Produtores de farinha, piscicultores, marceneiros e moveleiros atenderam ao chamado e se dispuseram a ouvir sobre os investimentos do governo em cada um dos setores (Foto: Onofre Brito)
Representantes de três importantes setores da economia do Vale do Juruá passaram o fim de semana reunidos com equipe da Secretaria de Indústria e Comércio com o objetivo de se organizarem através da formação de cooperativas. A intenção é melhorar os produtos e serviços prestados na região em vista aos investimentos do governo estadual, como a conclusão da BR-364 e da rodovia Interoceânica, que vai ligar o Acre ao litoral peruano.
Produtores de farinha, piscicultores, marceneiros e moveleiros atenderam ao chamado e se dispuseram a ouvir sobre os investimentos do governo em cada um dos setores e a estratégia planejada para fortalecer a organização dos segmentos. Segundo o secretário Edvaldo Magalhães, a união é a forma de garantir que quem já vive na atividade não fique de fora, agora que vai haver um salto de qualidade e quantidade nos negócios dos três setores.
A primeira reunião ocorreu no sábado, no Teatro José de Alencar, quando foi fundada a Cooperativa dos Marceneiros e Moveleiros de Cruzeiro do Sul. Há muito tempo esses profissionais já tinham se organizado em forma de associação, mas todos entenderam que a cooperativa é a maneira mais eficaz de organização. Como o governo está investindo pesado numa fábrica de faqueados, a cooperativa vai acabar sendo gestora da fábrica, já que parte dos investimentos do governo será passada à cooperativa.
“O governo está investindo alto nessa fábrica de faqueados e tem vários investidores privados querendo investir, mas não podemos deixar de fora da gestão do negócio aquelas pessoas que já vivem disso, que são os pequenos marceneiros. Através da cooperativa eles vão entrar nesse negócio e quem vai bancar a participação dos pequenos nessa indústria é o governo do Estado", explicou o secretário Edvaldo Magalhães.
Os marceneiros ainda participaram do curso Gestão Estratégica de Cooperativas, ministrado pela Organização de Cooperativas Brasileiras (OCB). O presidente da OCB no Acre, Valdemiro Rocha, acompanhou o secretário Edvaldo Magalhães em todas as reuniões no Vale do Juruá.
No sábado à tarde, uma comitiva de empresários e do governo visitou o polo industrial situado no bairro Nova Olinda, quando foi estudada e pactuada entre os setores a localização das empresas no local. Segundo o secretário Edvaldo, o polo terá um setor destinado à movelaria, onde 14 empresas vão se instalar. Outro setor será destinado à indústria alimentícia, além do espaço ocupado pela fábrica de faqueados.
O presidente da Associação dos Marceneiros e Moveleiros do Vale do Juruá, João Evangelista, acompanhou todas as atividades. Para ele, os investimentos do governo vêm dar condições de trabalho à sua classe. “Poderemos competir com grandes empresas que virão para a região com a abertura da estrada. O governo está fazendo um bom trabalho, pois estrutura primeiro as empresas. A cooperativa significa o fortalecimento das empresas pequenas”, disse.
O secretário Edvaldo Magalhães também anunciou para este mês, em data ainda indefinida - “antes da Semana Santa” -, a realização do primeiro encontro de marceneiros do Acre, em Rio Branco, quando serão tratados temas importantes que envolvem a categoria, entre eles suprimento, licenciamento, compras governamentais, localização dos empreendimentos, modernização da atividade, formação de mão-de-obra e organização da cadeia de produção. Existem no Estado 239 marceneiros.
Unir as cooperativas de farinha
Ainda no sábado de manhã, o governo se reuniu com produtores de farinha. Em Cruzeiro do Sul existem três cooperativas no ramo: a Camprucsul, a Casavaj e a Cooperfarinha. O objetivo é juntar num mesmo esforço as três organizações. Edvaldo resumiu bem a situação: “Os produtores de farinha já resolveram o principal problema, que é fazer um produto de qualidade, que não encalha. Agora temos que dar um salto, que é agregar valor, industrializar o produto e vendê-lo já empacotado e não em sacos, para que o produtor possa ganhar nas duas pontas.” Ele informou que o governo vai investir na modernização das instalações, organizar os equipamentos e financiar o início da industrialização da farinha em Cruzeiro do Sul assim que as três cooperativas acharem uma forma de atuação conjunta.
O governo do Estado também incentiva as cooperativas de farinha que agreguem as frutas ao seu cardápio de atividades. O gerente da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) em Cruzeiro do Sul, Franco Severiano, comentou que a união das cooperativas vai aumentar sua força de negociação e o ingresso de mais um produto na pauta, com as frutas, é promissor, pois o governo está com um plano de adquirir produtos locais para a merenda escolar.
