Lula afirmou nesta terça (22) que conversou por telefone com o presidente deposto de HoO presidente nduras, Manuel Zelaya, e lançou pedido aos golpistas para que respeitem a imunidade do território da embaixada brasileira em Tegucigalpa, onde Zelaya está abrigado. Lula solicitou aos golpistas que aceitem uma solução "negociada e democrática" que permita o retorno de Zelaya ao poder. Apesar do apelo, a embaixa foi cercada pelo Exército e teve eletricidade, água e telefone cortados.
A informação partiu do próprio Ministério das Relações Exteriores do Brasil, que também comunicou que os funcionários que trabalham na embaixada brasileira receberam orientação para ficar em casa e houve um pedido formal de apoio à embaixada dos Estados Unidos em Honduras para segurança. O ministério informou ainda que há 70 pessoas na Embaixada do Brasil junto com Zelaya.
"A eletricidade está sendo mantida com gerador", disse uma fonte consultada pela agência de notícias AFP. O Brasil também solicitou apoio aos EUA para que, "em caso de necessidade, ofereçam segurança e diesel para o gerador", disse a chancelaria.
Militares de Honduras cercaram na manhã desta terça-feira (22) a embaixada brasileira em Tegucigalpa, onde permanece o presidente deposto, e obrigaram a retirada dos manifestantes que passaram a noite em frente ao edifício.
Por regras de relações internacionais, há uma série de restrições à entrada das forças do governo local nas embaixadas. Zelaya recebeu abrigo na embaixa do Brasil em Tegucigalpa desde ontem, quando voltou a Honduras - após ter sido expulso pelos golpistas há 87 dias.
Lula
"Nós esperamos que os golpistas não entrem na embaixada brasileira", disse Lula, citado pela agência de notícias France Presse, em Nova York (EUA), onde está para a reunião da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).
Lula pediu ainda, segundo a agência de notícias Associated Press, que Zelaya fique tranquilo não "dê pretextos" para as forças de segurança do governo interino invadirem a embaixada. Ele disse ter conversado com o líder deposto nesta terça-feira, por telefone. O presidente defendeu ainda que o Brasil fez o que qualquer outro país democrático faria ao permitir o abrigo de Zelaya em sua embaixada.
"O Brasil está garantindo que ele fique lá. É um direito, eu diria, internacional e nós esperamos que os golpistas não mexam na embaixada brasileira. E esperamos que negocie", disse Lula. "O que deveria acontecer agora é os golpistas darem um lugar a quem tem direito a este lugar, que é o presidente democraticamente eleito pelo povo", completou, falando em saída "negociada e democrática". Rádio Globo de honduras transmite ao vivo
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