O PCdoB comemorou nesta terça (16), no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, os seus 88 anos de existência e 25 anos da legalidade em grande estilo. Na presença de diversas lideranças políticas, o presidente nacional da sigla, Renato Rabelo, aproveitou para defender as propostas mais imediatas do partido para a construção de um novo projeto de desenvolvimento nacional para o Brasil.
Líder do PCdoB na Câmara, Vanessa discursa em homenagen aos 88 anos da sigla.
Líder do PCdoB na Câmara, Vanessa discursa em homenagen aos 88 anos da sigla.
Na sua argumentação, a combinação de três fatores são fundamentais para permitir grande transformações no país: o projeto, a aliança e a liderança. “O projeto é essa luta, no nosso modo de ver, do esforço da aplicação de um projeto nacional de desenvolvimento de caráter democrático e popular”, disse.
Segundo ele, o projeto tem como com fundamento a soberania e o progresso social do país com distribuição de renda e inclusão social. “O Brasil já se desenvolveu em índices elevados, mas faltou a distribuição de renda. Portanto, esse fundamento do desenvolvimento com distribuição de renda é essencial”, explicou.
Outro questão fundamental, defendida por Rabelo, é a democratização da sociedade levando em conta conquistas universais como a qualidade na saúde, educação, moradia e integração com os países vizinhos. “Esses são quatro fundamentos importantes desse esboço de projeto nacional que começa a ser desenvolvido e aplicado”, diz o dirigente, para quem sem o projeto não existe como definir estratégia “na caminhada transformadora.”
Mas não basta só um projeto. O presidente do PCdoB diz que é necessário uma aliança política ampla e representativa no país que expresse a realidade social e política do país. “Não basta, portanto, só o projeto. É necessário aliança, uma forma de congregar forças que possam levar adiante esse projeto transformador”, argumentou.
Renato Rabelo diz que a experiência revela que a liderança é outro fator fundamental. “É necessário lideranças com grande fluência política e social com prestígio e autoridade no mundo. Esse é um outro dado importante porque lideranças não surgem por acaso, surgem por exigência de uma época”, explicou. Para ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem todas as condições para cumprir esse papel.
Aspecto ideológico
O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), que abriu o evento, afirmou que a importância do PCdoB como agremiação partidária é a “sua extraordinária significação ideológica”. “O PCdoB tem sempre o que dizer e relatar. A história das grandes conquistas, a luta pela democratização e a luta pelo Petróleo sempre contou com a presença entusiasmada do PCdoB”, disse Temer.
O líder do PT na Câmara, Fernando Ferro, diz que é preciso primeiro reconhecer a relação profunda que o PCdoB tem com a luta dos trabalhadores, movimento sindical, estudantil e popular. Segundo ele, esse histórico levou a sigla a construir uma frente democrática e popular de apoio a primeira disputa de Lula à Presidência em 1989.
“É muito importante ter um partido com essa experiência e compromisso com o projeto nacional de desenvolvimento tão bem delineado e articulado pelo presidente Renato Rabelo. Parabéns ao PCdoB e sucesso nessa caminhada que faremos para transformações cada vez mais profundas e construção de um projeto para o Brasil”, discursou o ministro do Esporte, Orlando Silva.
A líder do PCdoB na Câmara, Vanessa Grazziotin (AM) disse que enquanto existir no país o desejo de liberdade e justiça social lá estará o PCdoB. “Então quero dizer que a nossa luta toma feições um pouco diferente do que há de 20 anos. A luta hoje é para que possamos dar continuidade e aprofundar o processo das mudanças instaladas no Brasil”, disse.
Além da bancada do partido e diversos deputados, também estiveram presentes o líder do Governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP); líder do PSDB na Casa, João Almeida (BA); líder do Bloco de Esquerda Daniel Almeida (PCdoB-BA); o embaixador cubano Carlos Zamora e representantes das embaixadas da China, Coréia, Palestina e Vietnã.
Iram Alfaia
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