A agenda política da oposição no Senado vem sendo levada como uma novela de guerra.Na novela política, assim como na guerra, o que não vai ao ar, é a parte mais interessante da História (com H mesmo), apesar de haver menos ação e emoção.Por exemplo: a ausência do DEMos no tiroteio de ontem (segunda-feira, 03/08/2009) demonstra um cessar-fogo tático contra Sarney.
O DEMos puxou a corda para seu lado até onde deu (querem derrubar Sarney da presidência da Casa, sem cassá-lo, e tentar tomar de assalto o Senado). Chegou no ponto onde se puxar mais arrebenta.O DEMos deixou a imprensa fazer o trabalho sujo, e usaram bobos da corte, como Arthur Virgílio (PSDB/AM) e Cristóvam Buarque (PDT/DF), para ser bucha de canhão, à espera da desistência de Sarney. O experiente Senador resistiu, voltou anunciando que não renunciará e enfrentará o processo no Conselho de Ética.
O DEMos se recolheu ontem, à espera do que iria acontecer. Provavelmente amanhã, fará um discurso mantendo a mesma posição de pedir a renúncia de Sarney em frente às câmaras para não ficar desmoralizado, mas devem mudar aos poucos de assunto, como para a CPI da PetrobraX (que também não está empolgando).Nos bastidores, o DEMos dará sustentação à Sarney até no Conselho de Ética. Pois sabe que o telhado de vidro é frágil demais para levar a melhor nesta briga. A sobrevivência dos Senadores do DEMos, como Efraim, Heráclito, Agripino está amarrada à de Sarney.
Outra leitura importante, para entender o que rola nos bastidores foi o recuo do PSDB.No começo da sessão, enquanto Sarney estava presente no plenário, ninguém tocou no assunto renúncia, ninguém tocou no assunto Sarney. Só depois que ele deixou o plenário, é que o assunto passou a ser tratado. Isso é acordo. E quem está cedendo neste acordo é o PSDB, do contrário fariam questão de atacar Sarney enquanto estava presente.Mas o recuo do PSDB foi maior ainda, pois seus senadores não se inscreveram para falar na tribuna.
Deixaram o Pedro Simon, do PMDB, fazer um discurso em busca da renúncia em troca de aplacar os ânimos, e os tucanos se limitaram aos apartes, falando baixinho.Álvaro Dias deu o sinal da decisão já tomada pelos tucanos: disse que a guerra não deveria interessar à base governista porque paralisa o Senado, e o papel de denuncista é da oposição, por lógica. Sem ter como recuar, disse que o processo contra Sarney tem que ir até o fim, mesmo que ele seja absolvido, assim como aconteceu com Renan Calheiros. Ou seja, Álvaro Dias não quer guerra de vida ou morte, quer um processo faz-de-conta para cumprir a tabela, e absolver Sarney.
Os senadores do PMDB mostraram à que vieram. Não deixaram os ataques sem resposta, rechaçaram as teses de renúncia e de afastamento, e entraram no jogo político de responder às críticas expondo o telhado de vidro dos outros.Curioso o Senador Renan Calheiros contar que Pedro Simon conversa uma coisa nos bastidores e faz um discurso diferente no Senado. Simon não desmentiu Renan, se limitou a contra-atacar, sobre a aproximação e afastamento de Renan com Collor.Vídeos da tv Senado (puxado do blog do Nassif):
Plenário 03/8: Sen. Pedro Simon comenta momentos de crise do Senado.
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/segunda/tv_video.asp?nome=PL030809_09
Plenário 03/08: Sen. Pedro Simon diz que renúncia seria um grande ato do pres. Sarney.
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/segunda/tv_video.asp?nome=PL030809_10
Plenário 03/08: Sen. Pedro Simon diz que se pres. Sarney se afastar, acabam representações no Conselho de Ética.
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/segunda/tv_video.asp?nome=PL030809_11
Plenário 03/08: Sen. Renan Calheiros debate com sen. Pedro Simon permanência de pres. Sarney.
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/segunda/tv_video.asp?nome=PL030809_12
Collor manda Simon “engolir” o que disse. E diz que o Senado não irá se curvar à mídia.
