugo Chávez, tanto do ponto de vista político, quanto das relações comerciais, possui muito mais aliados sul-americanos, além do que, a Venezuela está completamente integrada ao MERCOSUL, faltando somente, aprovação do parlamento paraguaio. Os potenciais exportadores à Venezuela, para suprimir a deficiência das importações colombiana são por ordem; o Brasil e a Argentina.

A tensão entre Venezuela e Colômbia deverá ser diminuída no período próximo; primeiro, pela posse do Presidente eleito no próximo mês; segundo, pela intermediação do Brasil e da UNASUL (União de Nações Sul-Americanas) e, por fim, pela interdependência comercial entre os países. Fonte. Carta Maior

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Como Globo, Folha, Veja e Estadão fazem campanha para Serra

Sugiro ao leitor que leia atentamente este post porque dele resultará um possível e inédito esforço da sociedade civil para combater o uso ilegal de poder econômico e de recursos públicos por empresários do setor de comunicação, em claro favor de uma facção política.

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania

Para entender a questão que estou propondo, voltemos à última terça-feira (13/7), quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multou o jornal O Estado de Minas em R$ 7 mil por fazer “campanha antecipada” para o candidato do PSDB à Presidência, José Serra.

Segundo notícia vagamente reproduzida em alguns grandes portais de internet — e que as imprensas escrita, televisada e radiofônica esconderam total ou parcialmente —, “o veículo foi acusado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) de publicar, em seu caderno de política, no dia 10 de abril deste ano, reportagem alusiva ao lançamento da pré-candidatura de José Serra à Presidência da República”.
Leia o artigo completo

terça-feira, 20 de julho de 2010

De Sanctis não perdoa crime de colarinho branco

Aos meus e os seus amigos


Hoje, dia 20 de julho é comemorado o dia do Amigo. Amigo é aquele que está sempre do seu lado, não importa o que aconteça. Que não bajula,é leal e diz a verdade, mesmo que não seja o que você gostaria de ouvir. Que ouve as suas lamentações e dá conselhos sem pedir nada em troca. Aquele que já se meteu nas maiores enrrascadas com você e por você. É aquele que você pode chamar de companheiro de todas as horas.

Aos meus e minhas amig@s- e aos seus, deixo uma flor vermelha, como forma de renovar e revigorar o que há de melhor na vida. A amizade sincera!

Fidel Castro: A outra tragédia (a do meio ambiente)



Por Fidel Castro, em Cuba Debate

Na minha reunião com os economistas do CIEM, na terça-feira, 13 de julho, falei-lhes do excelente documentário do director francês Yann Arthus-Bertrand, com a participação das mais esclarecidas e bem informadas personalidades internacionais, acerca de outro terrível perigo para a espécie humana que está acontecendo perante os nossos olhos: a destruição do meio ambiente.

O documentário afirma de forma clara e lapidária:
“Na grande aventura da vida na Terra, cada espécie tem um papel a desempenhar, cada espécie tem o seu lugar. Nenhuma é inútil ou prejudicial, todas se balanceiam. E aí é onde você, homo sapiens, humano inteligente, entra na história. Você se de um fabuloso legado de 4 bilhões de anos provido pela Terra. Apenas tens 200 mil anos, mas já mudaste a face do mundo.”
Leia o artigo completo

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Marina, você é bonita com que Deus lhe deu

Eu, Marina e Fábio Vaz em 1988 no congresso da Famac


Índio da Costa associou o PT às Forças Revolucionárias Armadas da Colômbia (Farc) e ao narcotráfico. Depois de acusar o PT de manter ligações com o narcotráfico, em entrevista a um dos sites do PSDB, o vice de José Serra , ganhou apoio de dois aliados que reforçaram as acusações tucanas pelo Twitter.

Roberto Jefferson, presidente do PTB, e Paulo Bornhausen, líder do DEM na Câmara dos Deputados, utilizaram o microblog para defender o democrata e repetir o discurso.