O presidente da Camprucsul, Antônio Azevedo, o presidente da Cooperfarinha, Germano Silva Gomes, e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, João Silva Nascimento, participaram da reunião na Seaprof. A princípio, todos concordaram em que a organização e união das cooperativas são o melhor caminho a seguir.
Cooperativa de piscicultores
No domingo, o auditório do Centro de Multimeios em Mâncio Lima ficou pequeno para receber todos os piscicultores e candidatos a piscicultores interessados em saber as novidades dos investimentos do governo para o setor e participar da formação de uma cooperativa que englobe a cooperativa já existente, a Cooperpeixe, e as associações de piscicultores que existem no Vale do Juruá.
As informações de que o governo está apostando na piscicultura como um dos principais itens para o desenvolvimento econômico do Estado, investindo em várias frentes, está animando muitos a entrarem no ramo. Edvaldo Magalhães expôs os investimentos no programa de incentivo à piscicultura que somam mais de R$ 50 milhões: implantação de uma fábrica de beneficiamento em Rio Branco e outra em Cruzeiro do Sul para resfriamento e fatiamento de peixe; implantação de um centro tecnológico de produção de alevinos em Rio Branco e um núcleo em Cruzeiro do Sul; e construção de uma fábrica de ração. O governo também contratou o Projeto Pacu, empresa especializada com tecnologia de ponta, para produção de alevinos de surubim e pirarucu, os peixes mais valorizados no mercado europeu. Segundo Edvaldo, a intenção do governo é exportar grande parte da produção de peixe.
O governo também está incentiva investimentos privados e assim como no caso dos da indústria moveleira, vai garantir a permanência dos pequenos que se organizarem em cooperativa. “O estado vai bancar sua participação. O pequeno produtor não vai ser apenas engordador de peixes; ele vai ser também dono da fábrica de ração, dono do centro de produção, do frigorífico; é um alto investimento, mas inclusivo, do ponto de vista social” disse Edvaldo.
O presidente da Cooperpeixe, Sansão Nogueira de Sena, está otimista em relação ao crescimento da piscicultura no Vale do Juruá. “No ano passado produzimos algo em torno de 300 a 400 toneladas; daqui a dois, três anos queremos produzir duas mil toneladas”.
Agencia de noticia do Acre
Representantes de três importantes setores da economia do Vale do Juruá passaram o fim de semana reunidos com equipe da Secretaria de Indústria e Comércio com o objetivo de se organizarem através da formação de cooperativas. A intenção é melhorar os produtos e serviços prestados na região em vista aos investimentos do governo estadual, como a conclusão da BR-364 e da rodovia Interoceânica, que vai ligar o Acre ao litoral peruano.
Produtores de farinha, piscicultores, marceneiros e moveleiros atenderam ao chamado e se dispuseram a ouvir sobre os investimentos do governo em cada um dos setores e a estratégia planejada para fortalecer a organização dos segmentos. Segundo o secretário Edvaldo Magalhães, a união é a forma de garantir que quem já vive na atividade não fique de fora, agora que vai haver um salto de qualidade e quantidade nos negócios dos três setores.
A primeira reunião ocorreu no sábado, no Teatro José de Alencar, quando foi fundada a Cooperativa dos Marceneiros e Moveleiros de Cruzeiro do Sul. Há muito tempo esses profissionais já tinham se organizado em forma de associação, mas todos entenderam que a cooperativa é a maneira mais eficaz de organização. Como o governo está investindo pesado numa fábrica de faqueados, a cooperativa vai acabar sendo gestora da fábrica, já que parte dos investimentos do governo será passada à cooperativa.
“O governo está investindo alto nessa fábrica de faqueados e tem vários investidores privados querendo investir, mas não podemos deixar de fora da gestão do negócio aquelas pessoas que já vivem disso, que são os pequenos marceneiros. Através da cooperativa eles vão entrar nesse negócio e quem vai bancar a participação dos pequenos nessa indústria é o governo do Estado", explicou o secretário Edvaldo Magalhães.
Os marceneiros ainda participaram do curso Gestão Estratégica de Cooperativas, ministrado pela Organização de Cooperativas Brasileiras (OCB). O presidente da OCB no Acre, Valdemiro Rocha, acompanhou o secretário Edvaldo Magalhães em todas as reuniões no Vale do Juruá.