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/segunda/tv_video.asp?nome=PL030809_13
Collor lamenta a explosão contra Simon mas não retira o que disse.
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/segunda/tv_video.asp?nome=PL030809_24
O DEMos puxou a corda para seu lado até onde deu (querem derrubar Sarney da presidência da Casa, sem cassá-lo, e tentar tomar de assalto o Senado). Chegou no ponto onde se puxar mais arrebenta.O DEMos deixou a imprensa fazer o trabalho sujo, e usaram bobos da corte, como Arthur Virgílio (PSDB/AM) e Cristóvam Buarque (PDT/DF), para ser bucha de canhão, à espera da desistência de Sarney. O experiente Senador resistiu, voltou anunciando que não renunciará e enfrentará o processo no Conselho de Ética.
O DEMos se recolheu ontem, à espera do que iria acontecer. Provavelmente amanhã, fará um discurso mantendo a mesma posição de pedir a renúncia de Sarney em frente às câmaras para não ficar desmoralizado, mas devem mudar aos poucos de assunto, como para a CPI da PetrobraX (que também não está empolgando).Nos bastidores, o DEMos dará sustentação à Sarney até no Conselho de Ética. Pois sabe que o telhado de vidro é frágil demais para levar a melhor nesta briga. A sobrevivência dos Senadores do DEMos, como Efraim, Heráclito, Agripino está amarrada à de Sarney.
Outra leitura importante, para entender o que rola nos bastidores foi o recuo do PSDB.No começo da sessão, enquanto Sarney estava presente no plenário, ninguém tocou no assunto renúncia, ninguém tocou no assunto Sarney. Só depois que ele deixou o plenário, é que o assunto passou a ser tratado. Isso é acordo. E quem está cedendo neste acordo é o PSDB, do contrário fariam questão de atacar Sarney enquanto estava presente.Mas o recuo do PSDB foi maior ainda, pois seus senadores não se inscreveram para falar na tribuna.
Deixaram o Pedro Simon, do PMDB, fazer um discurso em busca da renúncia em troca de aplacar os ânimos, e os tucanos se limitaram aos apartes, falando baixinho.Álvaro Dias deu o sinal da decisão já tomada pelos tucanos: disse que a guerra não deveria interessar à base governista porque paralisa o Senado, e o papel de denuncista é da oposição, por lógica. Sem ter como recuar, disse que o processo contra Sarney tem que ir até o fim, mesmo que ele seja absolvido, assim como aconteceu com Renan Calheiros. Ou seja, Álvaro Dias não quer guerra de vida ou morte, quer um processo faz-de-conta para cumprir a tabela, e absolver Sarney.
Os senadores do PMDB mostraram à que vieram. Não deixaram os ataques sem resposta, rechaçaram as teses de renúncia e de afastamento, e entraram no jogo político de responder às críticas expondo o telhado de vidro dos outros.Curioso o Senador Renan Calheiros contar que Pedro Simon conversa uma coisa nos bastidores e faz um discurso diferente no Senado. Simon não desmentiu Renan, se limitou a contra-atacar, sobre a aproximação e afastamento de Renan com Collor.Vídeos da tv Senado (puxado do blog do Nassif):
Plenário 03/8: Sen. Pedro Simon comenta momentos de crise do Senado.
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/segunda/tv_video.asp?nome=PL030809_09
Plenário 03/08: Sen. Pedro Simon diz que renúncia seria um grande ato do pres. Sarney.
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/segunda/tv_video.asp?nome=PL030809_10
Plenário 03/08: Sen. Pedro Simon diz que se pres. Sarney se afastar, acabam representações no Conselho de Ética.
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/segunda/tv_video.asp?nome=PL030809_11
Plenário 03/08: Sen. Renan Calheiros debate com sen. Pedro Simon permanência de pres. Sarney.
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/segunda/tv_video.asp?nome=PL030809_12
Collor manda Simon “engolir” o que disse. E diz que o Senado não irá se curvar à mídia.
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/segunda/tv_video.asp?nome=PL030809_13
Collor lamenta a explosão contra Simon mas não retira o que disse.
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/segunda/tv_video.asp?nome=PL030809_24
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