O presidente da ALEC Deputado Edvaldo Magalhães, um dos comandantes da integração. Na foto com A Ministra Dilma Rousef
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está no Palácio do Governo do Peru com o presidente Alan García. Na agenda presidencial está a assinatura de um acordo que regulamenta algumas questões importantes para a integração entre os dois países. A visita presidencial é um desdobramento da agenda de García em Rio Branco, ocorrida em abril deste ano.
Lula e García estão em uma reunião a portas fechadas no Palácio do Governo. Segundo o embaixador do Brasil em Lima, Jorge Taunay, as questões que serão discutidas no encontro passam por importação e exportação de mercadorias, fluxo de turismo e a construção da hidrelétrica de Inhanpari, na fronteira com o Acre. Durante a visita também serão discutidas a integração física através de estradas e vias fluviais.
Entre os pontos do acordo que será assinado por Lula e García está a criação de uma zona de integração na fronteira entre o Acre, Rondônia, no Brasil, com o Peru, garantindo a desburocratização do trânsito de pessoas, mercadorias e de serviços. Uma espécie de identidade fronteiriça também deve ser criada para solucionar o livre trânsito de moradores da fronteira, que hoje, por lei, precisam fazer todo o processo legal de entrada e saída dos países caso atravesse a ponte que liga as Assis Brasil e Inhanpari, por exemplo.
Às 15 horas, Lula e García assinam acordos no Seminário Empresarial Brasil/Peru, no Swissotel, em Lima. Participam do evento 40 empresários acreanos que estão discutindo com o empresariado peruano o fortalecimento do comercio entre os dois países.
George Pinheiro, da Federação das Associações Comerciais do Estado do Acre (Federacre), palestrou para uma plateia de cerca de 100 participantes sobre os produtos que o Acre tem interesse em importar. "Este comércio já é uma realidade, graças aos esforços do Governo do Estado e da Assembleia Legislativa, através do Edvaldo Magalhães. A partir do dia 18 de dezembro teremos voos regulares de carga com produtos que sairão de Pucalpa e serão comercializados em Cruzeiro do Sul com preços bem mais competitivos que os que chegam do Sul e Sudeste do Brasil. A população será a grande beneficiada", disse.
Nos primeiros voos serão transportadas 30 toneladas de produtos, entre frutas e verduras.
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