Ratão e dragão na floresta de Tarauacá

Comunidade São Geronimo

"Só é cantador quem traz no peito o cheiro e a cor de sua terra,
a marca de sangue dos seus mortos e a certeza se vida dos seus vivos.(Vital Farias)
Rio Gregório, Beleza exuberante

A imprensa estatual deu destaque nesta sexta para o breve inicio da exploração de madeira em 150 mil hectares de floresta na fazenda Paranacre no nosso município. O grupo madeireiro atualmente denominada Radam, tem como propriétário o apresentador de presepada do SBT Carlos Massa, o conhecido ratinho.

A noticia inicialmente parece muito boa para o desenvolvimento de Tarauacá e do Acre. gereção de emprego e tibutos para os cofres da municipalidade e mais vantagens. Ocorre que moro aqui e até hoje não sei quem testemunhou esse projeto. Nunca ouvi falar que tenha havido uma audiência ou coisa parecida para apresentar os impactos negativos e positivos desse empreendimento.

Além disso, existem parte da área, especialmente a margem do Rio Gregório, que é ocupada por seringueiros e agricultores que habitam a região desde que seus pais e Avós vieram do nordeste na ilusão de ganhar dinheiro fácil na extração da borracha. Portando a situação fundiária da área que vai ser explorada não está completamente resolvida.

Com isso, faço um alerta. já falei aos moradores, as autoridades Acreanas e volto a repetir- enquanto não for resolvida toda a situação , com garantia de ganhos e direitos as populações tradicionais que habitam a quase um Século aquele lugar e os beneficios para os Tarauacaenses, não aceitamos ratinho, ratão nem Dragão devorando fauna, fruto e flor.
Barcos de brinquedo, Lazer das crianças no Rio Gregório

Grupo do Ratinho se prepara para explorar floresta no Acre

DULCINÉIA AZEVEDO- Agazeta

Um grupo empresarial ligado ao apresentador Carlos Massa, o Ratinho, se prepara para iniciar o manejo de cerca de 150 mil hectares de floresta nativa no Acre. É o que restou da Fazenda Paranacre – atualmente denominada Radam – localizada no município de Tarauacá (distante 400 km da Capital).

De acordo com o secretário de Estado de Floresta, Carlos Ovídio Duarte Rezende, a área inicial, adquirida em 2005, era de 190 mil hectares, mas sofreu redução em virtude de doações feitas a comunidades indígenas e posseiros da região.


Segundo ele, o processo de licenciamento foi conduzido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ficando a demarcação das áreas menores, anexadas a florestas públicas, sob a responsabilidade do Instituto de Terras do Acre (Iteracre).

Com a redução da área e o fim do litígio com os índios e posseiros, o grupo se prepara para dar início à exploração sustentável da região, através de projeto de manejo florestal, já finalizado perante o Ibama. O início dos trabalhos depende apenas da conclusão da demarcação dos lotes destinados aos posseiros assentados à margem da BR-364.

O diretor-presidente do Iteracre, Felismar Mesquita, confirma que a demarcação dos oito mil hectares e a transferência às 50 famílias posseiras que estão no local já começou. O problema é que existem pessoas que apesar de não viverem na área se declaram posseiras. Estas, porém, serão excluídas do processo.


A Fazenda Paranacre está localizada entre as florestas públicas do Rio Liberdade, Gregório, Mogno e a Terra Indígena Kaxinawá Praia do Carapanã. O grupo no Estado do Acre é representado pelo empresário Dante Luiz Francefchi, sócio de Carlos Massa.