A companheira Marina Silva, candidata do PV Vem pautando seu discurso associando sua proposta ao que chama de conquistas do governo de FHC e do Governo Lula. Ontem durante a visita ao Piauí neste domingo (18). Marina disse que os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), fazem uma guerra de dossiês e baixaria. "É um plebiscito da baixaria". disse a companheira.

Quanando perguntada o que achava das declarações do índio de Serra, disse apenas que considerava desrespeitosa. A companheira, na tentatativa de se apresentar como alternativa, coloca a candidata de Lula e os reacionários de FHC, DEM no mesmo saco. Marina você faça tudo, mas faça um favor...

Bye Bye oposição do Acre

Saiu hoje uma pesquisa do Ibope para o Estado do Acre.

Veja os dados



A pesquisa do Ibope no Acre foi realizada de 12 a 14 de julho. O registro no TSE é 19.641/2010. Foram entrevistados 602 eleitores e a margem de erro é de 4 pontos percentuais. O levantamento foi encomendado pela Federação das Indústrias do Acre. Aqui, levantamentos anteriores no Estado. Aqui, pesquisas presidenciais.


Governador:

Tião Viana (PT) – 63%
Tião Bocalon (PSDB) – 18%
Gouveia (PRTB) – 2%
Indecisos – 13%
Brancos/Nulos – 4%



Senador (2 vagas; o eleitor escolhe 2 nomes):

Jorge Viana (PT) 67%
Sérgio Petecão (PMN) – 31%
Edvaldo Magalhães (PC do B) – 27%
João Correia (PMDB) – 11%
Citou só um candidato – 32%
Indecisos – 26%
Brancos/Nulos – 5%

FONTE; BLOG DO FERNANDO RODRIGUES


domingo, 18 de julho de 2010

Viva Raul


A turma mais ligada a boa musica e poesia, realiza neste domingo em Tarauacá o festival viva Raul, uma excelente ideia e uma merecida homenagem aquele que mesmo injustiçado pela mídia se eternizou como rei do rock Brasileiro.

Gostar da musica de Raul Seixas já é uma grande virtude e possibilidade de enxergar na rebeldia, a possibilidade de construção de uma sociedade alternativa, de pensar o novo sem ter aquela velha opinião formada sobre tudo, de de acreditar que a água viva ainda está na fonte e vale a pena tentar outra vez.

Raul, assim como Cazuza, Renato Russo, não tiveram vida longa, mas deixaram poesia em abundância, marcaram uma geração e se tornaram imortais. Viva Raul, viva a sociedade Alternativa.

Bom domingo e homenagens a a turma que faz cultura pra cuspir a estrutura.


sábado, 17 de julho de 2010

O QUE TODO BRASILEIRO DEVE SABER SOBRE LEONEL BRIZOLA


Leonel Brizola não gostava do “ismo” brizolismo, considerava-o excessivamente personificado e personalizado, ao contrário de seus detratores (e foram muitos tanto na direita quanto na esquerda) que tripudiavam o “personalismo” dele, líder egocêntrico, personalista, narcisista, individualista, ou senão centralizador tal qual Lênin e Trotsky. Essa calúnia foi repetida durante décadas, muita gente nas universidades e nos sindicatos acreditou que ele fosse um homem neuroticamente obcecado pelo poder, fazendo de tudo para lá chegar, pouco importando por quais meios, se espúrios, imorais e ignominiosos.
Curiosamente a maior parte de sua vida viveu fora do poder e, durante muito tempo, exilado e perseguido. A maledicência a fim de detratá-lo não dava margem a que se perguntasse acerca do mais importante: por que e para que queria o poder? Nos cursos de ciências sociais diziam-no que não estava politicamente vinculado a nenhuma classe social, ora tido como populista, ora bonapartista, ora intersticial, mas foi um homem público que desafiou a própria morte com coragem e intrepidez pelo destino da pátria e a sorte do povo.

