O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontrou-se pela primeira vez com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, em Quito, capital do Equador, em 2006, na posse do presidente Rafael Correa, ocasião em que o convidou para a visita ao Brasil que começa esta semana.
O Irã é um país estrategicamente situado no coração do Oriente Médio, com cerca de 69 milhões de habitantes, 1 milhão e 650 mil km2 (é portanto do tamanho do Estado do Amazonas) e um PIB per capita de US$ 7.594.
A política externa brasileira aposta em uma parceria com o Irã, dentro de uma concepção mais ampla de combate à política capitaneada historicamente pelos EUA de reduzir a capacidade dos Estados nacionais de adotar políticas de desenvolvimento econômico autônomo.
Falando durante a II Conferência Nacional de Política Externa e Política Internacional, em novembro de 2007, o então secretário geral do Ministério de Relações Exteriores, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, sistematizou os principais objetivos da política externa do Brasil: igualdade soberana dos Estados; não intervenção nos assuntos internos dos outros países, e a autodeterminação dos povos. Neste sentido o aprofundamento das relações entre Brasil e Irã deve contribuir para a construção de uma sociedade mais próspera, mais justa, mais democrática em ambos os países. A grande questão é viabilizar este desenvolvimento na atual discussão sobre o sistema internacional, na qual são negociadas as regras da redistribuição do poder mundial.
As relações de cooperação e de amizade entre o Brasil e o Irã podem contribuir decisivamente para combater, por exemplo, a questão da insegurança energética, que preocupa os países em desenvolvimento, e a concentração de poder no mundo em todas as esferas, econômica, política, militar, ideológica, tecnológica. Somente os Estados Unidos têm mais poder militar do que todos os outros países juntos. A concentração de poder de arbítrio, violência, especialmente quando se trata de controlar as fontes de energia e pelo acesso a mercados, geraram teorias como a da intervenção preventiva, a da chamada intervenção “humanitária” entre outras, que justificaram a agressividade guerreira dos EUA sob Bush, com as invasões do Iraque e do Afeganistão, o controle político e militar no Paquistão etc.
O encontro de Lula e Ahmadinejad procurará tratar de fortalecer as relações entre os dois países, ampliando os horizontes comerciais, políticos, tecnológicos e econômicos. Contra os interesses estratégicos do Brasil se levantam vozes como o Governo Israelense, que tentam turvar as relações do Brasil com o Irã. Não podemos ter uma visão pequena do país. O Brasil cumpre suas tarefas internacionais com grande reconhecimento por parte da comunidade mundial, participando ativamente dos principais debate, no combate à crise financeira gestada pelos países desenvolvidos, na questão climática e de combate às desigualdades econômicas e políticas. É um dos poucos países com grandes reservas de unânio - a sexta maior reserva mundial. Dominamos o ciclo do combustível nuclear, temos um grande mercado interno forte e o direito de decidir soberanamente com quem se relacionar. E, soberanamente, não precisa pedir licença a ninguém para promover o desenvolvimento e a paz no mundo.
O Irã é um país estrategicamente situado no coração do Oriente Médio, com cerca de 69 milhões de habitantes, 1 milhão e 650 mil km2 (é portanto do tamanho do Estado do Amazonas) e um PIB per capita de US$ 7.594.
A política externa brasileira aposta em uma parceria com o Irã, dentro de uma concepção mais ampla de combate à política capitaneada historicamente pelos EUA de reduzir a capacidade dos Estados nacionais de adotar políticas de desenvolvimento econômico autônomo.
Falando durante a II Conferência Nacional de Política Externa e Política Internacional, em novembro de 2007, o então secretário geral do Ministério de Relações Exteriores, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, sistematizou os principais objetivos da política externa do Brasil: igualdade soberana dos Estados; não intervenção nos assuntos internos dos outros países, e a autodeterminação dos povos. Neste sentido o aprofundamento das relações entre Brasil e Irã deve contribuir para a construção de uma sociedade mais próspera, mais justa, mais democrática em ambos os países. A grande questão é viabilizar este desenvolvimento na atual discussão sobre o sistema internacional, na qual são negociadas as regras da redistribuição do poder mundial.
As relações de cooperação e de amizade entre o Brasil e o Irã podem contribuir decisivamente para combater, por exemplo, a questão da insegurança energética, que preocupa os países em desenvolvimento, e a concentração de poder no mundo em todas as esferas, econômica, política, militar, ideológica, tecnológica. Somente os Estados Unidos têm mais poder militar do que todos os outros países juntos. A concentração de poder de arbítrio, violência, especialmente quando se trata de controlar as fontes de energia e pelo acesso a mercados, geraram teorias como a da intervenção preventiva, a da chamada intervenção “humanitária” entre outras, que justificaram a agressividade guerreira dos EUA sob Bush, com as invasões do Iraque e do Afeganistão, o controle político e militar no Paquistão etc.
O encontro de Lula e Ahmadinejad procurará tratar de fortalecer as relações entre os dois países, ampliando os horizontes comerciais, políticos, tecnológicos e econômicos. Contra os interesses estratégicos do Brasil se levantam vozes como o Governo Israelense, que tentam turvar as relações do Brasil com o Irã. Não podemos ter uma visão pequena do país. O Brasil cumpre suas tarefas internacionais com grande reconhecimento por parte da comunidade mundial, participando ativamente dos principais debate, no combate à crise financeira gestada pelos países desenvolvidos, na questão climática e de combate às desigualdades econômicas e políticas. É um dos poucos países com grandes reservas de unânio - a sexta maior reserva mundial. Dominamos o ciclo do combustível nuclear, temos um grande mercado interno forte e o direito de decidir soberanamente com quem se relacionar. E, soberanamente, não precisa pedir licença a ninguém para promover o desenvolvimento e a paz no mundo.
Editorial do Portal vermelho
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