sexta-feira, 8 de maio de 2009

UNE reune com estudantes da escola latino-americana de medicina -ELAM


Por moisés Diniz

“Atualmente estudam medicina em Cuba 800 brasileiros com bolsas completas, doadas pelo governo Cubano. 300 Médicos já foram formados dentro desse projeto, mas, infelizmente, estão no Brasil sem poder trabalhar.

O Brasil é um dos países de toda América Latina e Caribe que trata esse tema com maior atraso, visto o grau de corporativismo e preconceitos da classe médica brasileira.

A realidade de saúde no Brasil é grave, uma média de 1.000 municípios não tem um médico, mais de 3.000 deles têm valores que não alcançam a metade do que exige a OMS. A estrutura de formação universitária pública gasta rios de dinheiro com a formação de profissionais e estes não realizam nenhum tipo de serviço social quando terminam sua carreira em municípios onde não há médicos.

A saúde se transformou no mais promissor negócio do mercado. É tudo um verdadeiro caos. Os primeiros médicos pobres, filhos de campesinos, índios, negros, apesar de terem se graduado em um país que detêm uma das melhores medicinas do mundo, já estão a cinco anos no Brasil sem poder trabalhar, isso porque não têm dinheiro para pagar os autos preços das provas exigidas em algumas universidades ou porque as vagas são muito limitadas, enquanto crianças, mulheres e anciãos morrem em municípios do Brasil por falta de uma simples consulta.

É uma falta de respeito com o povo. No dia 3 de maio, a direção da Associação de Estudantes Brasileiros de Medicina em Cuba - ABEMEC, reuniu com o Coordenador da CTB, João Batista Lemos, que garantiu apoiar a causa.

No dia de hoje (8 de maio) foi realizada uma reunião com a Presidente da UNE, Lúcia Stumpf, que estes dias se encontra em Cuba. Ela afirmou que a UNE continuará defendendo que os médicos formados em Cuba possam semear no Brasil uma medicina mais humana, solidária e para todos.

Durante o congresso da UNE, que acontecerá entre 15 e 19 de julho, haverá uma comissão para discutir esse tema. O Coordenador da ABEMEC (Associação Brasileira dos Estudantes de Medicina em Cuba), o acreano Jenílson Lopes Leite, pediu apoio também para a realização de 12 trabalhos voluntários, que os médicos e estudantes de medicina em Cuba realizarão em 12 Estados Brasileiros este ano durante suas férias”.

Obs: Jenílson é tarauacaense e estuda medicina em Cuba, a partir de uma vaga disponibilizada ao PCdoB

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