Leonel Brizola se identificou politicamente com o trabalhismo, reportando-se ao nome de Getúlio Vargas na história do Brasil e, antes dele, ao mártir Tiradentes. Não abdicou nunca desta filiação, mantendo-a firme no caminho do socialismo, convicto de que o capital não representa solução para a humanidade. Em sua palavra e ação, a centralidade do trabalho indigitava a concepção originada de Marx e Engels (como a do jovem Getúlio procedia de Saint-Simon), ou seja: o trabalho criador de riqueza, o homem se fazendo pelo trabalho, a história do homem como a história do trabalho.

O Trabalho de Quem Não Trabalha
A notória repulsa de Leonel Brizola à monarquia é que ela esteve associada ao latifúndio e à escravidão. Todavia, o problema hoje é que a direita, ainda que de modo transverso e caricato, se apropriou da noção de trabalho. Antonio Ermínio de Moraes se define como trabalhador, George Soros alardeia todo santo dia que começa a trabalhar às cinco horas da manhã, José Serra se vê como um infatigável trabalhador desde quando estava no útero da senhora sua mãe.

A força de trabalho tornou-se objeto de falsificação, tal como tudo no capitalismo, embora sem explorar a força de trabalho nenhum capitalista ganha nada, não obtém aquilo que é o motivo de sua existência: o lucro.
Leia a matéria completa »

por Gilberto Felisberto Vasconcellos
Da “Caros Amigos”

Comprar sem corrupção, maior desafio da administração pública

As compras de governo deveriam ser feitas por rodízio de fornecedores. Seria aplicado a produtos padronizados, os da mesma qualidade e condições de entrega. As secretarias de prefeituras e estado compram milhares de produtos, a maioria dos quais são os mesmos sempre ano após ano. Exemplos: lápis, caderno, seringa, pneu, cartucho de impressora, escrivaninha, água mineral, cimento, uniformes.

No início, o escritório de compras cria um cadastro de fornecedores comprovadamente capazes de entregar produtos nas especificações técnicas. Para cada produto haveria uma lista oficial de fornecedores que atenderiam em rodízio cada vez que o escritório enviar um pedido de compra.

Suponha que o governo queira comprar cinco mil pneus. O escritório de compras enviaria ao primeiro da lista o pedido de compra, citando quantidade, qualidade, prazo e preço. O primeiro da lista responderia quanto pode fornecer; digamos dois mil pneus. Em seguida, o segundo da lista seria chamado a cotar para os três mil faltantes e assim por diante, até que os cinco mil desejados pelo escritório estejam garantidos. Na próxima compra de pneus, a empresa que não participou da primeira compra seria o primeira a ser chamada a cotar. E assim por diante sempre em rodízio na lista. O fornecedor que fraudar ou errar perderá seu lugar lista e será substituído por outra empresa.

Tudo isso pode ser feito em prazo curtíssimo, usando a informática de governo. Estaria obedecido o princípio da concorrência, que se daria no momento de a empresa entrar no cadastro. Não haveria necessidade de cartas-convites, concorrência pública, envelopes fechados e toda a parafernália que permite corrupção e desvios de conduta.

O leitor curioso poderá, por exemplo, ler no rotulo de uísque escocês “By Appointment to her Majesty the Queen”; ou seja essa marca de uísque está na lista oficial de compras da Coroa da Inglaterra e pode ser chamada, a qualquer hora, a fornecer a bebida. Na Inglaterra, estar na listas da Rainha é destaque de qualidade e prestígio, daí o empenho do fornecedor de evitar qualquer falha. As forças armadas de vários países também fazem compras padronizadas.

A compra em rodízio para produtos padronizados é transparente e dificílima de ser fraudada.
Milton Nogueira
BOCALON E COMITIVA CHEGOU HOJE EM TARAUACÁ E FOI RECEPCIONADO PELAS PRINCIPAIS LIDERANÇAS LOCAIS ALIADAS, ENTRE AS QUAIS, O PRESIDENTE DA CÂMARA VALDOR DO Ó, EX-PREFEITO CLEUDON ROCHA E O EX-PREFEITO ESPERIDIÃO JUNIOR.

