Falta de investimento nos jovens pode anular conquistas na infância, diz Unicef
Crianças do Bairro da praia vendendo Limão
A população brasileira de adolescentes cresceu exponencialmente nas últimas décadas. Hoje, são 57 milhões de jovens com menos de 18 anos, cerca de 30% do total de habitantes do país. As regiões Sudeste e Nordeste concentram mais da metade dos jovens de 10 a 19 anos, com 38,5% e 31% cada uma, respectivamente. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (25) pelo Unicef e constam do relatório Situação Mundial da Infância 2011 – Adolescência: Uma fase de oportunidades.
De acordo com o estudo, para conseguir atender às necessidades específicas dessa faixa etária, em especial dos 38% que vivem em situação de pobreza, é preciso investir mais fortemente em políticas públicas para os adolescentes, que ficam perdidos em meio a programas que focam prioritariamente na primeira fase da infância, como mortalidade infantil e acesso à educação primária.
“No Brasil, as reduções na taxa de mortalidade infantil entre 1998 e 2008 significam que foi possível preservar a vida de mais de 26 mil crianças. No entanto, no mesmo período, 81 mil adolescentes brasileiros, entre 15 e 19 anos de idade, foram assassinados e mais de 70 milhões de adolescentes em idade de frequentar os anos finais do ensino fundamental estão fora da escola”, ressalta o documento.
Para que os avanços históricos obtidos nos programas voltados às crianças sejam consolidados, é preciso garantir acesso à educação de qualidade, saúde e proteção aos adolescentes. Segundo o relatório, é nessa fase da vida que as injustiças sociais impedem que os jovens mais pobres e vulneráveis continuem a estudar, por exemplo.
Falta de oportunidades educacionais e profissionais, mortes violentas, relações sexuais precoces e desprotegidas, HIV/Aids e trabalho infantil são algumas das situações que impedem que os adolescentes desenvolvam suas capacidades na transição para vida adulta, ressalta o estudo.
No Brasil, as oportunidades de inserção social ainda são insuficientese colocam os adolescentes em situação de desemprego e subemprego e favorecem a violência e a redução dos níveis de qualidade de vida. Ao mesmo tempo, mudança climática, incerteza econômica, globalização e tendências demográficas formam um cenário incerto para adolescentes no mundo todo.
O quadro é ainda pior para jovens negros, que chegam a ter 70% mais chances de ser pobres que os brancos, segundo o relatório. Na região Amazônica, quase 57% das crianças e adolescentes são afetados pela pobreza. No semiárido, esse percentual é de 67,4%.
Isso quer dizer que as políticas públicas precisam levar em consideração a pluralidade de sociedade brasileira, com dimensões que vão além da idade, como a renda, a condição pessoal, o local de moradia, o gênero, a raça e a etnia, para dar conta do problema.
Crianças do Bairro da praia vendendo LimãoA população brasileira de adolescentes cresceu exponencialmente nas últimas décadas. Hoje, são 57 milhões de jovens com menos de 18 anos, cerca de 30% do total de habitantes do país. As regiões Sudeste e Nordeste concentram mais da metade dos jovens de 10 a 19 anos, com 38,5% e 31% cada uma, respectivamente. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (25) pelo Unicef e constam do relatório Situação Mundial da Infância 2011 – Adolescência: Uma fase de oportunidades.
De acordo com o estudo, para conseguir atender às necessidades específicas dessa faixa etária, em especial dos 38% que vivem em situação de pobreza, é preciso investir mais fortemente em políticas públicas para os adolescentes, que ficam perdidos em meio a programas que focam prioritariamente na primeira fase da infância, como mortalidade infantil e acesso à educação primária.
“No Brasil, as reduções na taxa de mortalidade infantil entre 1998 e 2008 significam que foi possível preservar a vida de mais de 26 mil crianças. No entanto, no mesmo período, 81 mil adolescentes brasileiros, entre 15 e 19 anos de idade, foram assassinados e mais de 70 milhões de adolescentes em idade de frequentar os anos finais do ensino fundamental estão fora da escola”, ressalta o documento.
Para que os avanços históricos obtidos nos programas voltados às crianças sejam consolidados, é preciso garantir acesso à educação de qualidade, saúde e proteção aos adolescentes. Segundo o relatório, é nessa fase da vida que as injustiças sociais impedem que os jovens mais pobres e vulneráveis continuem a estudar, por exemplo.
Falta de oportunidades educacionais e profissionais, mortes violentas, relações sexuais precoces e desprotegidas, HIV/Aids e trabalho infantil são algumas das situações que impedem que os adolescentes desenvolvam suas capacidades na transição para vida adulta, ressalta o estudo.
No Brasil, as oportunidades de inserção social ainda são insuficientese colocam os adolescentes em situação de desemprego e subemprego e favorecem a violência e a redução dos níveis de qualidade de vida. Ao mesmo tempo, mudança climática, incerteza econômica, globalização e tendências demográficas formam um cenário incerto para adolescentes no mundo todo.
O quadro é ainda pior para jovens negros, que chegam a ter 70% mais chances de ser pobres que os brancos, segundo o relatório. Na região Amazônica, quase 57% das crianças e adolescentes são afetados pela pobreza. No semiárido, esse percentual é de 67,4%.
Isso quer dizer que as políticas públicas precisam levar em consideração a pluralidade de sociedade brasileira, com dimensões que vão além da idade, como a renda, a condição pessoal, o local de moradia, o gênero, a raça e a etnia, para dar conta do problema.
Fonte:Uol
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