segunda-feira, 19 de abril de 2010

Um cheiro de Collor no ar

Por Brizola Neto

Segui a dica de um leitor e fui ver o clipe de comemoração dos 45 anos – se fosse só pelo 45 eu não diria nada, não sou paranóico – da TV Globo. Mas o texto do clipe, que vai ser nauseantemente repetido durante a programação tem descaradamente referência no slogan de campanha de José Serra, aquele tal “O Brasil pode mais”

Veja como o redator publicitário global encarnou o papel de propagandista de Serra: “Todos queremos mais: educação, saúde e, é claro, amor e paz. Brasil, muito mais”
Que vergonha!

Você pode assistir o vídeo aí em cima.

Agora veja a propaganda de Serra


Enquanto eu brigava com a velocidade da conexão para assistir, li a matéria do Estadão sobre a pretensa guerra jurídica entre o PSDB e o PT. Digo pretensa porque os tucanos ingressaram com 12 ações no TSE, contra nenhuma ação nacional do PT. Para dizer que há guerra, o jornal apela para uma ação estadual do PT, contra a propaganda de Serra.

O que me espanta na nota é a informação que o presidente do PT andou propondo um “armistício” ao presidente do PSDB, cujo nome parece até ironia, Sérgio Guerra.
Já falei aqui que o senhor Dutra está achando que o dragão não morde, querendo agir de “bom-moço”. Se o presidente do PT ficar achando que o jogo é de lordes, gentis, éticos, cavalheiros, os resultados vão ser cada vez mais abusos.

Tem dirigente petista ainda achando que as coisas vão ser na base do “paz e amor”. Não entenderam que estão lidando com alguém bem diferente do candidato anterior, Geraldo Alckmin. Alckimin sempre foi o mesmo. Serra, não. Serra é um homem frio, duro. Tanto que foi capaz de matar pedaços de si mesmo, o Serra da juventude, o Serra socialista, o Serra nacionalista, para tornar-se aquilo que vimos na foto, outro dia: o privatizador, o entregador do patrimônio e das riquezas do país.

Quem faz isso, do que não é capaz?

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