Feijó espera receber 50 mil turistas durante Festival do Açaí

“Se o governador Binho quiser vamos realizar o melhor e maior festival do Açai que Feijó já teve”. A declaração foi feita pelo prefeito de Feijó, Dindim, que aguarda ansioso resposta do governo do Acre sobre a ajuda que pediu para a realização do festival.

Para este ano a prefeitura investiu em nomes famosos para animar o festival. Vai ter Calcinha Preta, Tchê Garoto, KLB e a banda gospel A Arca. “Nós queremos a cidade cheia de turista e feliz”, diz o prefeito ao anunciar o início da festa para o dia 12 de agosto.

Dindim espera um público de 50 mil pessoas durante os quatro dias de festa. “Não vai faltar atração: de dia o povo participa do Festival de Praia e à noite do Festival do Açaí”, diz Dindim.

Como a rede hoteleira não comporta o numero de turistas a prefeitura espera receber, o prefeito lançou a campanha “hospede um amigo”. A idéia é abrigar em casas de famílias pessoas que não tenham onde se hospedar.

Da redação de ac24horas
Rio Branco, Acre

E sendo nuvem passageira não me levam nem a beira disso tudo que eu quero chegar!


Tudo sendo preparado com muito cuidado para um dos maiores eventos musicais da história de Tarauacá. É o Festival Toca Raul que acontece no próximo domingo, as 15 horas, no Clube do Sinteac.

O Festival é uma homenagem aos roqueiros de toda a cidade pela passagem do dia mundial do rock neste mês de julho. O evento vai reunir músicos de várias gerações e estilos em Tarauacá e será transmitido pela internet. A organização espera um grande público. Fonte: Blog do accioly

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Venício Lima: A velha mídia finge que o país não mudou

Lula e Dilma no primeiro comicio da campanha no Rio

Venício Lima*, no Observatório de Imprensa

Apesar de não haver consenso entre aqueles que estudaram o processo eleitoral de 1989 – as primeiras eleições diretas para presidente da República depois dos longos anos de regime autoritário –, é inegável que a grande mídia, sobretudo a televisão, desempenhou um papel por muitos considerado decisivo na eleição de Fernando Collor de Mello. O jovem e, até então, desconhecido governador de Alagoas emergiu no cenário político nacional como o “caçador de marajás” e contou com o apoio explícito, sobretudo, da Editora Abril e das Organizações Globo.

No final da década de 80 do século passado, o poder da grande mídia na construção daquilo que chamei de CR-P, cenário de representação da política, era formidável. A mídia tinha condições de construir um “cenário” – no jornalismo e no entretenimento – onde a política e os políticos eram representados e qualquer candidato que não se ajustasse ao CR-P dominante corria grande risco de perder as eleições. Existiam, por óbvio, CR-Ps alternativos, mas as condições de competição no “mercado” das representações simbólicas eram totalmente assimétricas.

Foi o que ocorreu, primeiro com Brizola e, depois, com Lula. Collor, ao contrário, foi ele próprio se tornando uma figura pública e projetando uma imagem nacional “ajustada” ao CR-P dominante que, por sua vez, era construído na grande mídia paralelamente a uma maciça e inteligente campanha de marketing político, com o objetivo de garantir sua vitória eleitoral [cf. Mídia: teoria e política, Perseu Abramo, 2ª. edição, 1ª. reimpressão, 2007].

2010 não é 1989

Em 2010 o país é outro, os níveis de escolaridade e renda da população são outros e, sobretudo, cerca de 65 milhões de brasileiros têm acesso à internet. A grande mídia, claro, continua a construir seu CR-P, mas ele não tem mais a dominância que alcançava 20 anos atrás. Hoje existe uma incipiente, mas sólida, mídia alternativa que se expressa, não só, mas sobretudo, na internet. E – mais importante – o eleitor brasileiro de 2010 é muito diferente daquele de 1989, que buscava informação política quase que exclusivamente na televisão.

