Ontem corpus Cristis, um bom dia para reflexão. Recorri a Obra genial de Gianfrancesco Guarnieri, para alimentar e conservar minhas covicções.Fiquei quase duas horas na frente da televisão para assistir pela quarta vez o filme "Eles não usam black-tie", um filme brasileiro de 1981 dirigido por Leon Hirszman, baseado na peça premiada do mesmo ator Gianfrancesco Guarnieri.
O filme conta a história de um movimento grevista numa empresa. Um operário com medo de perder o emprego, resolve furar a greve, que é liderada por seu pai, iniciando um conflito familiar que se estende às assembléias e piquetes.
Eles não usam black-tie, tem como pano de fundo um debate sobre a sobre a frágil condição humana, sobre os homens e seus conflitos. É a história de um choque entre pai e filho com posições ideológicas e morais completamente opostas e divergentes.
O pai, Otávio, é operário de carreira, um idealista e ao mesmo tempo, um revolucionário por convicção e consciente de suas lutas. Forte e corajoso entre os seus companheiros. Experimentou algumas prisões, com isso ganha destaque como um dos cabeças do movimento grevista. O filho, Tião está mais preocupado com o seu futuro do que com a luta de seus companheiros, que sonham com melhores salários. Para Tião, greve é algo utópico. Ele não tem tempo para esperar, precisa resolver seus problemas de imediato.
Na realidade, Tião não tem medo do confronto com o inimigo. O seu medo é outro, é o medo de ser pobre, por isso quer subir na vida. A sua mãe, mulher de pulso, determinada e responsável pelo equilíbrio da casa e da família.
Eles não usam black-tie é um texto político e social, sempre atual para a reflexão daqueles que acreditam que a água não apenas poço, é tmbém correnteza.
Uma das cenas mais maravilhosas do cinema brasileiro: Gianfrancesco Guarnieri
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