Os Estados Unidos e a Colômbia anunciaram um acordo que pode resultar na instalação de três bases militares estadunidenses no país vizinho, aumentando significativamente a presença da principal potência bélica do mundo na região.
O acordo deve ser posto em prática a partir de setembro. Os militares operarão nas bases de Palanquero, no centro do país, Alberto Pouwels de Malambo, no norte da Colômbia, e Apiay, no departamento (estado) de Meta, a uns 150 quilômetros ao sul de Bogotá. Nestas localidades, atuarão cerca de 1400 soldados estadunidenses, 800 de maneira direta e outros 600 sob o eufemismo de ‘contratistas” com que os Estados Unidos têm disfarçado as tropas em suas guerras mercenárias. O acordo incluiria também visitas ''mais frequentes'' por navios americanos em duas bases navais do Caribe.
A Central Única dos Trabalhadores da Colômbia já denunciou que o acantonamento de tropas estrangeiras no país está proibido pela Constituição Nacional, que apenas permite o trânsito autorizado previamente pelo Congresso e sob conceito favorável do Conselho de Estado. Porém, nem o Congresso colombiano, nem o Conselho de Estado foram consultados sobre a instalação das bases, o que por si só já aumenta as suspeitas sobre o caráter do acordo.
Não é de hoje que a Colômbia serve de base de apoio para os intentos imperialistas dos Estados Unidos na América do Sul. Nos últimos anos, o governo direitista de Álvaro Uribe usou a desculpa do combate ao narcotráfico e ao “terrorismo” para permitir uma forte presença militar estadunidense no país, transformando a Colômbia na maior receptora de ajuda militar dos Estados Unidos fora do Oriente Médio. Mas até agora esta presença era tolerada pelos países vizinhos pois estava restrita a operações conjuntas entre as forças militares dos dois países. A instalação de bases militares formalmente constituídas, porém, muda este quadro e passa a ser uma ameaça real à segurança e à soberania das nações sul-americanas, convertendo a Colômbia em um centro de operações táticas da Casa Branca contra qualquer país latino-americano que se oponha a seus interesses. No começo de abril, um documento da Força Aérea dos EUA, apresentado em um seminário militar no Alabama, citava que a base de Palenquero poderia se transformar em um ponto de partida para operações de longo alcance.
A presença militar norte-americana cresce a cada dia. Hoje, há cerca de 700 bases militares espalhadas por todo o mundo. Na América do Sul, os Estados Unidos detinham formalmente apenas a base de Manta, no Equador, que o governo de Rafael Correa corajosamente mandou desativar. Agora, com as novas bases colombianas, o território passa a se firmar como palco da expansão militar do imperialismo, consolidando a Colômbia como um país hostil para os vizinhos da região. Hostilidade que vem sendo demonstrada rotineiramente pelo governo Uribe, seja através de incursões ilegais em territórios fronteiriços, seja através de acusações com provas fabricadas contra governos como o da Venezuela e do Equador.
Vale lembrar que a instalação das bases colombianas ocorre no momento em que se consolidam na região governos de orientação política de esquerda, vistos com desconfiança pelos setores conservadores dos Estados Unidos que, até o momento, estão conseguindo predominar sobre a política externa do governo Obama.
Esta influência conservadora pôde ser sentida no último período com o golpe militar em Honduras, contra o qual o governo estadunidense reagiu timidamente. Soma-se a isto a reativação da Quarta Frota da marinha americana, que irá rondar o Atlântico, particularmente na região onde foram descobertas as reservas petrolíferas do pré-sal.
Estas circunstâncias, somadas, só reforçam a suspeita de que os Estados Unidos alimentam projetos de dominação no continente. Já vimos este filme no Oriente Médio e sabemos que por trás da presença militar estão fortes interesses econômicos com apropriação de recursos energéticos e naturais.
Cabe aos governos e aos povos latino-americanos rechaçarem com veemência os planos estadunidenses que ameaçam nossa região e representam um retrocesso na luta antiimperialista. Para isso, é preciso acionar organismos como a Unasul, o Grupo do Rio e a OEA, para que se pronunciem formalmente contra a presença militar estadunidense no continente.