Apesar de tudo isso, a velha mídia finge que o país não mudou.

O CR-P do pós-Lula

Instigante artigo publicado na Carta Maior por João Sicsú, diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do IPEA e professor do Instituto de Economia da UFRJ, embora não seja este seu principal foco, chama a atenção para a tentativa da grande mídia de construir, no processo eleitoral de 2010, um CR-P que pode ser chamado de “pós-Lula”.

Para ler o artigo do João Sicsú, clique aqui

Ele parte da constatação de que dois projetos para o Brasil estiveram em disputa nos últimos 20 anos: o estagnacionista, que acentuou vulnerabilidades sociais e econômicas, aplicado no período 1995-2002, e o desenvolvimentista redistributivista, em andamento. Segundo Sicsú, há líderes, aliados e bases sociais que expressam essa disputa. “De um lado, estão o presidente Lula, o PT, o PC do B, alguns outros partidos políticos, intelectuais e os movimentos sociais. Do outro, estão o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), o PSDB, o DEM, o PPS, o PV, organismos multilaterais (o Banco Mundial e o FMI), divulgadores midiáticos de opiniões conservadoras e quase toda a mídia dirigida por megacorporações”.

O que está em disputa nas eleições deste ano, portanto, são projetos já testados, que significam continuidade ou mudança. Este seria o verdadeiro CR-P da disputa eleitoral para presidente da República.

A grande mídia, no entanto, tenta construir um CR-P do “pós-Lula”. Nele, “o que estaria aberto para a escolha seria apenas o nome do ‘administrador do condomínio Brasil’. Seria como se o ‘ônibus Brasil’ tivesse trajeto conhecido, mas seria preciso saber apenas quem seria o melhor, mais eficiente, ‘motorista’. No CR-P pós-Lula, o presidente Lula governou, acertou e errou. Mas o mais importante seria que o governo acabou e o presidente Lula não é candidato. Agora, estaríamos caminhando para uma nova fase em que não há sentido estabelecer comparações e posições (…); não caberia avaliar o governo Lula comparando-o com os seus antecessores e, também, nenhum candidato deveria (ser de) oposição ou situação (…); projetos aplicados e testados se tornam abstrações e o suposto preparo dos candidatos para ocupar o cargo de presidente se transforma em critério objetivo”.

Sicsú comenta que a tentativa da grande mídia de construir esse CR-P se revela, dentre outras, na maneira como os principais candidatos à Presidência são tratados na cobertura política. Diz ele: “a candidata Dilma é apresentada como: ‘a ex-ministra Dilma Rousseff, candidata à Presidência’. Ou ‘a candidata do PT Dilma Rousseff’. Jamais (…) Dilma (é apresentada) como a candidata do governo (…)”. Por outro lado, “Serra e Marina não são apresentados como candidatos da oposição, mas sim como candidatos dos seus respectivos partidos políticos. Curioso é que esses mesmos veículos de comunicação, quando tratam, por exemplo, das eleições na Colômbia, se referem a candidatos do governo e da oposição”.

Novos tempos

Muita água ainda vai rolar antes do dia das eleições. Sempre haverá uma importante margem de imprevisibilidade em qualquer processo eleitoral. Se levarmos em conta, no entanto, o que aconteceu nas eleições de 2006, o poder que a grande mídia tradicional tem hoje de construir um CR-P dominante não chega nem perto daquele que teve há 20 anos. E, claro, um tal CR-P não significaria a eleição garantida de nenhum candidato (a).

O país realmente mudou. A velha mídia, todavia, insiste em “fazer de conta” que tudo continua como antes e seu poder permanece o mesmo de 1989. Aparentemente, ainda não se convenceu de que os tempos são outros.

*Venício A. de Lima é professor titular de Ciência Política e Comunicação da UnB (aposentado) e autor, dentre outros, de Liberdade de Expressão vs. Liberdade de Imprensa – Direito à Comunicação e Democracia, Publisher, 2010.