No sábado à tarde, uma comitiva de empresários e do governo visitou o polo industrial situado no bairro Nova Olinda, quando foi estudada e pactuada entre os setores a localização das empresas no local. Segundo o secretário Edvaldo, o polo terá um setor destinado à movelaria, onde 14 empresas vão se instalar. Outro setor será destinado à indústria alimentícia, além do espaço ocupado pela fábrica de faqueados.
O presidente da Associação dos Marceneiros e Moveleiros do Vale do Juruá, João Evangelista, acompanhou todas as atividades. Para ele, os investimentos do governo vêm dar condições de trabalho à sua classe. “Poderemos competir com grandes empresas que virão para a região com a abertura da estrada. O governo está fazendo um bom trabalho, pois estrutura primeiro as empresas. A cooperativa significa o fortalecimento das empresas pequenas”, disse.
O secretário Edvaldo Magalhães também anunciou para este mês, em data ainda indefinida - “antes da Semana Santa” -, a realização do primeiro encontro de marceneiros do Acre, em Rio Branco, quando serão tratados temas importantes que envolvem a categoria, entre eles suprimento, licenciamento, compras governamentais, localização dos empreendimentos, modernização da atividade, formação de mão-de-obra e organização da cadeia de produção. Existem no Estado 239 marceneiros.
Unir as cooperativas de farinha
Ainda no sábado de manhã, o governo se reuniu com produtores de farinha. Em Cruzeiro do Sul existem três cooperativas no ramo: a Camprucsul, a Casavaj e a Cooperfarinha. O objetivo é juntar num mesmo esforço as três organizações. Edvaldo resumiu bem a situação: “Os produtores de farinha já resolveram o principal problema, que é fazer um produto de qualidade, que não encalha. Agora temos que dar um salto, que é agregar valor, industrializar o produto e vendê-lo já empacotado e não em sacos, para que o produtor possa ganhar nas duas pontas.” Ele informou que o governo vai investir na modernização das instalações, organizar os equipamentos e financiar o início da industrialização da farinha em Cruzeiro do Sul assim que as três cooperativas acharem uma forma de atuação conjunta.
O governo do Estado também incentiva as cooperativas de farinha que agreguem as frutas ao seu cardápio de atividades. O gerente da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) em Cruzeiro do Sul, Franco Severiano, comentou que a união das cooperativas vai aumentar sua força de negociação e o ingresso de mais um produto na pauta, com as frutas, é promissor, pois o governo está com um plano de adquirir produtos locais para a merenda escolar.
O presidente da Camprucsul, Antônio Azevedo, o presidente da Cooperfarinha, Germano Silva Gomes, e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, João Silva Nascimento, participaram da reunião na Seaprof. A princípio, todos concordaram em que a organização e união das cooperativas são o melhor caminho a seguir.
Cooperativa de piscicultores
No domingo, o auditório do Centro de Multimeios em Mâncio Lima ficou pequeno para receber todos os piscicultores e candidatos a piscicultores interessados em saber as novidades dos investimentos do governo para o setor e participar da formação de uma cooperativa que englobe a cooperativa já existente, a Cooperpeixe, e as associações de piscicultores que existem no Vale do Juruá.
As informações de que o governo está apostando na piscicultura como um dos principais itens para o desenvolvimento econômico do Estado, investindo em várias frentes, está animando muitos a entrarem no ramo. Edvaldo Magalhães expôs os investimentos no programa de incentivo à piscicultura que somam mais de R$ 50 milhões: implantação de uma fábrica de beneficiamento em Rio Branco e outra em Cruzeiro do Sul para resfriamento e fatiamento de peixe; implantação de um centro tecnológico de produção de alevinos em Rio Branco e um núcleo em Cruzeiro do Sul; e construção de uma fábrica de ração. O governo também contratou o Projeto Pacu, empresa especializada com tecnologia de ponta, para produção de alevinos de surubim e pirarucu, os peixes mais valorizados no mercado europeu. Segundo Edvaldo, a intenção do governo é exportar grande parte da produção de peixe.
O governo também está incentiva investimentos privados e assim como no caso dos da indústria moveleira, vai garantir a permanência dos pequenos que se organizarem em cooperativa. “O estado vai bancar sua participação. O pequeno produtor não vai ser apenas engordador de peixes; ele vai ser também dono da fábrica de ração, dono do centro de produção, do frigorífico; é um alto investimento, mas inclusivo, do ponto de vista social” disse Edvaldo.
O presidente da Cooperpeixe, Sansão Nogueira de Sena, está otimista em relação ao crescimento da piscicultura no Vale do Juruá. “No ano passado produzimos algo em torno de 300 a 400 toneladas; daqui a dois, três anos queremos produzir duas mil toneladas”.
Agencia de noticia do Acre
Nenhum comentário:
Postar um comentário