segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O inferno astral da oposição


Cristiana lôbo

Dez dias depois de estourar o escândalo do mensalão, em Brasília, o DEM torce para o Congresso encerrar logo os trabalhos de 2009 para esfriar o noticiário sobre política, particularmente, sobre sua crise interna. Assim, o DEM, que há alguns anos obstrui a votação do Orçamento da União para prorrogar os trabalhos do legislativo, neste ano deve agir diferente. O líder da bancada, Ronaldo Caiado, está sendo aconselhado a abandonar a estratégia de obstrução que tem por objetivo atrasar a aprovação dos projetos relativos ao pré-sal.

Enquanto é obrigada a dar explicações sobre o mensalão do DEM de Brasília, a oposição perdeu uma oportunidade importante: a de usar o programa eleitoral para a divulgação de seu pré-candidato. O programa político do PSDB foi ao ar semana passada, no auge da crise do mensalão do DEM de Brasília, um momento em que os políticos estão desgastados e o noticiário político carregado de notícias negativas. Sem definir o nome do candidato às eleições do ano que vem, o PSDB decidiu apresentar os dois postulantes – José Serra e Aécio Neves.

Não bastasse isso, a oposição reconhece a qualidade dos comerciais do PT que estão sendo veiculados – particularmente o que apresenta a pré-candidata Dilma Roussef com o presidente Lula. Para um dirigente do DEM, Dilma, mesmo sendo uma candidata sem carisma, tem conseguido nestes comerciais mostrar um leve sotaque mineiro, o que foi considerado positivo para a imagem dela.

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