O acordo deve ser posto em prática a partir de setembro. Os militares operarão nas bases de Palanquero, no centro do país, Alberto Pouwels de Malambo, no norte da Colômbia, e Apiay, no departamento (estado) de Meta, a uns 150 quilômetros ao sul de Bogotá. Nestas localidades, atuarão cerca de 1400 soldados estadunidenses, 800 de maneira direta e outros 600 sob o eufemismo de ‘contratistas” com que os Estados Unidos têm disfarçado as tropas em suas guerras mercenárias. O acordo incluiria também visitas ''mais frequentes'' por navios americanos em duas bases navais do Caribe.
A Central Única dos Trabalhadores da Colômbia já denunciou que o acantonamento de tropas estrangeiras no país está proibido pela Constituição Nacional, que apenas permite o trânsito autorizado previamente pelo Congresso e sob conceito favorável do Conselho de Estado. Porém, nem o Congresso colombiano, nem o Conselho de Estado foram consultados sobre a instalação das bases, o que por si só já aumenta as suspeitas sobre o caráter do acordo.
Não é de hoje que a Colômbia serve de base de apoio para os intentos imperialistas dos Estados Unidos na América do Sul. Nos últimos anos, o governo direitista de Álvaro Uribe usou a desculpa do combate ao narcotráfico e ao “terrorismo” para permitir uma forte presença militar estadunidense no país, transformando a Colômbia na maior receptora de ajuda militar dos Estados Unidos fora do Oriente Médio. Mas até agora esta presença era tolerada pelos países vizinhos pois estava restrita a operações conjuntas entre as forças militares dos dois países. A instalação de bases militares formalmente constituídas, porém, muda este quadro e passa a ser uma ameaça real à segurança e à soberania das nações sul-americanas, convertendo a Colômbia em um centro de operações táticas da Casa Branca contra qualquer país latino-americano que se oponha a seus interesses. No começo de abril, um documento da Força Aérea dos EUA, apresentado em um seminário militar no Alabama, citava que a base de Palenquero poderia se transformar em um ponto de partida para operações de longo alcance.
A presença militar norte-americana cresce a cada dia. Hoje, há cerca de 700 bases militares espalhadas por todo o mundo. Na América do Sul, os Estados Unidos detinham formalmente apenas a base de Manta, no Equador, que o governo de Rafael Correa corajosamente mandou desativar. Agora, com as novas bases colombianas, o território passa a se firmar como palco da expansão militar do imperialismo, consolidando a Colômbia como um país hostil para os vizinhos da região. Hostilidade que vem sendo demonstrada rotineiramente pelo governo Uribe, seja através de incursões ilegais em territórios fronteiriços, seja através de acusações com provas fabricadas contra governos como o da Venezuela e do Equador.
Vale lembrar que a instalação das bases colombianas ocorre no momento em que se consolidam na região governos de orientação política de esquerda, vistos com desconfiança pelos setores conservadores dos Estados Unidos que, até o momento, estão conseguindo predominar sobre a política externa do governo Obama.
Esta influência conservadora pôde ser sentida no último período com o golpe militar em Honduras, contra o qual o governo estadunidense reagiu timidamente. Soma-se a isto a reativação da Quarta Frota da marinha americana, que irá rondar o Atlântico, particularmente na região onde foram descobertas as reservas petrolíferas do pré-sal.
Estas circunstâncias, somadas, só reforçam a suspeita de que os Estados Unidos alimentam projetos de dominação no continente. Já vimos este filme no Oriente Médio e sabemos que por trás da presença militar estão fortes interesses econômicos com apropriação de recursos energéticos e naturais.
Cabe aos governos e aos povos latino-americanos rechaçarem com veemência os planos estadunidenses que ameaçam nossa região e representam um retrocesso na luta antiimperialista. Para isso, é preciso acionar organismos como a Unasul, o Grupo do Rio e a OEA, para que se pronunciem formalmente contra a presença militar estadunidense no continente.
Editorial do portal vermelho
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