A trajetória é a credencial
Seminarista, professor, ex-presidente do Sindicato dos trabalhadores em Educação (Sinteac) e deputado estadual no terceiro mandato, tendo sido por oito anos o líder do governador Jorge Viana e atualmente presidente da Assembleia Legislativa, Edvaldo Magalhães (PC do B), candidato a senador pela Frente Popular, foi o entrevistado de ontem da jornalista Jacira Abdon, no programa Gente em Debate, da rádio Difusora Acreana.O deputado garantiu que acumulou ao longo dessa história de luta sindical e luta popular, aliada à trajetória política, uma experiência que o credencia para disputar uma vaga de senador, ressaltando que isso não é um desejo individual, mas fruto de um convite do ex-governador Jorge Viana, do senador Tião Viana, do governador Binho Marques e das lideranças dos 14 partidos da Frente Popular.
Sobre a disputa pelas duas vagas de senador, Edvaldo mencionou a satisfação de ter como companheiro de chapa o ex-governador Jorge Viana. “Eu tenho muito orgulho de estar ao lado do Jorge Viana e poder dialogar com a maioria do povo sobre essa perspectiva verdadeiramente nova de a gente criar uma grande união no Senado”.
No campo da economia, o candidato lembrou que o Acre está vivendo uma perspectiva extraordinária do fortalecimento do setor, citando como exemplo que dentro de um ano o Acre viverá uma fase nova na sua integração com o fim do isolamento do Juruá, já que a BR-364 estará pronta com todas as suas pontes.
INDUSTRIALIZAÇÃO
De acordo com Edvaldo, o próximo passo é o da industrialização. Segundo ele, não se pode falar em industrialização sem infraestrutura, sem energia, sem as possibilidades de investimentos. As empresas, afirmou, não fazem investimentos de futuro se não tem a infraestrutura garantida.
A parte mais difícil foi feita no Acre, disse o candidato, afirmando que o estado está vivendo a perspectiva extraordinária da interligação com países asiáticos, já que no fim de novembro deste ano a estrada para o Pacífico será inaugurada e o Acre deixará de ser fim de linha para ser porta de entrada e ponto de encontro com o mundo.
Sobre a Zona de Processamento de Exportação (ZPE), Edvaldo anunciou que já existem 14 empresas dispostas a se instalar no Estado para gerar em torno de seis mil empregos. O Acre vai entrar, segundo ele, na fase da geração dos empregos e do fortalecimento de sua economia através da sua industrialização.
SEGURANÇA
A primeira medida a ser defendida por Edvaldo Magalhães no Senado, com relação à Segurança Pública é a reforma do Código Penal Brasileiro. Ele é contra a redução de pena para os condenados por crimes hediondos. “Não é possível mais tolerar isso por conta da frouxidão de uma legislação. A sociedade não pode ficar refém de marginal.
Quem comete um pequeno delito precisa ser punido com uma pena leve, mas quem comete um crime hediondo tem que ser punido severamente, tem que passar muito tempo na cadeia, ser punido exemplarmente. A lei tem que ser dura com essas pessoas”, defendeu o deputado.
MEIO AMBIENTE
Para Edvaldo Magalhães, é preciso ter a simplificação da exploração das riquezas da floresta. O mundo inteiro precisa de madeira, mas quer comprar madeira certificada, “por isso nós temos que ter urgentemente a industrialização da madeira. Nós vamos viver em breve uma fase onde as pessoas vão ter orgulho de poder ganhar dinheiro com a floresta e a floresta deixar de ser problema e ser uma solução econômica para nossa região”.
BOLSA UNIVERSIDADE
Com Jorge e Tião Viana, Edvaldo está propondo que o Estado crie a partir de 2011 uma bolsa para as famílias mais pobres poderem bancar os filhos que passam no vestibular da universidade particular, mas não têm condições de pagar as mensalidades.
SAÚDE
O candidato a senador recorreu a Tião Viana, candidato a governador, para citar os avanços na Saúde do Acre. E citou que até os adversários reconhecem nele um excelente médico. Lembrou dos investimentos que o então governador Jorge Viana e o atual governador Binho Marques fizeram na infraestrutura do setor, e garantiu que o senador Tião Viana firmou o compromisso de construir um grande hospital em Brasileia para atender o Alto Acre.
A partir daí, disse Edvaldo, “nós vamos precisar fazer um grande esforço no Senado para garantir os recursos para que o futuro governador Tião Viana possa investir fortemente na humanização do atendimento, esse é o salto que a nossa população mais espera”.
a tribuna
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