Manifestação pró-Obama no Rio é fantasia pós-carnavalescaIluda-se quem quiser com o giro de Barack Obama por três países latino-americanos a partir do próximo sábado (19): Brasil, Chile e El Salvador. Mas não é em nome da paz e amizade que ele vem. Foi o que disseram nesta quarta (16) seus assessores.
Por José Reinaldo Carvalho*
Nos últimos dias as embaixadas dos Estados Unidos nesses três países começaram a gastar rios de dinheiro numa campanha publicitária a fim de criar um ambiente favorável ao chefe do imperialismo norte-americano.
No Brasil, em conjunto com os governos municipal e estadual do Rio de Janeiro, diplomatas americanos, agentes da segurança e a comitiva precursora estão montando uma aparatosa operação publicitária. Honrarias imerecidas são programadas. Ofereceu-se a Obama um palanque na praça mais central da cidade maravilhosa, a Cinelândia, onde – especula-se – falará urbe et orbe e mandará mensagem à América Latina.
Nunca se viu tamanha montagem para esmaecer a reputação de país imperialista e melhorar a imagem de uma nação que, proclamando-se amiga, causa tantos males ao Brasil e ao conjunto das nações latino-americanas.
Os diplomatas deixam vazar comentários sobre uma suposta mensagem que o mandatário norte-americano enviará à região, inaugurando nova era de cooperação com o Brasil e a América Latina.
Os jornalões da imprensa monopolizada publicam editoriais desvanecendo-se em entreguismo explícito, um velho cacoete das classes dominantes brasileiras. O editorial do Estadão desta quarta (16) foi vazado em linguagem, digamos, deliquescente.
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