sábado, 19 de setembro de 2009

aChe 2 - A Guerrilha

A segunda parte da obra-prima de Steven Soderbergh sobre a vida de Guevara


Após a vitória na Revolução Cubana, Ernesto Guevara (Benício Del Toro) escreve uma carta aberta ao seu amigo Fidel Castro (Demián Bichir). Nela, ele renuncia a todos os benefícios conseguidos, para sair semeando a guerrilha por outros países, principalmente da América Latina. Em busca de melhores condições de vida de outros povos, o argentino deixa a esposa Aleida (Catalina Sandino Moreno) e seus filhos para liderar silenciosamente novas revoluções.

Sob o codinome Ramón, Che chega oculto na Bolívia, um dos países mais atrasados do continente, apesar do governo legítimo, e se junta a grupos revolucionários que tencionam tomar o poder. Enquanto antes partia do nada, sua dificuldade agora é o fato de ser uma figura reconhecida mundialmente, e temida por muitos políticos. Esta fama faz com que seu grupo receba apoio de intelectuais de diversos países, além de ajuda financeira. Isto, no entanto, não faz diferença para o grupo. Na selva boliviana, nem mesmo o dinheiro vale alguma coisa.

As regiões por onde os revolucionários passam, treinando homens para virarem guerrilheiros, sofrem com a fome e a miséria, muito mais do que em Cuba. As péssimas condições fazem com que o grupo passe por grandes dificuldades, já que raramente encontram quem aceite vender-lhes mantimentos. Além disso, Mario Monje (Lou Diamond Philipps), chefe do Partido Comunista local, é contra a luta armada e se nega a ajudar. Disposto a obter o mesmo resultado que já conseguiu em Cuba, Guevara resiste bravamente, mesmo com seus constantes ataques de asma. A xenofobia dos bolivianos, no entanto, ajuda na captura do líder comunista.

O projeto de Steven Soderbergh para contar a vida do revolucionário argentino foi dividido em duas partes, Che e Che - A Guerrilha. A produção ficou por conta de Laura Bickford e Benício Del Toro, que chegou a pesquisar por sete anos para viver o papel principal. O brasileiro Rodrigo Santoro, que interpreta Raul Castro, atual presidente cubano e irmão de Fidel, viveu em Cuba por dois meses para saber mais sobre a história de seu personagem. Os dois filmes se basearam no diário escrito por Guevara na Bolívia e em entrevistas com os revolucionários Pombo, Urbano e Benigno, que atuaram em Cuba e na Bolívia e sobreviveram.

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