O deputado Moisés Diniz (PCdoB), líder do governo na Assembléia Legislativa, disse que a oposição está comemorando o resultado das eleições de Feijó sem olhar para a conjuntura local da disputa.
Leia trechos da entrevista.
Deputado, a oposição se fortaleceu com o resultado da eleição em Feijó?
É mais uma prefeitura para a oposição, o que não significa que o resultado de lá pode ser considerado prévia das eleições de 2010. Não tem nada a ver.
Como assim?
O quadro de Feijó não reflete a disputa de 2010. São situações totalmente diferentes. O Dindim estava em campanha oficial desde julho de 2008. A Jaciara entrou no prejuízo de tempo, de memória eleitoral e, acima de tudo, não conseguiu unificar o seu time.
O senhor pode explicar melhor?
A nossa candidata não teve tempo de visitar 10% das áreas rurais e indígenas, teve apenas 18 dias de campanha. Era como se o Lula lançasse a Dilma a apenas 18 dias da eleição para enfrentar o Serra.
A divisão interna foi decisiva?
O PT não conseguiu colocar na campanha os seus vereadores e muitas de suas lideranças de base, o PSB teve dois de seus três vereadores apoiando o adversário, o PCdoB perdeu a sua principal liderança local e o PPB trocou o vice de última hora, provocando desânimo e dispersão na base da campanha. Nós perdemos para nós mesmos.
E por que a oposição comemora?
Porque quer passar a idéia de que os líderes atuais da oposição estão unidos e isso pode determinar a eleição de 2010, o que é uma falácia. Não foram os discursos do Bocalom ou do Flaviano que elegeram o Dindim. A oposição festeja o que não é dela.
Então os líderes estaduais não influenciaram no resultado das eleições de Feijó?
Influenciaram, mas não no volume que eles dizem. A oposição no Acre já encontrou o Dindim feito. Eles não fizeram nada além de discursos, não montaram estratégia eleitoral nenhuma, não costuraram alianças. Eles estão abençoando o filho que não fizeram.
Esse resultado incentiva a oposição a se unir em 2010?
Unir em cima de um palanque é diferente de unir lideranças em torno de um projeto, retirar candidaturas, montar chapas proporcionais, conquistar o eleitorado em cada região, superar interesses partidários e pessoais. A oposição carece de um líder forte para conduzir esse processo.
A Frente Popular sai desgastada desse processo em Feijó?
O comando central da Frente Popular fez o que pode para unir os partidos lá, deslocou suas lideranças. Infelizmente, os líderes locais deram um tiro no próprio pé. Todavia, diferente de lá, os líderes estaduais estão unidos, tem um candidato forte, com memória eleitoral inestimável e lideranças como Jorge Viana, Binho Marques, Edvaldo Magalhães e Raimundo Angelim, que conduzem a Frente Popular com unidade e sabedoria.
A eleição de Feijó deixa ensinamentos?
Com certeza, a de que a unidade política é a chave da vitória. Em Feijó nós perdemos para nós mesmos e ainda demos o gosto de a oposição comemorar e achar que foi ela quem nos derrotou. Uma tragédia que nos serve de lição.
Da redação de ac24horas
Rio Branco, Acre
É mais uma prefeitura para a oposição, o que não significa que o resultado de lá pode ser considerado prévia das eleições de 2010. Não tem nada a ver.
Como assim?
O quadro de Feijó não reflete a disputa de 2010. São situações totalmente diferentes. O Dindim estava em campanha oficial desde julho de 2008. A Jaciara entrou no prejuízo de tempo, de memória eleitoral e, acima de tudo, não conseguiu unificar o seu time.
O senhor pode explicar melhor?
A nossa candidata não teve tempo de visitar 10% das áreas rurais e indígenas, teve apenas 18 dias de campanha. Era como se o Lula lançasse a Dilma a apenas 18 dias da eleição para enfrentar o Serra.
A divisão interna foi decisiva?
O PT não conseguiu colocar na campanha os seus vereadores e muitas de suas lideranças de base, o PSB teve dois de seus três vereadores apoiando o adversário, o PCdoB perdeu a sua principal liderança local e o PPB trocou o vice de última hora, provocando desânimo e dispersão na base da campanha. Nós perdemos para nós mesmos.
E por que a oposição comemora?
Porque quer passar a idéia de que os líderes atuais da oposição estão unidos e isso pode determinar a eleição de 2010, o que é uma falácia. Não foram os discursos do Bocalom ou do Flaviano que elegeram o Dindim. A oposição festeja o que não é dela.
Então os líderes estaduais não influenciaram no resultado das eleições de Feijó?
Influenciaram, mas não no volume que eles dizem. A oposição no Acre já encontrou o Dindim feito. Eles não fizeram nada além de discursos, não montaram estratégia eleitoral nenhuma, não costuraram alianças. Eles estão abençoando o filho que não fizeram.
Esse resultado incentiva a oposição a se unir em 2010?
Unir em cima de um palanque é diferente de unir lideranças em torno de um projeto, retirar candidaturas, montar chapas proporcionais, conquistar o eleitorado em cada região, superar interesses partidários e pessoais. A oposição carece de um líder forte para conduzir esse processo.
A Frente Popular sai desgastada desse processo em Feijó?
O comando central da Frente Popular fez o que pode para unir os partidos lá, deslocou suas lideranças. Infelizmente, os líderes locais deram um tiro no próprio pé. Todavia, diferente de lá, os líderes estaduais estão unidos, tem um candidato forte, com memória eleitoral inestimável e lideranças como Jorge Viana, Binho Marques, Edvaldo Magalhães e Raimundo Angelim, que conduzem a Frente Popular com unidade e sabedoria.
A eleição de Feijó deixa ensinamentos?
Com certeza, a de que a unidade política é a chave da vitória. Em Feijó nós perdemos para nós mesmos e ainda demos o gosto de a oposição comemorar e achar que foi ela quem nos derrotou. Uma tragédia que nos serve de lição.
Da redação de ac24horas
Rio Branco, Acre
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